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domingo, 17 de junho de 2018

Crónica da viagem III

No terceiro dia aportamos a Civitavechia, cidade fundada pelo imperador Trajano no ano 108DC, sobre o antigo assentamento Etrusco.

Continua, através dos séculos, a ser a porta de entrada, por mar, para Roma. Muito pouco, praticamente nada, vi desta cidade, do que vi, a caminho de Roma, na viagem de táxi, deduzi que seria uma cidade que merecia uma visita demorada mas o tempo era cronometrado dai ser impossível fazer essa visita.

Seguimos para Roma, e aí começaram as decepções, Eramos três casais que planeávamos esta viagem já há algum tempo e o que inicialmente parecia ser divertido para mim foi a mais frustrante parte da viagem. Aconselho, e eu sei bem disto, a não fazerem viagens com pessoas que tenham gosto antagónicos aos nossos, abro aqui um parêntesis para dizer que já tinha tido suspeitas quando em Pompeia gastaram o dinheiro no táxi, no ingresso e não passaram da entrada, porque tinham de andar muito, porque não gostavam de ver ruinas, nas palavras deles coisas velhas. São amigos do meu companheiro que os convidou a viajarem connosco, pouco me identifico com eles, deliguei e corri a cidade e mais ainda se fosse possível.

Em Civitavechia propus que ficassem no barco, usufruíam de tudo o que a bordo lhes era oferecido e tinham-me poupado a uma grande frustração e irritação, quiseram ir, alugamos um táxi que nos levou a Roma fazendo paragens nos locais mais emblemáticos da cidade. A primeira "birra" que fizeram foi na praça de S. Pedro, para eles foi chegar, tirar uma foto e regressarem ao táxi, estava tudo visto e para minha grande desilusão o companheiro que até aí parecia interessado em partilhar comigo estas visitas, aliou-se a eles e voltamos para o táxi que nos levou a outra paragens, faço referência ao comportamento destes amigos, como não sabem italiano, e eu também não, mas esforço-me para perceber, o que não é tão difícil assim, e o taxista não sabe português criou-se uma antipatia mútua, o senhor ia passando pelos belíssimos edifícios que fazem a história de Roma sem se dignar dar uma informação, eu sabia o que eram e o que representavam devido ao estudo da História Universal e pelo profundo gosto que tenho por ela. Seguiu-se o Coliseu, aí consegui demarcar-me deles e, apesar de não entrar, apreciar a obra assim como o Arco de Trajano e o de Constantino, eles ficaram a comprar souvenires. Depois deixou-nos na praça Navona, deu-nos uma mapa de Roma e indicou o que poderíamos ver a partir desta praça. A principal, a mais urgente prioridade deles era comerem, logo no início da praça entramos num restaurante, e falando com franqueza era muito bom fomos muito bem servidos com amabilidade mas não é necessário estar duas horas sentados para almoçar com tanta coisa para ver. Quiseram lá saber, uma das mulheres do grupo só queria comprar prendas para a neta, pediu informação à empregada do restaurante, e por acaso uma empregada que trabalhava na cozinha falava português e indicou-lhe uma loja. Só que estupidamente em vez de virar à direita, onde se situaria a loja, vira à esquerda, para o local onde o táxi nos aguardava, e eu ainda chamo à atenção que era para a direita que nos levava ao centro da praça e dai até aos outros locais, como o Panteão, a Fonte de Trevi, a Praça de Espanha com a sua escadaria mas continuaram a andar fazendo de conta que nada ouviam ou talvez não ouvissem, talvez para eles eu estivesse a falar italiano. Foi a partir desse momento que a desilusão em relação ao meu companheiro me afectou

 profundamente, ignorou os meus pedidos para irmos os dois optando por acompanhar os amigos, estivemos estupidamente a aguardar pelo taxista a ouvir a mulher sempre a dizer que ainda não tinha comprado nada para a neta. Portanto mais uma para o álbum. É mesmo para dizer que fui a Roma e não vi o Papa. Enquanto esperava pelo táxi fui caminhando ao longo da avenida e tive oportunidade de ver algumas pontes sobre o rio Tibre, algumas são lindíssimas.

Tenho de voltar a Roma, vou insistir até o companheiro ceder por exaustão, ah!ah!ah!.....











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