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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

"A Menina dança?"



Dançar! Dançar!.............

- "A Menina dança?"

- Não! Não danço, obrigada.

- Não dança comigo?

- Não! Não danço. Obrigada, mas danço sozinha.

Poderia ser o começo de uma história, mas seria uma longa história, não vou pois perder tempo com ela.

Ao fim de dezassete anos a mágoa já partiu, mas não se quebra um juramento, esse irá perdurar até ao fim do tempo. Foi apenas um registo de memória de um momento e de um espaço perdido num tempo passado, e que se transpôs para outro momento e outro espaço há uns dias atrás. O título do texto é o do livro de Rita Ferro: "A Menina dança?", de facto o romance não corresponde a nenhuma das minhas vivências, mas estranhamente existe de algum modo analogia. Escrever este texto foi uma forma de exorcizar mais um "fantasma".


Imagem tirada da Net


sábado, 20 de agosto de 2011



Entreguei na biblioteca "A rapariga que inventou um sonho" de Haruki Murakami.

Não levei em consideração o aviso que o "San Francisco Chonicle" dá na capa do livro: "Um aviso aos novos leitores de Murakami: Vão ficar viciados"





E fiquei completa e maravilhosamente "agarrada".

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Comparações

Hoje estou com uma língua viperina, só tenho vontade de fazer comentários de "escárnio e maldizer".
Estes exemplares que estão nas fotos deveriam sentirem-se "ofendidos" caso "soubessem" que eu os comparo a algumas pessoas que, infelizmente ou felizmente? se foram cruzando comigo ao long
o da minha vida.

Anaconda










Piranhas Enguia elétrica


Não estou a inventar nada, com certeza que também conhecem algumas, são mesmo do "piorio".
Para que "ultrapassem o choque" que estas imagens possam ter provocado, deixo outras mais "paradisíacas", serenas e harmoniosas. As fotos (todas) foram tiradas no Fluviário de Mora, (estive lá no Domingo passado) merece a sua visita, vá até lá e veja a beleza e vida de um rio desde a nascente até a foz.






quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Fome na Somália

Meu Deus! Perdoa-nos pela desumanidade que criamos, que por sua vez cria tragédias como esta. Envergonho-me, e não raramente, de pertencer a esta espécie que permite ainda que os seus morram de FOME.




terça-feira, 9 de agosto de 2011

O poder está em nós

Há oito anos foi -me diagnosticado um nódulo na tiróide depois de fazer uma ecografia. Apercebi-me que alguma coisa não estava bem, comecei a emagrecer rapidamente, transpirava imenso e era dominada por uma constante irritação e nervosismo, a médica de família não atinava com o caso, e piorava de dia para dia. Abrindo aqui um parêntesis, sempre disse, e continuo a dizer, que os livros que tenho de ler vêm parar às minhas mãos no momento preciso, e assim foi, tenho em casa um livro sobre medicinas alternativas e um dia em busca de uma informação sobre qualquer outra patologia, que alguém me pediu para verificar, uma página abriu-se ao "acaso", (o que não acredito) e deparo-me com um título e o texto que se seguia, e acreditem ou não, todos os sintomas que eu padecia estavam ali, em "Problemas da Tiróide".
Contactei com a minha médica que ficou bastante surpreendida, mandando-me fazer de imediato a ecografia e análises, acusando a primeira um nódulo e as segundas um ligeiro hipertiroidismo.
Como não tomou qualquer atitude resolvi procurar uma especialista, uma endócrinologista, a doutora pergunta-me se eu sabia o que tinha, sabia que era um nódulo, e sem me dar tempo a responder deixou-me estupefacta dizendo que o que eu tinha na tiróide eram "sapos", sim! "sapos", que se traduzem por frustrações, humilhações, injustiças, ressentimentos, etc., em suma "lixos" altamente tóxicos que acumulei em mim.
Resolvida a aprofundar o assunto dos "sapos", caso contrário como sou muito curiosa ficaria com mais um "sapo", procurei tudo o que me pudesse elucidar, e vem até mim a obra de Louise L. Hay, "Pode Curar a Sua Vida", mais outro livro que me veio parar às mãos no momento oportuno, oferecido por uma amiga, ali estava tudo o que a médica me tinha dito, isto é deveras surpreendente vindo de uma médica de medicina convencional, mais parecia uma médica de medicina alternativa, nesse caso não ficaria surpreendida.
E lá está com todas as letras esse inegável diagnóstico, juntando mais uns quantos sintomas, como: ódio por ser vítima de imposições, e um ego magoado no que se refere à profissão.
Durante cinco anos, de seis em seis meses, fui vigiada num hospital pela especialista apenas por precaução, depois de fazer o despiste cancerígeno, nunca precisei de tomar medicação, o hipertiroidismo desapareceu, o nódulo diminuiu, não necessitei de cirurgia, estou perfeitamente consciente e assumo a responsabilidade ao dizer que as melhorias se devem aos conselhos inseridos nesse livro, nele encontrei uma abordagem espiritual que revolucionou profundamente a minha maneira de pensar e agir.
O nódulo ainda cá está, ainda há uns pequeninos "sapos" para expulsar, e estou a esforçar-me para isso, tenho esse poder, ele está em mim.
Segundo Louise L. Hay todas as patologias começam no pensamento, para iniciar o processo de cura torna-se pertinente inverter o pensamento, mudar a forma de pensar, e ele, esse poder, está em todos nós.
Já agora também vou dizer que por vezes fico afónica e rouca, fiz o exame da voz, às cordas vocais, extremamente difícil, e aparentemente não há nódulos, mas segundo Louise L. Hay, como a garganta representa o fluxo criativo da vida aí se manifestam valores negativos como os descritos acima, a tiróide também se situa na garganta, no caso da rouquidão e afonia deve-se à criatividade reprimida, e sobre isso posso jurar que é verdade, ainda não consigo superar essa frustração, mas com o tempo isso irá acontecer. Agora já sabem quando digo que já não engulo mais "sapos".

domingo, 7 de agosto de 2011

Que grande burrice

Está a decorrer em Sesimbra a Feira do Livro, começou a 22 de Julho e termina a 15 de Agosto.
Um dia destes fui até lá ver onde "param as modas", e fiquei a lamentar não poder comprar um livro sequer, os euros estão mesmo escassos.
Hoje voltei lá novamente, é que tenho mesmo uma atracção por estes espaços, não resisto!
Enquanto por ali cirandava duas jovens, duas adolescentes morenas, próximas de mim pegaram num livro de piadas e anedotas, e em voz alta iam lendo anedotas sobre loiras, e riam estrondosamente.
Ora eu sou loira, e ainda por cima sou loira desde que me conheço como gente, poderiam à partida pensarem que eu ficaria ofendida? Não! É claro que não fiquei! Pois as anedotas eram sobre loiras burras, e neste caso sou mesmo muito burra, não percebi a lógica daquelas piadas secas e estúpidas, e nem sequer me fizeram rir, pois já ouvi algumas que até têm graça. Estas, provavelmente, foram escritas por alguma morena que inveja as loiras, mas tem solução para deixar de invejar, basta pintar, e assim passa a ser uma loira burra e deixa de perceber as anedotas.

sábado, 6 de agosto de 2011

O elixir do esquecimento

A lua cheia, anormalmente grande, iluminava o bar através da vidraça dando ao espaço um aspecto surreal, que uns pontos de luz estrategicamente colocados no interior acentuavam.
Estava sentado ao balcão, um copo na mão com uma bebida, talvez uísque, pelo formato do copo, mas poderia ser outra qualquer, não interessava, era levado à boca com um gesto pausado e quase mecânico, ligeiramente curvado centrava a atenção no copo, o semblante aparentava tristeza ou desilusão, melhor dizendo era a fusão de ambos os sentimentos.

Levantou o rosto e fixou o olhar num casal que numa mesa fronteira falava entre si, apenas via o movimento dos lábios, mas também se expressavam através de gestos quase dramáticos que davam mais ênfase ao que quer que diziam, ficou a refletir, porquê estariam tão tensos? Estariam a discutir sobre algo não chegando a um acordo sobre o que quer que fosse? Discutiriam a sua relação? Talvez um deles se tivesse cansado dessa relação? Estaria insatisfeito? Quereria pôr-lhe fim ? Talvez o amor que um dia existiu se tivesse perdido pelo caminho, e já não fosse possível reavê-lo?

Um sorriso irónico aflorou-lhe os lábios, estava para ali a imaginar o que poderia levar esse casal a ter esse comportamento e por momentos esqueceu-se de si, da angustia que o oprimia e dilacerava. Que raio! Porque carga d'agua estava para ali a imaginar esses porquês? A sua vida já lhe dava amargos de boca suficientes para quê preocupar com a vida dos outros? A dele já por si era um caos, uma guerra, não uma batalha, perdida, não conseguia visualizar solução de modo a deter o seu desmoronar.

Chamou o barman e pediu outra bebida, talvez outro uísque, queria apenas esquecer, deixar-se levar pela lassidão que lhe ia tomando o corpo e nublando a mente, pediu mais outra, queria lá saber dos dramas dos outros, com esses podia ele bem, queria era esquecer os seus, se o álcool tinha esse poder, se o transportava para outra dimensão, iria beber até passar para lá. A lua cheia, anormalmente grande, derramou sobre ele, ali caído sobre o balcão, uma luminosidade quase surreal . Só quis que a memória se apagasse. Apagou-se a memória e o corpo também, adormeceu de tão ébrio.