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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

É elementar!

Fui, há dias, verificar o estado de saúde do meu "sapo", traduzido, o nódulo na tiróide, que ainda não consegui eliminar na totalidade.
Quando este "sapo" surgiu a endócrinologista enviou-me para um hospital em Lisboa, onde fui vigiada durante cinco anos aprox., depois deixou de ser preciso, bastava o médico de família, e de seis em seis meses fazer análises e ecografia.
Dois anos passaram, e o médico aconselhou-me a contactar com a especialista, pois pensa que o resultado da última ecografia é suspeito. Contactei-a e fiquei a saber que perdi o direito de ser acompanhada no hospital de Lisboa, está fora da minha área de residência, perante isto o médico de família envia-me para o hospital Garcia de Horta em Almada. Lá fui a uma consulta e a senhora doutora decide que tenho de fazer uma citologia, já tinha feito uma há anos, que doeu imenso, lá tive de repetir essa "tortura".
No dia do exame, cheguei a horas, sou de pontualidade britânica, e o segurança envia-me para o local errado, quando chegou a minha vez, depois de tirar uma senha, fui informada que não era para ali, tinha que ir para o piso zero, chegada ao piso zero, fui de elevador, não vi nada que indicasse o laboratório de patologia clínica,  perguntei a A e a B, e nada, uma auxiliar, por fim, informou-me que ficava junto da morgue, e muito apressada desapareceu, nem tive tempo de perguntar onde era esse local, andei por ali um pouco "à nora", perguntei a dois jovens médicos, estagiários, não sabiam, quando lhes disse que ficava junto da morgue benzeram-se e riram, dizendo ela, a médica, que não sabia, nem enquanto ali estivesse queria saber onde se localizava tal espaço.
Lá surgiu uma simpática auxiliar que me indicou um corredor, e, finalmente, depois de virar para outro corredor, vi a placa informativa, realmente passa-se pela morgue ficando o laboratório junto da casa mortuária.
É um espaço um pouco lúgubre, ,no corredor encontravam-se pessoas a aguardar à  porta da casa mortuária que lhes fossem devolvidas as roupas dos familiares falecidos.
Ora para quem aguardava um exame nada fácil estar neste local provocava um nervoso miudinho, as expressões faciais não enganam, assim como o entrelaçar e desentrelaçar dos dedos, era mais que óbvio.
Ter um laboratório, onde os utentes são atendidos, situado neste espaço é no mínimo de mau gosto, penso que tanto a morgue como a casa mortuária se deveriam localizar num espaço mais apropriado, ou, vice-versa, o laboratório. Pessoalmente não me incomodou estar nesse espaço, a morte, ou os locais a ela associados não me transtornam, o que me transtorna e "tira do sério" é a falta de atenção e informação para com os utentes que se deslocam a esta unidade de saúde.


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