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quinta-feira, 23 de julho de 2009

conservada pelo crómio


    Numa noite, no local de trabalho, quando ao passar pelo espaço de convívio e lazer, ouvi, pelo facto de falarem bastante alto, duas idosas a tecerem comentários sobra a morte e sobre os conhecidos que já tinham morrido, era um rol infindável, falando inclusive da sua própria morte, faziam planos para o último acontecimento da suas vidas, o que naturalmente não iria tardar, devido ao facto de ambas serem muito idosas. Às tantas uma diz que quer ser enterrada na sua terra natal, voltar para o seu cantinho, que era bastante longe, para junto dos seus que lá deixou. A outro escandalizada, diz que enterrada nem pensar, muito decidida e convicta, diz que quer ser cromada, cromada é a melhor solução, acaba-se tudo, já tinha dito à família e obrigou-a a jurar que lhe faziam a última vontade. Rindo interiormente, afastei-me com discrição, então não querem lá ver, a velhota queria ser cromada, para quem afirmava que com a cromagem acabava-se tudo afinal planeava ficar inoxidável e resistente à corrosão. Que grande cromo.

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