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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Rectificação

No texto anterior, Paz, digo que faço aproximadamente oito km desde casa até ao pontão, ora não é bem assim, são realmente oito mas com ida e volta. Vontade e resistência não me faltam para fazer mais uns kms, e só não continuo porque o caminho termina de modo que é impossível continuar, depois só se fosse a nado. Aproveito e informo que o "Dr. Oz" recomenda 10.000 passos diariamente para nos mantermos em forma, eu faço-os, acreditem que me dei ao trabalho de os contar, ah!ah!ah!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Paz




Quando faço as minhas caminhadas há um local que já se tornou rotineiro, o pontão no Porto de Abrigo de Sesimbra. Praticamente todos os dias vou até lá, desde casa até ao farol que se localiza no final do pontão, são oito km aprox., que me permitem fazer as minhas "viagens interiores", quando entro em contacto com o meu divino. Neste espaço já chorei, gritei, orei, "falei" para uma entidade divina, já senti o "dom" do silêncio, já obtive "respostas", que permitiram a "aceitação" de tudo o que eu não consigo dominar.

Aqui, muitas vezes, faço "Reiki", faço Yoga, com a "saudação ao sol", e maravilho-me com um dos momentos mágicos da natureza, o nascer do sol. Ver nascer o sol é um privilégio, ainda bem que sou madrugadora, são momentos como estes que fazem perceber como a vida é bela e que cada dia merece ser vivido, mesmo que ao longo do seu decorrer surjam momentos difíceis, até alguns dolorosos e cruéis, ainda assim fazem acreditar "que amanhã é outro dia". Quando volto a casa sinto-me em paz, comigo e com a humanidade.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

É Natal! É Natal!

Simplificando: natal, segundo o dicionário de língua portuguesa, diz respeito ao nascimento (ver nascimento). Quando a inicial é maiúscula (Natal) diz respeito ao nascimento de Jesus, o Cristo, o Messias, o Salvador, Filho Unigénito de Deus, cuja hipotética data é celebrada entre os cristãos.
Para mim o Natal teria significado se fosse a manifestação de valores superiores, e não as manifestações consumistas que já se tornaram rotina, levando a esquecer a mensagem que esse acontecimento veio trazer aos homens. Blá!blá!blá! Depois dá nisto! Aparecem os profetas, os moralistas, os pregadores, os inspirados, os sábios, etc. que se cansam de pregar no "deserto", aos "peixes", ao "vento".

Porque confinamos esta comemoração apenas entre aqueles que Nele crêem? Vamos levar a mensagem nela contida a todos os povos, raças e credos. Supostamente não os iremos evangelizar, vamos sim partilhar os valores da mensagem, dos quais a humanidade tanta fome tem, deveriam ser obrigatórios, deveríamos ser forçados a usá-los diariamente.
O Amor, a Paz, a Fraternidade, a Alegria, o Perdão, a Compaixão, deveriam ser colocados numa preciosa caixinha (o coração) e distribuídos por todos aqueles que mais necessitassem, para muitos muito mais do que pão para a boca.

Para os praticar não é necessário ser crente nem se converter a qualquer religião, vamos deixar de os associar a qualquer que seja. Vamos começar por criá-los dentro de nós, semeá-los, deixá-los germinar e crescer, depois é facílimo, basta dá-los aos outros quando começarem a transbordar e já não cabem dentro de nós. É simples, comece já! E já agora um bom Natal.

Curiosidade: Na Antiguidade, (AC) celebrava-se nesta data, 25 de Dezembro, festas, pagãs obviamente; as Saturnais romanas em honra de Saturno, com o costume de trocar presentes; os escravos serem servidos à mesa pelos amos. A festa dava ocasião para grandes orgias.
Os povos da bacia mediterrânea, sobretudo os soldados e marinheiros que tinha contacto com países orientais celebravam o nascimento do "Sol Invictus" em honra do deus persa Mitra, deus da luz, do calor, da fecundidade, era também o juiz que decidia a sorte das almas após a morte. Foi um poderoso adversário do Cristianismo.
Entre os Bretões celebrava-se a chegada do Inverno.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Onde é que perdemos a felicidade?

"Um homem santo na Índia que se dedicava à meditação e ensinava por poucas palavras, estava um dia no seu quintal, de varinha em punho, à procura de algo por entre ervas e flores.
Como a busca já durava há algum tempo, as pessoas que passavam interrogavam-se: "Que terá ele perdido? Algum tesouro?" e foi-se formando uma curiosa multidão. Cansados de esperar, houve alguém que perguntou: " Que procuras, ancião? Será que te podemos ajudar?" ao que o sábio replicou: "É cá comigo. Ide às vossas vidas." A resposta do ancião aguçou mais ainda a curiosidade das gentes que insistiram: "Se nos dissesses do que se trata, nós poderíamos ajudar-te."
"Está bem . Se querem eu aceito. Estava a coser e perdi a minha agulha."
Logo todos começaram a procurar a agulha, revolvendo a terra, virando as pedras, remexendo por entre as flores. Mas de agulha, nada. Ao fim de muito tempo de buscas em vão, houve um que replicou: "Diz-nos onde estavas exactamente a coser, pois assim será mais fácil descobrir a tua agulha."
"Lá dentro no quarto!" foi a resposta do ancião, e todos olharam para ele espantados.
"Então porque a procuras cá fora?" perguntou outro.
"Porque lá dentro está escuro e cá fora, no jardim, há luz." Aí todos pensaram que o ancião estava louco e começaram a dispersar, indo-se embora.
O ancião disse então: "Pensam que estou louco, não é? Mas é o que todos vocês fazem. Onde é que perderam a felicidade? Dentro de vós. Então porque teimam em procurá-la fora?"


Este conto indiano poderia ter variantes do género: " Onde é que perdemos a paz?"

Também a paz terá de se iniciar no interior de cada um.

"Assim, aquele que conhece a paz interior não quebra com o fracasso nem se embriaga com o sucesso. Sabe viver essas experiências no contexto de uma serenidade profunda e lata, compreendendo que são efémeras e que não há razão para se prender a elas."

Matthieu Ricard (2005), monge e intérprete do Dalai-Lama, ex.investigador da área de biotecnologia

O último texto faz parte da revista CAIS de julho de 2010, da Associação CAIS.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

O que a música diz sobre nós

O gosto musical define o tipo de personalidade.

BLEUS- Auto-estima elevada, criativo, extrovertido, descontraído.
ROCK/HEAVY METAL- Auto-estima baixa, criativo, pouco trabalhador, extrovertido, gentil
descontraído.
RAP- Auto-estima elevada, extrovertido.
ÓPERA- Auto-estima elevada, criativo, gentil.
COUNTRY- Trabalhador, extrovertido.
SOUL- Auto-estima elevada, criativo, extrovertido, gentil, descontraído.
REGGAE- Auto-estima elevada, criativo, pouco trabalhador, extrovertido, gentil, descontraído.
DANCE- Criativo, extrovertido, não-gentil.
INDIE- Auto-estima baixa, criativo, não-trabalhador, não-gentil.
BOLLYWOOD- Criativo, extrovertido.
JAZZ- Auto-estima elevada, criativo, extrovertido.
CLÁSSICA- Auto-estima elevada, criativo, introvertido, descontraído.
POP- Auto-estima elevada, não-criativo, trabalhador, não-decontraído.

Um estudo feito com mais de 36.000 pessoas em todo o mundo, conduzido pelo Prof. Adrian North, da Universidade Heriot-Watt, da Escócia, determinou qual de entre seis traços de carácter se aplica aos amantes de cada género musical.


Da revista "SELECÇÕES"-READER'S DIGEST

sábado, 13 de novembro de 2010

Transcendência







Vi o filme, e como a mensagem que me transmitiu não foi suficiente recorri ao livro, "senti" que o tinha de comprar.
Fabuloso é a palavra que me ocorre para o descrever, corresponde na íntegra a tudo o que busco neste género de literatura. Em cada página revi-me nos dramas pessoais, na demanda pelo "conhecimento". Embora não tenha sido de modo nenhum como Elizabeth Gilbert o procurou, ficando mesmo aquém daquilo que fez, não deixei no entanto de encontrar vivências paralelas, atitudes complementares, em que me revi como pessoa que tenta de muitas formas exorcizar os fantasmas, ultrapassar mágoas, ofensas, e feridas que deixaram cicatrizes na alma.
Como ela adoro Itália, a comida italiana, e adorava aprender essa língua tão bela, como ela pratico Yoga, e gostaria igualmente de fazer um retiro espiritual num ashram na Índia, iria viver uma das experiências que mais ambiciono.
De todas as suas experiências dispensava a última, nesta tenho muita dificuldade em acreditar, talvez devido a tantas desilusões a tantos sonhos desfeitos, não queria passar por tudo novamente, não é cobardia, é sentir que o amor alcança patamares muito superiores a esse tipo de relação, pela qual já não sinto atracção. A minha ambição prende-se a valores mais elevados, dificílimos de alcançar se não se tornarem um esforço diário, ainda tenho um longo caminho a percorrer, ainda me disperso por futilidades, por caminhos paralelos, e por vezes tortuosos, ainda me deixo afectar pelas emoções, mas já deixei de viver de ilusões, e isso já permite que veja a minha realidade com olhos de ver, e não sob influência da "Maya". É um caminho árduo a percorrer, tropeço, caio, esfolo-me toda, arranho-me, rastejo, e por vezes parto a cabeça, mas um dia, garanto, chego lá.

domingo, 7 de novembro de 2010

Uma questão de justiça


























Vi há dias na televisão, no canal "História", um documentário sobre o antigo Egipto, com uma entrevista aos arqueólogos, historiadores e conservadores de museus. Nestas entrevistas as personalidades acima referidas apelam, exigem que as obras de arte do antigo Egipto, espalhadas pelo mundo, regressem a "casa", neste caso ao museu do Cairo, e a outros museus que se edificam rapidamente para acolher esses tesouros.


Estes tesouros (nas fotos acima) foram fotografados no British Museum, em Londres, que acolhe bastantes, se tiverem de regressar ao Egipto, e estou completamente de acordo, este museu perde em termos de afluência, pois são eles, assim como outros que pertencem por exemplo à Grécia, que enriquecem o espólio, levando visitantes de todo o mundo a visitá-lo. Mas pode-se dizer por uma questão de justiça: "O seu a seu dono", ou "A César o que é de César". Talvez neste caso seja: "A Faraó o que é de Faraó". E que os gregos regressem também a casa.