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sábado, 13 de novembro de 2010

Transcendência







Vi o filme, e como a mensagem que me transmitiu não foi suficiente recorri ao livro, "senti" que o tinha de comprar.
Fabuloso é a palavra que me ocorre para o descrever, corresponde na íntegra a tudo o que busco neste género de literatura. Em cada página revi-me nos dramas pessoais, na demanda pelo "conhecimento". Embora não tenha sido de modo nenhum como Elizabeth Gilbert o procurou, ficando mesmo aquém daquilo que fez, não deixei no entanto de encontrar vivências paralelas, atitudes complementares, em que me revi como pessoa que tenta de muitas formas exorcizar os fantasmas, ultrapassar mágoas, ofensas, e feridas que deixaram cicatrizes na alma.
Como ela adoro Itália, a comida italiana, e adorava aprender essa língua tão bela, como ela pratico Yoga, e gostaria igualmente de fazer um retiro espiritual num ashram na Índia, iria viver uma das experiências que mais ambiciono.
De todas as suas experiências dispensava a última, nesta tenho muita dificuldade em acreditar, talvez devido a tantas desilusões a tantos sonhos desfeitos, não queria passar por tudo novamente, não é cobardia, é sentir que o amor alcança patamares muito superiores a esse tipo de relação, pela qual já não sinto atracção. A minha ambição prende-se a valores mais elevados, dificílimos de alcançar se não se tornarem um esforço diário, ainda tenho um longo caminho a percorrer, ainda me disperso por futilidades, por caminhos paralelos, e por vezes tortuosos, ainda me deixo afectar pelas emoções, mas já deixei de viver de ilusões, e isso já permite que veja a minha realidade com olhos de ver, e não sob influência da "Maya". É um caminho árduo a percorrer, tropeço, caio, esfolo-me toda, arranho-me, rastejo, e por vezes parto a cabeça, mas um dia, garanto, chego lá.

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