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quinta-feira, 5 de junho de 2025

E ainda na Galiza


 Assisti, na sala de festas do hotel, depois do jantar a um ritual bem típico desta região: a “queimada”. Não comentei o acontecimento no último texto porque não me lembrei, esta cabeça começa a falhar. É um ritual que remonta aos celtas, e serve para afastar os maus espíritos e as bruxas, trazer boa sorte e fortalecer os laços entre os presentes. Todo o ritual é feito ao som do "esconjuro", que não vou escrever aqui, porque não o decorei, se tiverem interesse visitem a Wikipédia, está lá tudo. Deixo a receita, acho que vale a pena fazê-la, porque gostei e porque vocês também vão gostar.

Num caldeirão coloquem um litro de aguardente, 200g de açúcar amarelo, casca de laranja, casca de limão, grãos de café, também pode levar cascas de maça e uvas. Os grãos de café são colocados já depois da mistura incendiada, com um concha retira-se um pouco de aguardente e incendeia-se, coloca-se a concha no caldeirão com cuidado, mexendo sempre, vai-se mexendo e recitando o "esconjuro", depois do recitar serve-se a "queimada" aos presentes, ficando assim estes protegidos dos maus espíritos e das bruxas. Foi mais um conhecimento que gostei de adquirir, e como sou muito curiosa fui aprofundar esse conhecimento, façam-no vocês também, é muito interessante.     








terça-feira, 3 de junho de 2025

Um salto à Galiza




















 No fim de semana passado, dia 31 de Maio e 1 de Junho, a escapadinha foi até Galiza ou Galícia, num excursão, daquelas que não sou grande adepta, daquelas que no segundo dia, a parte da manhã é ocupada com a apresentação de produtos de utilidade doméstica: colchões, aspiradores, trens de cozinha, etc. Não é a primeira vez que viajei para a Galiza já lá fui várias vezes, incluindo uma malfadada viagem a Santiago de Compostela, onde não vi mais que a catedral, nesta foi exactamente a mesma coisa, chegar à catedral, entrar, ver, e abraçar o apóstolo (busto) coisa que não faço mas respeito as crenças de cada um, do resto da cidade não vi mais nada, foi entrar no autocarro, seguir para o hotel, que naturalmente fica fora da cidade, não fosse dar a vontade de sair à noite, nos arrabaldes, numa zona que apesar de tudo é bonita, região de vinhas, da janela do quarto, para além das vinhas tive ainda uma magnífica vista sobre a ria. A localidade chama-se Meaño e pelo que vi no Google vale a pena visitar mas nunca há tempo. Depois do jantar, que até foi bom, o apelo à cama fazia-se anunciar com um cansaço extremo pois sai de casa às quatro da manhã, e não consigo de todo dormir no autocarro, este até era muito confortável, tinha apenas três meses de vida, quase a estrear. Na manhã seguinte, depois do pequeno almoço, muito bom, lá fomos ouvir e ver a apresentação dos produtos, é chamada de "missa cantada". Seguiu-se o almoço e ir até a uma prova de doçaria típica da região, uma delas a famosa tarte de Santiago, e também alguns licores, claro com o propósito de nos levar a comprar. Seguimos para Baiona, que também já conhecia mas desta vez tive a oportunidade ver mais que a marginal. Depois é iniciar a viagem de regresso, parar para as necessidades básicas, de preferência nas áreas de serviços, onde as refeições custam quase tanto como num restaurante de qualidade, enfim ali todos ganham, a guia, a motorista, e a organizadora, para elas fica de graça. São muitas horas a viajar de autocarro e o tempo para ver seja o que for muito reduzido mas são viagens baratas não se pode pedir mais. Para agravar o caso, a viagem foi toda ela pontuada pela música, sim música pimba, cada uma mais ordinária que a outra, também as anedotas obscenas marcaram presença, tudo para me deixar não voltar a repetir, com tanto reportório musical que existe podiam ir pelo menos passando outras mas compreendo, a maior parte dos viajantes eram senhoras mal f...... e essas músicas estimulava a libido, deixava-as excitadas. Esta foi a terceira que fiz neste género, como se diz: não há duas sem três, já chega, prefiro ficar em casa, estas viagens não são para a minha pessoa. Com isto tudo esqueci de comentar a primeira paragem que fizemos para fazer um cruzeiro na ria de Pontevedra, daqueles em que se tem um almoço a bordo, a famosa mariscada, com uma travessa de marisco diverso para cada passageiro, bem aviada por acaso mas todo o marisco completamente insosso, fica sem gosto algum, havia também uma travessa grande com mexilhões dos famosos viveiros da ria mas infelizmente estavam tão secos e mirrados que ficaram quase todos. Valeu pela paisagem.