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domingo, 12 de agosto de 2012

Devaneio

Para esquecer, dias como este, também preciso de um sorriso assim, um sorriso que, como o poeta diz, tivesse muita luz, para iluminar o meu lado mais sombrio.


Creio que foi o sorriso,
o sorriso foi quem me abriu a porta.
Era um sorriso
com muita luz
lá dentro, apetecia
entrar nele, tirar a roupa,
ficar nu dentro daquele sorriso.
Correr, navegar, morrer
Naquele sorriso.

Eugénio de Andrade

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