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sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

No dia 10 de Dezembro de 2011 assisti na Biblioteca Municipal de Sesimbra a um recital de prosa , inserido no centenário do nascimento de Alves Redol. Teve como consequência o desejo de voltar a ler algumas obras, que passados anos se tinham apagado da memória. Não o fiz de imediato, foi já no início de 2012 que voltei a ler "Os Gaibéus" e "Barranco de Cegos", fiquei deliciada, e sem surpresa apreciei-os ainda mais.






"Os Gaibéus" retrata uma gente, vinda da Beira Baixa e do Alto Ribatejo, para trabalhar na lezíria ribatejana, na ceifa do arroz. Toda a obra é marcada pelo sofrimento, sacrifício, submissão e revolta silenciosa dessa gente que nada possui exceto a esperança, a esperança de amealhar algum dinheiro para poder comer no inverno, quando voltassem às suas terras que pouco ou nada produzem nessa época do ano.





"Barranco de Cegos" descreve-nos uma personagem, real e bem atual, prepotente, ditadora e tirana, Diogo Relvas, que a tudo recorre para manter os outros sob o seu jugo, ainda que o faça julgando os seus métodos justos, nunca permitindo ser contrariado ou posto em causa, caso acontecesse, e aconteceu, exercia a sua supremacia sobre todos, incluindo a própria família, recorrendo à atrocidade.


Agora vou fazer a diligência de ler todas as outras obras.






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