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quinta-feira, 13 de março de 2025

Mais dois



 Acabei de ler estes dois, e ambos são verdadeiras homenagens a grandes mulheres, cada uma no seu tempo foram mulheres de coragem e valentia, que nos transmitem o valor da esperança e do altruísmo.

Luísa de Gusmão casa com D. João, duque de Bragança, nasce espanhola, e o casamento foi a forma de Filipe III de Espanha manter o reino de Portugal subjugado a Madrid, e assim garantir a lealdade do duque. D. João por direito dinástico seria rei de Portugal, é nele que recai a esperança de um reino independente. Ao encorajar o marido a opor-se ao domínio filipino e a assumir o trono, com uma personalidade forte e determinante acaba por se tornar uma das grandes figuras da restauração da independência de Portugal.

Varsóvia em 1944 com a criação de um “gueto”  pelos nazis, para onde os judeus são enviados antes da derradeira descida aos infernos, Irena Sendler uma assistente social polaca, de 29 anos ajuda uma menina judia a esconder-se, sob um nome falso, junto de uma família ariana. O que começou por um gesto isolado de bondade e coragem transforma-se rapidamente numa operação de salvamento em grande escala, salva milhares de crianças do “gueto” dando-lhes um nome falso, além de lhes entregar roupa, comida  e medicamentos, e encontrar famílias não judia, conventos e orfanatos para as acolher e esconder.

Proposta para o Prémio Nobel da Paz, Irena Sendler salvou a vida a mais de 2.500 crianças do “gueto” de Varsóvia.

domingo, 2 de março de 2025

Serra da Estrela







 Consegui, hoje, publicar algumas fotos da Serra da Estrela. Havia alguma neve na subida para a Torre, o ponto mais alto da serra, nesse local ainda era abundante, as pistas de esquiar ainda estavam abertas, Chegamos ao final da tarde, com o sol quase a pôr-se, e com seis graus de temperatura, um frio de rachar e muita gente metida no centro comercial que cativa os clientes com os produtos típicos da região. Para resistir ao frio bebi um chocolate quente, delicioso, e apenas comprei um licor confeccionado com ervas locais, que foi provado lá. 
Já perdi a conta de quantas vezes foi à serra, fui na Primavera, Verão, Outono e no Inverno, em qualquer estação é linda. desta vez foi apenas à Torre mas noutras viagens tive oportunidade de visitar todos aqueles locais que merecem a visita, como por exemplo as lagoas, os vales glaciares. 

sábado, 1 de março de 2025

Trancoso



















 Seguimos para Trancoso, uma das mais importantes vilas medievais de Portugal. Foi doada ao mosteiro de Guimarães por Dona Flâmula filha do conde de Barcelos e sobrinha de Mumadona Dias, senhora de imensas terras ao sul do Douro. Foi ocupada por mouros até à sua expulsão em 1160 por D. Afonso Henriques. No séc. XIII é um local de intensa actividade comercial, criando-se uma Feira Franca. Foi elevada a cidade a 8 de Dezembro de 2004.
Há uma lenda sobre o povoamento da vila: Francisco da Costa, o padre que viveu no séc. XI terá gerado 299 filhos: 214 do sexo feminino e 85 do sexo masculino, de 53 mulheres, algumas familiares muito próximas, mãe, irmãs, sobrinhas, criadas e escravas. 
Foi acusado e condenado pela Inquisição a ser arrastado por cavalos e desmembrado mas foi perdoado pelo rei D. João I por ter povoado a localidade.
Também foi terra natal de Gonçalo Anes, o Bandarra, o sapateiro poeta/profeta que exaltou a imaginação sebastianista e o povo português, foi inspiração para o grande poeta Fernando Pessoa. Foi acusado pela Inquisição de heresia e proibido de interpretar a Bíblia e escrever sobre teologia. Passou o resto da vida em Trancoso onde morreu em 1556. 
O restaurante Museu teria sido a casa onde o padre habitava. 

Quando tiver tempo publicarei as fotos da serra da Estrela, e alguns vídeos.


Marialva























No fim de semana passado, dia 22 e 23 fiz uma voltinha pelo interior norte de Portugal, só hoje foi possível publicar, falta de tempo, mais precisamente à região da Serra da Estrela, o ponto mais alto de Portugal depois do Pico nos Açores.
Visitei duas vilas históricas, a primeira foi Marialva, foi elevada a vila em 1999. Designada Cividade dos Aravos, em latim Civitas Aravorum, foi reconstruída no tempo de Trajano e Adriano. Foi ponto de confluência e cruzamento de vias, entre as quais a via imperial: Guarda a Numão.
Os Godos instalaram-se na região alterando o nome para S. justo. Sucedeu a ocupação romana com o nome de Malva, foi reconquistada por D. Fernando Magno de Leão em 1063, voltando a chamar-se Marialva. D. Afonso Henriques manda repovoar e concede o primeiro foral em 1179. Com D. Dinis foi criada a primeira Feira Franca em 1286. No séc. XII assistiu-se à fixação de judeus.