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quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

Estado: Confinada

 A partir das 00 horas de hoje voltamos ao confinamento, voltamos à prisão domiciliária. Quinze dias aprox., e tudo o que não for estabelecimentos de bens e serviços essenciais voltam a fechar, infelizmente a falta de respeito pelas normas instituídas, no Natal até houve ou foi permitido um certo afrouxamento, levou a que neste país os números de infectados e de óbitos disparassem assustadoramente, ao ponto de os hospitais chegarem ao ponto de rutura, como por exemplo o de S. Bernardo em Setúbal, que conheço muito bem, já não haver macas disponíveis sendo utilizadas as macas das ambulâncias, que ficam assim indisponíveis para prestarem os serviços que lhes competem, os doentes ficam também no chão em cima de mantas porque não há camas. O atendimento vai preferencialmente para os infectados com Covid 19  ficando os outros doentes com diversas patologias, incluindo os doentes oncológicos, preteridos, assim como as cirurgias, que foram desmarcadas.

Perante esta calamidade é imprescindível cumprir as regras de segurança que nos são pedidas, embora o governo tenha sérias dificuldades em as estabelecer porque não sabe bem com actuar, "dá uma no cravo outra na ferradura" e quem se lixa é o povo, o que é perfeitamente normal, "quem se lixa é o Zé Povinho". 

Vamos mais uma vez ficar em casa para ver se as famigeradas estatísticas baixam mas isso só acontecerá se todos, e cada um fizer o seu "trabalho de casa", protegerem-se para proteger os outros, infelizmente à custa do isolamento e de manifestações afectivas, sou mulher de afectos, gosto do toque, que saudades tenho de beijar e abraçar os meus filhos, netos e amigos, mas lamento a sorte de todos aqueles que antes da pandemia já sentiam a solidão agora ainda mais agravada devido ao distanciamento social, se não forem infectados ficam deprimidos, sendo que a depressão leva a comportamentos dramáticos e por vezes sem retorno. É urgente que todas as consequências da pandemia mereçam atenção, todos nós temos essa obrigação, mesmo em confinamento é sempre possível dar uma palavra de encorajamento aos que estão mais próximos de nós, os que connosco coabitam e os que ficam na nossa periferia através de todos os meios que dispomos. Vamos lá ser solidários e fazer prevalecer a ESPERANÇA.   


     

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