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sexta-feira, 6 de julho de 2018

Retorno ao meu mundo

Tem sido difícil arranjar tempo para ler, tantas solicitações, tantas ocupações, e tanta perda de tempo.
Ultimamente dou por mim a retroceder no processo que impôs a mim mesma, criar distanciamento de certas pessoas, queria distanciamento físico mas isso não é possível, que estão a tentar sugar as minhas energias para se alimentarem. Toda a semana surgiram conflitos fazendo de mim mediadora, 
tento ser justa, tento ver ambos os lados da questão mas torna-se impossível alguém sai sempre magoado, isto de agradar aos gregos e aos troianos deixa-nos de rastos, tentar ser neutra, não me envolver ainda é pior, é porque eu sou insensível, indiferente, não me preocupo com os outros, como se eu tivesse o dom de acalmar tempestades. Vem um e diz que o outro o magoou, vem o outro e vice-versa, tento falar com a máxima cautela, não vá ferir susceptibilidades, e ainda sou acusada de não tomar partido, de não acusar frontalmente qualquer um. Não quero ser juíza de ninguém porque cada um tem as suas razões, cada um fala da justiça a que tem direito, quem sou eu para julgar. Isto tudo, alonguei-me no texto, para dizer que assim que tenho um pouco de tempo para mim mergulho nos livros, retorno ao meu mundo,  ao mundo mágico das letras e aí acalmo as tempestades que deixam em mim. Os últimos são estes dois, magníficos.




"Não é a força da gravidade que mantém o universo em equilíbrio, mas a força da atracção do amor." 
Um dos romances mais pessoais da autora cujo tema é bastante actual: A realidade da migração.



Este é o primeiro livro que li do escritor Cabo Verdiano. Ironicamente comecei pelo último publicado em Portugal, foi retirado arbitrariamente da prateleira da estante da biblioteca, não conhecia o autor mas depois de lido conclui que é um belíssimo romance, o que é um incentivo para ler as restantes obras. 

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