Translate

sábado, 30 de setembro de 2017

No reino de Filipe VI

Regressei de férias, e como já perceberam regressei de Espanha. Voltei a fazer a cansativa viagem de autocarro, ainda que fosse um bom autocarro, viajei pelas províncias de Cuenca e Castellón, nomeadamente pelas cidades de Cuenca, Peñíscola, Castellón de la Plana e Morella, em dez dias, um para ir outro para regressar, portanto oito dias para descansar num bom hotel, com idas à praia, no Mediterrâneo, com a água a 24ºC, um caldo praticamente. No primeiro dia a viagem levou-nos a Cuenca, cidade património da Unesco, é deslumbrante tanto no património histórico e cultural como no espaço natural onde se situa, por uma questão de tempo, estas visitas guiadas são sempre muito sumárias, muito ficou por ver, mais concretamente museus e interiores de catedrais e igrejas, mas apesar disso vale sempre a pena.
Ficamos a primeira noite nesta cidade, no dia seguinte seguimos rumo a Peñíscola onde ficamos alojados até ao final das férias, é uma cidade que cresceu imenso devido ao turismo, ao longo da costa foram surgindo: hotéis e apartamentos, restaurante, bar, cafés, pastelarias e lojas de artigos de Verão, por mim não teria saído de Sesimbra caso a cidade só isso oferecesse mas há muito mais, a cidade antiga que se situa numa península, daí o nome Peñíscola em castelhano em poder dos árabes desde 718, mediante um pacto passou a pertencer a Jaime I em 1233, passou para a Ordem do Templo em 1294 no reinado de Jaime II de Aragão. Aqui foi erguida a última fortaleza dos Templários 1294-1307, sendo a ordem extinta de seguida. Em 1411 o papa Luna, Benedicto XIII, transformou o castelo na sede pontifica onde morreu envenenado. Fico por aqui, vão ver ao Google. Noutro dia viajamos até Castellón de la Plana, a cidade capital da província de Castellón, novamente com guia, a visita ficou por alguns locais mais emblemáticos da cidade mas que gostei de visitar. Noutra visita a Morella, considerada uma das aldeias mais belas de Espanha, também ela património da humanidade, simplesmente adorei, são daqueles locais mágicos onde me sinto em casa. É uma aldeia cujas raízes se perdem no tempo, havendo vestígios de vários povos que aí se fixaram, inclusive vestígios de dinossáurios, havendo mesmo um museu a eles dedicado. Tem uma basílica que em nada fica atrás à catedral de Sevilha, a basílica de Santa Maria Maior, estilo gótico de transição séc.XIII - XV.
As portas de entrada na cidade são soberbas, aquela pela qual entrei é magnífica, a porta do Arcanjo Miguel. Citando o acimo referenciado consultem o Google caso queiram saber mais. Nos dias livres "forçei " o companheiro a fazer caminhadas, desde o hotel até à cidade antiga, até à doca e marina, coisa aí de cinco a seis Kms, uma das vezes fizemos uma de Peñíscola até Benicarló, a cidade mais próxima, com ida e volta, aprox. quinze a dezasseis Kms. Como sabem sou "maluquinha" por caminhadas e o "desgraçado" para me ver feliz lá faz o esforço mas depois "dá a mão à palmatória". reconhece o bem que lhe faz. E voltando a Espanha, julgo que se está tornando uma saga, mais um pouco e posso dizer que a conheço como a minha mão, não me importo de todo poder lá voltar mas nos intervalos poderia também fazer uma "escapadinhas" por Portugal ou ir a Paris, não hei-de morrer sem ir a Paris, um dia alguém me disse que Paris era a minha cara, tenho de confirmar isso.
Já agora informo que estávamos muito perto de Barcelona, o referendo era citado a todo o momento nas notícias, nas conversas.
Desfile de mouros e cristãos em Peñíscola



Farol do castelo

Castelo de Peñíscola
Cidade de Peñíscola
Papa Luna


Lago na cidade
Uma das guias era catalã e pelo sim, portanto estão a ver os comentários à política de "Castilha" ou seja a Madrid.

Sem comentários:

Enviar um comentário