Desejo a todos os que me visitam um Ano Novo feliz sem muitos percalços no caminho, e os que surgirem que sejam facilmente eliminados. Sejam felizes
Translate
segunda-feira, 30 de dezembro de 2013
Feliz Ano Novo
Desejo a todos os que me visitam um Ano Novo feliz sem muitos percalços no caminho, e os que surgirem que sejam facilmente eliminados. Sejam felizes
sábado, 28 de dezembro de 2013
Leitura em dia
quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
Vida de cão
Nunca foi muito dado àquela coisa, qual é a coisa? Ah! Sim! Filosofia, mas ultimamente dava por si a meditar sobre a sua vida, depois de a analisar concluía que tinha mesmo "vida de cão".
Dava o "litro" para dar assistência a três mulheres, que, "raios as partam", eram mesmo três "cadelas".
A legítima fazia-lhe a vida "negra", sempre a criticá-lo, a exigir, nada estava bem para ela, saía e entrava em casa sempre de "trombas", era o que via quando parava por lá, estava sempre cansada, com dores de cabeça, com o período, porque estava frio, porque estava calor, enfim todas aquelas coisas que as mulheres alegam quando não querem sexo, não há homem que aguente.
Ele não aguentou, e como tinha olhos na cara começou a ver a governanta, uma quarentona jeitosa, a olhá-lo com cobiça, vai daí arriscou, e não é que lhe saiu a lotaria! A gaja alinhou no jogo, e ao contrário da legítima era danada para a "brincadeira", talvez devido a alguns anos de abstinência não o largava, era a toda a hora e em qualquer lugar, salvo seja.
Um dia, durante o horário de trabalho, ainda não tinha dito que era "chauffeur", dizer assim era mais chique, privado de uma poderosa empresária, que por sinal tinha enviuvado recentemente, a patroa, assim sem mais, começou a elogiá-lo, que era elegante, isso é verdade, tem trinta anos, estava no auge, um corpo trabalhado num ginásio, e muito cuidado com a boca resultaram num físico espetacular, porque tinha uns olhos lindos, dizia-lhe que qualquer mulher ficava hipnotizada no verde dos seus olhos, porque tinha umas belas mãos, que com certeza saberiam acariciar muito bem. Ficou perplexo, confuso, não querem lá ver que outra quarentona, esta devido aos cuidados de beleza nos "spas" e nos ginásios, e talvez nas mãos de algum cirurgião plástico, aparentava quase metade, era boa "como o milho", se estava a "mandar" a ele.
Começou a exigir mais serviços, um dia disse à legítima que a patroa ia para uma conferência, e iria viajar de carro, e ele, claro, como "chauffeur" iria fazer o serviço. Se a patroa tinha alguma conferência agendada mandou-a "às urtigas" embarcou com ele no iate, atracado na marina desde a morte do marido, e se fez ao largo, sendo ela o piloto, o passeio não foi para muito longe, uma volta ao longo da costa durante três dias, maior volta levou ele, a mulher tinha tais carências que temeu pela própria vida , ia devorando-o. Depois levava-o muitas vezes em "trabalho".
Andava num "stress" para que cada uma não soubesse das outras.
Morava com a legítima num anexo construído na propriedade da patroa, tornando-se portanto difícil esconder a "alhada" onde se tinha metido, a legítima começou a recriminá-lo, porque se esqueceu dela, porque não a elogiava, se calhar tinha outra? Como é que se lida com uma gaja assim, primeiro reclamava que não a deixava em paz, agora reclama que nem a vê, as mulheres são mesmo o "diabo", para a iludir, pôr-lhe "poeira nos olhos" lá ia uma "rapidinha" de vez em quando.
A governanta não lhe largava as calças, no início era apenas quando a patroa se ausentava para o estrangeiro, ou quando prescindia dos serviços e viajava sózinha, depois, mesmo com a patroa em casa, o raio da mulher estava possuída, pouco faltou para o procurar na sua própria casa.
A patroa, mais sofisticada, mais discreta, levava-o para os hotéis quando se deslocava em trabalho, tinha-o ali "à mão".
Julgava ou tentou convencer-se que estava tudo controlado, as três andavam felizes, ele é que andava estourado o que o levava a negligenciar a legítima e a governanta, pois a patroa "viajava" muito.
Quando, num raro dia, ficou em casa reparou que a mulher tinha mudado de visual, vestia uns "trapinhos" mais adequados à sua idade, ainda não tinha trinta anos, frequentava um ginásio que ficava na mesma rua onde trabalhava, ia lá à hora do almoço. Também saia com as amigas, iam beber um "copo" a um bar à noite. Tudo bem, tinha os mesmos direitos, ele nem sequer era machista, divertia-se, andava feliz, e agora até o seduzia, pensava aliviado.
Noutro dia em que ficou em casa, reparou, no final do dia, no jardineiro a aparar umas sebes, que ficavam muito próximas da sua casa, e que volta e meia olhava para lá, quando o viu ficou com a impressão que ficou nervoso, observou-o, era um jovem "giraço" pensou, qualquer mulher se sentiria atraída por ele, incluindo a legítima, sabia que num passado não muito distante a patroa, ainda casada, tinha tido um "caso" com ele, o fulano tinha sido o seu "fiel jardineiro". Voltou a observar, passado pouco tempo, o jardineiro a olhar para a casa enquanto podava as sebes, de tanto podar não iria sobrar sebes pelo que via, e viu, viu muito bem a legítima chegar à porta e com um leve aceno de mão cumprimenta-lo. Está bem! Não havia nenhum problema nisso, era natural, conheciam-se, mas o que não achou natural e lhe desagradou foi a troca de olhares entre ambos. Mau! Aqueles olhares eram suspeitos, tinha de se por "à coca".
Andava numa roda viva, de rastos, noites sem dormir que o prejudicavam bastante na condução, de vez em quando dava uma cabeçada, tinha de ter cuidado, qualquer dia dava asneira da grossa, se não cometesse um crime.
O tempo foi decorrendo e continuava sempre em atividade, mas apercebeu-se que se tornava mais espaçada, as mulheres, aquelas cadelas, começaram por arranjar desculpas, tornavam-se difíceis, a esposa já não reclamava de nada, andava bem disposta, alegre mesmo, que nem um passarinho, via-a muitas vezes a conversar com o jardineiro, este levava-lhe mudas de plantas e ensinava-a a plantá-las, o que lhe colocou a "pulga atrás da orelha". Quando ia viajar com a patroa a desconfiança roía-o, não gostava nada daquela amizade.
A governanta começou por argumentar falta de tempo para se encontrar com ele, a patroa tinha-lhe duplicado o trabalho, queria-a a vigiar, a fazer de espia, para a informar de tudo o que se passasse naquela casa, tinha de saber todos os segredos, ora isso era um bom motivo para não se encontrarem tantas vezes, e além disso não estava interessada em ser despedida.
Reparou que o jardineiro não só aparava as sebes, muito para lá do necessário, junto da sua casa, como também podava as roseiras que ficavam por baixo da Janela do escritório, ou espécie de escritório onde a governanta organizava os serviços relacionados com a manutenção da casa. Também viu que a governanta vinha muitas vezes à janela e fazia sorrisinhos parvos, ficando muito corada, como que envergonhada do que o puto lhe dizia.
Um dia a patroa, ele bem viu, ante de partir com ele para uma viagem, parou a falar com o jardineiro, fez-lhe um afago na face, um gesto sem importância, até parecia um carinho de mãe, só que aquele filho da mãe já tinha sido bem afagado por ela. Como já tinha mais tempo livre, as gajas agora não o requisitavam tanto, aproveitou para observar as rotinas, o jardineiro entrava em casa chamado pela patroa, para lhe levar flores frescas ao quarto, a governanta conversava muito com o jardineiro, este pelos vistos fazia-a rir às gargalhadas, pensou que o cansaço que aludia era de tanto rir.
A legítima andava numa de jardinagem, deu-lhe para plantar tudo, se calhar até lhe plantou um "par de cornos", ervas aromáticas eram agora as preferidas, e como não percebia nada de horta era o jardineiro que a ensinava, viu-o sair algumas vezes lá de casa assim um bocado corado, talvez fosse de tanto cavar e plantar.
Começou a somar dois com dois, e não é que deu quatro, o jardineiro andava a podar as sua mulheres. Suas? Bem! Sua só a legítima, mas elas é que se mandaram a ele, portanto eram suas. Sentia-se um sultão com o seu pequeno harém, e agora aquelas cadelas, aquelas cabras, trocaram-no pelo jardineiro. Tinha de esclarecer as coisas! Mas como? À esposa sem a apanhar em flagrante nada iria fazer, às outras nada tinha a exigir, não tinham que lhe dar qualquer explicação. Ficou num dilema, tanto pensou, e concluiu que o melhor era ficar calado, afinal andavam todos felizes, ele tinha sua "quota parte", a esposa estava sempre à mão, para não levantar suspeitas, pensou ele, a governanta quando tinha "tempo livre" acenava-lhe, e a patroa levava-o muitas vezes em "trabalho", que mais pode um homem desejar. Afinal tinha "vida de cão" mas de cão de luxo. E como agora tinha mais tempo livre começou a reparar numa criadita lourinha, muito novinha, bonitinha e muito bem feitinha. Tinha mesmo muito tempo livre.
Dava o "litro" para dar assistência a três mulheres, que, "raios as partam", eram mesmo três "cadelas".
A legítima fazia-lhe a vida "negra", sempre a criticá-lo, a exigir, nada estava bem para ela, saía e entrava em casa sempre de "trombas", era o que via quando parava por lá, estava sempre cansada, com dores de cabeça, com o período, porque estava frio, porque estava calor, enfim todas aquelas coisas que as mulheres alegam quando não querem sexo, não há homem que aguente.
Ele não aguentou, e como tinha olhos na cara começou a ver a governanta, uma quarentona jeitosa, a olhá-lo com cobiça, vai daí arriscou, e não é que lhe saiu a lotaria! A gaja alinhou no jogo, e ao contrário da legítima era danada para a "brincadeira", talvez devido a alguns anos de abstinência não o largava, era a toda a hora e em qualquer lugar, salvo seja.
Um dia, durante o horário de trabalho, ainda não tinha dito que era "chauffeur", dizer assim era mais chique, privado de uma poderosa empresária, que por sinal tinha enviuvado recentemente, a patroa, assim sem mais, começou a elogiá-lo, que era elegante, isso é verdade, tem trinta anos, estava no auge, um corpo trabalhado num ginásio, e muito cuidado com a boca resultaram num físico espetacular, porque tinha uns olhos lindos, dizia-lhe que qualquer mulher ficava hipnotizada no verde dos seus olhos, porque tinha umas belas mãos, que com certeza saberiam acariciar muito bem. Ficou perplexo, confuso, não querem lá ver que outra quarentona, esta devido aos cuidados de beleza nos "spas" e nos ginásios, e talvez nas mãos de algum cirurgião plástico, aparentava quase metade, era boa "como o milho", se estava a "mandar" a ele.
Começou a exigir mais serviços, um dia disse à legítima que a patroa ia para uma conferência, e iria viajar de carro, e ele, claro, como "chauffeur" iria fazer o serviço. Se a patroa tinha alguma conferência agendada mandou-a "às urtigas" embarcou com ele no iate, atracado na marina desde a morte do marido, e se fez ao largo, sendo ela o piloto, o passeio não foi para muito longe, uma volta ao longo da costa durante três dias, maior volta levou ele, a mulher tinha tais carências que temeu pela própria vida , ia devorando-o. Depois levava-o muitas vezes em "trabalho".
Andava num "stress" para que cada uma não soubesse das outras.
Morava com a legítima num anexo construído na propriedade da patroa, tornando-se portanto difícil esconder a "alhada" onde se tinha metido, a legítima começou a recriminá-lo, porque se esqueceu dela, porque não a elogiava, se calhar tinha outra? Como é que se lida com uma gaja assim, primeiro reclamava que não a deixava em paz, agora reclama que nem a vê, as mulheres são mesmo o "diabo", para a iludir, pôr-lhe "poeira nos olhos" lá ia uma "rapidinha" de vez em quando.
A governanta não lhe largava as calças, no início era apenas quando a patroa se ausentava para o estrangeiro, ou quando prescindia dos serviços e viajava sózinha, depois, mesmo com a patroa em casa, o raio da mulher estava possuída, pouco faltou para o procurar na sua própria casa.
A patroa, mais sofisticada, mais discreta, levava-o para os hotéis quando se deslocava em trabalho, tinha-o ali "à mão".
Julgava ou tentou convencer-se que estava tudo controlado, as três andavam felizes, ele é que andava estourado o que o levava a negligenciar a legítima e a governanta, pois a patroa "viajava" muito.
Quando, num raro dia, ficou em casa reparou que a mulher tinha mudado de visual, vestia uns "trapinhos" mais adequados à sua idade, ainda não tinha trinta anos, frequentava um ginásio que ficava na mesma rua onde trabalhava, ia lá à hora do almoço. Também saia com as amigas, iam beber um "copo" a um bar à noite. Tudo bem, tinha os mesmos direitos, ele nem sequer era machista, divertia-se, andava feliz, e agora até o seduzia, pensava aliviado.
Noutro dia em que ficou em casa, reparou, no final do dia, no jardineiro a aparar umas sebes, que ficavam muito próximas da sua casa, e que volta e meia olhava para lá, quando o viu ficou com a impressão que ficou nervoso, observou-o, era um jovem "giraço" pensou, qualquer mulher se sentiria atraída por ele, incluindo a legítima, sabia que num passado não muito distante a patroa, ainda casada, tinha tido um "caso" com ele, o fulano tinha sido o seu "fiel jardineiro". Voltou a observar, passado pouco tempo, o jardineiro a olhar para a casa enquanto podava as sebes, de tanto podar não iria sobrar sebes pelo que via, e viu, viu muito bem a legítima chegar à porta e com um leve aceno de mão cumprimenta-lo. Está bem! Não havia nenhum problema nisso, era natural, conheciam-se, mas o que não achou natural e lhe desagradou foi a troca de olhares entre ambos. Mau! Aqueles olhares eram suspeitos, tinha de se por "à coca".
Andava numa roda viva, de rastos, noites sem dormir que o prejudicavam bastante na condução, de vez em quando dava uma cabeçada, tinha de ter cuidado, qualquer dia dava asneira da grossa, se não cometesse um crime.
O tempo foi decorrendo e continuava sempre em atividade, mas apercebeu-se que se tornava mais espaçada, as mulheres, aquelas cadelas, começaram por arranjar desculpas, tornavam-se difíceis, a esposa já não reclamava de nada, andava bem disposta, alegre mesmo, que nem um passarinho, via-a muitas vezes a conversar com o jardineiro, este levava-lhe mudas de plantas e ensinava-a a plantá-las, o que lhe colocou a "pulga atrás da orelha". Quando ia viajar com a patroa a desconfiança roía-o, não gostava nada daquela amizade.
A governanta começou por argumentar falta de tempo para se encontrar com ele, a patroa tinha-lhe duplicado o trabalho, queria-a a vigiar, a fazer de espia, para a informar de tudo o que se passasse naquela casa, tinha de saber todos os segredos, ora isso era um bom motivo para não se encontrarem tantas vezes, e além disso não estava interessada em ser despedida.
Reparou que o jardineiro não só aparava as sebes, muito para lá do necessário, junto da sua casa, como também podava as roseiras que ficavam por baixo da Janela do escritório, ou espécie de escritório onde a governanta organizava os serviços relacionados com a manutenção da casa. Também viu que a governanta vinha muitas vezes à janela e fazia sorrisinhos parvos, ficando muito corada, como que envergonhada do que o puto lhe dizia.
Um dia a patroa, ele bem viu, ante de partir com ele para uma viagem, parou a falar com o jardineiro, fez-lhe um afago na face, um gesto sem importância, até parecia um carinho de mãe, só que aquele filho da mãe já tinha sido bem afagado por ela. Como já tinha mais tempo livre, as gajas agora não o requisitavam tanto, aproveitou para observar as rotinas, o jardineiro entrava em casa chamado pela patroa, para lhe levar flores frescas ao quarto, a governanta conversava muito com o jardineiro, este pelos vistos fazia-a rir às gargalhadas, pensou que o cansaço que aludia era de tanto rir.
A legítima andava numa de jardinagem, deu-lhe para plantar tudo, se calhar até lhe plantou um "par de cornos", ervas aromáticas eram agora as preferidas, e como não percebia nada de horta era o jardineiro que a ensinava, viu-o sair algumas vezes lá de casa assim um bocado corado, talvez fosse de tanto cavar e plantar.
Começou a somar dois com dois, e não é que deu quatro, o jardineiro andava a podar as sua mulheres. Suas? Bem! Sua só a legítima, mas elas é que se mandaram a ele, portanto eram suas. Sentia-se um sultão com o seu pequeno harém, e agora aquelas cadelas, aquelas cabras, trocaram-no pelo jardineiro. Tinha de esclarecer as coisas! Mas como? À esposa sem a apanhar em flagrante nada iria fazer, às outras nada tinha a exigir, não tinham que lhe dar qualquer explicação. Ficou num dilema, tanto pensou, e concluiu que o melhor era ficar calado, afinal andavam todos felizes, ele tinha sua "quota parte", a esposa estava sempre à mão, para não levantar suspeitas, pensou ele, a governanta quando tinha "tempo livre" acenava-lhe, e a patroa levava-o muitas vezes em "trabalho", que mais pode um homem desejar. Afinal tinha "vida de cão" mas de cão de luxo. E como agora tinha mais tempo livre começou a reparar numa criadita lourinha, muito novinha, bonitinha e muito bem feitinha. Tinha mesmo muito tempo livre.
sexta-feira, 29 de novembro de 2013
Déjà vu
Hoje, depois de sair da aula de Yoga, encontrei-me com uma amiga e fomos beber café, o que é pouco habitual. Estávamos a beber o café quando, de repente, vivi um déjà vu, passei literalmente para outra dimensão. Foi coincidência, dirão, talvez aqui se aplique. Fui levada para o passado através do paladar, o café, do olfato, alguém passou muito próximo de mim deixando no ar um perfume que me ficou na pele, "Acqua Di Giò" de Giorgio Armani, e da audição, no rádio passava uma música de João Pedro Pais, "Mentira".
Quando digo déjà vu não me refiro ao termo usado em psicologia, neurologia, ou psiquiatria, aqui, nestas ciências, é associado a perturbações da mente, o que não é o caso felizmente. É que num passado não muito distante quando, no momento da despedida, bebia um café com uma pessoa que ficará para sempre, e quando digo para sempre é eternamente na minha memória, ou melhor no meu espírito, o perfume que usava, o tal "Acqua Di Giò", e me deixava deliciada, e a música que no momento passava, "Mentira", gravaram-se em mim de tal modo que hoje fiz um retorno ao passado por breves minutos. É tão bom reviver bons momentos, embora deixassem muitas saudades.
Quando digo déjà vu não me refiro ao termo usado em psicologia, neurologia, ou psiquiatria, aqui, nestas ciências, é associado a perturbações da mente, o que não é o caso felizmente. É que num passado não muito distante quando, no momento da despedida, bebia um café com uma pessoa que ficará para sempre, e quando digo para sempre é eternamente na minha memória, ou melhor no meu espírito, o perfume que usava, o tal "Acqua Di Giò", e me deixava deliciada, e a música que no momento passava, "Mentira", gravaram-se em mim de tal modo que hoje fiz um retorno ao passado por breves minutos. É tão bom reviver bons momentos, embora deixassem muitas saudades.
terça-feira, 19 de novembro de 2013
Meditem!
"Não há despertar de consciência sem dor. As pessoas farão de tudo, chegando aos limites do absurdo, para evitar enfrentar a sua própria alma. Ninguém se torna iluminado por imaginar figuras de luz, mas sim por tornar consciente a escuridão."
Carl Gustav Jung
Carl Gustav Jung
terça-feira, 12 de novembro de 2013
sábado, 9 de novembro de 2013
A palavra
"A mais destrutiva das armas não é a lança ou o canhão, que podem ferir o corpo e destruir a muralha. A mais terrível de todas as armas é a palavra , que é capaz de arruinar uma vida sem deixar vestígios de sangue, e cujas feridas jamais cicatrizam."
"In" Manuscrito encontrado em Accra - Paulo Coelho
"In" Manuscrito encontrado em Accra - Paulo Coelho
Numa de filósofa
Gosto de filosofar, expor temas, discuti-los, procurando argumentos que me permitem ter razão. Falávamos de igualdade, todos tinham a sua opinião sobra o conceito, tive "ganas" de discutir acaloradamente, não o fiz, estou arrependida, vou pois usar este meio para defender a minha "tese".
Falar de igualdade entre os humanos leva-me a citar Jean Jacques Rousseau, "Todos os homens nascem livres e iguais", em suma todos feitos do mesmo barro todos filhos do mesmo deus. É um valor, um ideal a alcançar mas infelizmente até aos nossos dias é pura utopia.
Igualdade em quê?Biológica? Não existe, aqui o barro adquiriu diversos formas, somos todos diferentes, não chegamos, espero bem que não, a clonar humanos, apesar das tentativas, que seja pura ficção.
Uns nascem sãos, escorreitos, e belos, outros doentes, deficientes, a outros a beleza (um conceito difícil de definir) não os beneficiou. A igualdade mental e psicológica também não existe, uns têm um QI elevado, outros muito baixo, a própria personalidade é tão diversificada, nem as qualidades e defeitos são equáveis.
A igualdade social, tão ambicionada, um dos maiores objetivos que o Homem se propôs alcançar, encetando movimentos com essa finalidade, dou como exemplo as "sufragistas", mulheres que iniciaram um movimento para obterem o direito ao voto, falo nelas porque sou totalmente a favor das mulheres terem os mesmos direitos que os homens, infelizmente no mundo essa desigualdade, essa falta de direitos, continua a existir, por vezes levada ao extremismo.
Ainda estamos longe de alcançar essa igualdade, mesmo nas ditas democracias, ainda não se inventou a "formula mágica" para que a igualdade se dê por igual.
Uns são válidos, produzem, contribuem para a sociedade onde se inserem, daí supostamente terem valor, outros são párias, marginais, ou marginalizados, cujo valor desce na "bolsa" social.
Outros factores: discriminação sexual, racial, étnica, a desvalorização profissional, o desemprego, continuam a fomentar e a agravar essa desigualdade social. O sistema político-social igualitarismo tão cedo não terá êxito.
Ainda mais utópica, a igualdade económica, contribuindo grandemente para a desigualdade, dificilmente acontecerá nas atuais sociedades, onde o desenvolvimento económico não atinge todos por igual. Desde os primórdios da humanidade uns sempre tiveram mais poder económico que outros, na pré-história é provável que uns tivessem mais "pedras" que outros. Na maioria das sociedades de hoje, perante graves crises económicas, é ainda mais notória essa desigualdade.
A teoria de Marx: " A igualdade económica é possível", não passa de uma teoria simplista, que nunca deu frutos.
A igualdade é mesmo e apenas um valor, como facto continua a ser impossível.Será um dia possível?
.
sábado, 2 de novembro de 2013
Mensagem de Chico Xavier
Acho esta mensagem maravilhosa, e talvez você não a conheça, quero partilhá-la consigo.
Compromisso é permitir que o outro entre na nossa vida.
É sonhar junto sem se sentir ameaçado.
Marcar um horário sem se sentir controlado.
Dividir o espaço sem se sentir invadido.
Compromisso não é "falta" de liberdade.
Compromisso é o "exercício" da liberdade de estar com alguém.
Compromisso é permitir que o outro entre na nossa vida.
É sonhar junto sem se sentir ameaçado.
Marcar um horário sem se sentir controlado.
Dividir o espaço sem se sentir invadido.
Compromisso não é "falta" de liberdade.
Compromisso é o "exercício" da liberdade de estar com alguém.
domingo, 27 de outubro de 2013
terça-feira, 22 de outubro de 2013
E voltando à viagem
No texto anterior classifiquei uma viagem como atribulada, mas como tenho a mania de ser justa também tenho de descrever o resto da viagem. Depois do episódio no hospital de Braga, ainda o sol não tinha nascido, decidimos ir até à cidade do Porto, não parei na ida, parei no regresso, e apreciei o sossego que a cidade oferece antes de despertar, passeei pela avenida dos Aliados, que acho linda, fui até á Ribeira, onde gosto de ver o Douro e o casario que lhe enfeita a margem, também os barcos que fazem os cruzeiros, rio acima rio abaixo, alguns deles barcos rabelos adaptados, Tomamos o pequeno almoço, numa excelente pastelaria, que soube divinamente na madrugada que raiava.
Fugimos das autoestradas e calmamente viajamos pelas estradas nacionais, que diga-se, falando verdade, algumas estão uma vergonha, mas é muito mais agradável viajar assim, permite passar pelas localidades e parar para ver particularidades que as distinguem. Chegamos a Aveiro, a Veneza portuguesa, passear junto dos canais é maravilhoso, e poderá ser ainda mais se fizerem um passeio de "gôndola", (chamam-se moliceiros) é que também lá há umas bem lindas.
Continuamos pelas estradas nacionais, fiquei farta das autoestradas, e apercebemo-nos que as placas de sinalização, quando nos aproximávamos de rotundas, não as havia, ou por e simplesmente não indicavam a próxima localidade, havia apenas a que indicava autoestrada, andávamos por ali às voltas na rotunda, até decidir ir por qualquer saída, excepto para a autoestrada, e acontecia chegarmos a aldeias que praticamente não estavam no mapa. Numa dessas rotundas entramos por uma estrada, de acesso a uma aldeia, que um pouco mais à frente estava em obras, perguntamos a um trabalhador, que conduzia uma máquina, qual a estrada que tínhamos de seguir para a
Figueira da Foz, e o senhor indica-nos uma estrada, que era mais um caminho de cabras, à nossa frente viajava um casal, numa autocaravana, que se apercebeu que não era de modo nenhum a estrada que procuravam, e pararam, nós ainda continuamos o que era sem dúvida estúpido, até que um jovem que vinha no sentido contrário parou e pedimos ajuda, disse-nos para voltar para trás, foi complicado fazer a inversão de marcha, e informou que por ali iriamos até a uma aldeia que não tem mais nenhum acesso. Lá voltamos e já outra parte da estrada estava vedada, e não havia placa nenhuma com indicações, arriscamos e lá fomos parar a outra rotunda, nessa também não havia placas, só a da autoestrada, numa das saídas da rotunda estava a brigada de trânsito, demos duas voltas à rotunda quando um elemento da brigada nos manda encostar, é sempre desagradável isso acontecer, mas tínhamos tudo em ordem, e pergunta-nos para onde íamos, para a Figueira da Foz dissemos nós, manda-nos seguir para saída seguinte que também não tinha placa, e diz ainda que todas as placas foram roubadas nas rotundas, excepto a da autoestrada, estavam ali para orientarem os condutores, ficavam completamente desorientados.
Decidimos não ir à Figueira, seguimos para Leiria, mas já só queríamos almoçar, e conhecemos Leiria muito bem, seguimos até outra malfadada rotunda e não havia uma placa a indicar a estrada nacional, só para autoestrada, já estávamos desesperados e seguimos para a autoestrada, e não é que um pouco à frente lá estava a placa com a indicação de estrada nacional. Isto deve ser gozar com o povo, se não tivermos a máxima atenção a estrada bifurca-se, uma segue para a autoestrada e a outra para a nacional.
No pinhal de Leiria, paramos para nos acalmar e decidir qual o melhor caminho para regressar a casa, e enquanto isso concluímos que as placas roubadas e as que nas rotundas, dentro das cidades, não existem só têm um propósito: levar o Zé Povinho a viajar pelas autoestradas, que é mais uma forma de "engordar" o governo com as portagens impostas.
São estas situações que me entristecem e me fazem lamentar este povo.
Fizemos um piquenique junto de um muro coberto de trepadeiras e o chão atapetado de musgo, com a comida que tínhamos comprado em Santiago, Esqueci-me, fomos a Vigo, depois de Santiago, ainda passeamos à beira mar, mas foi muito rápido, gostava de lá voltar, acho que é uma cidade linda.
A paisagem entre Santiago e Vigo é magnífica, toda a beleza da ria nos encanta.
No regresso a casa optamos por ir a Vila Franca, no coração do Ribatejo, e na estrada paralela à lezíria tivemos uma generosa oferta da natureza, ver o pôr do sol grandioso e espetacular.
Duas fotos da marginal em Vigo
Fugimos das autoestradas e calmamente viajamos pelas estradas nacionais, que diga-se, falando verdade, algumas estão uma vergonha, mas é muito mais agradável viajar assim, permite passar pelas localidades e parar para ver particularidades que as distinguem. Chegamos a Aveiro, a Veneza portuguesa, passear junto dos canais é maravilhoso, e poderá ser ainda mais se fizerem um passeio de "gôndola", (chamam-se moliceiros) é que também lá há umas bem lindas.
Continuamos pelas estradas nacionais, fiquei farta das autoestradas, e apercebemo-nos que as placas de sinalização, quando nos aproximávamos de rotundas, não as havia, ou por e simplesmente não indicavam a próxima localidade, havia apenas a que indicava autoestrada, andávamos por ali às voltas na rotunda, até decidir ir por qualquer saída, excepto para a autoestrada, e acontecia chegarmos a aldeias que praticamente não estavam no mapa. Numa dessas rotundas entramos por uma estrada, de acesso a uma aldeia, que um pouco mais à frente estava em obras, perguntamos a um trabalhador, que conduzia uma máquina, qual a estrada que tínhamos de seguir para a
Figueira da Foz, e o senhor indica-nos uma estrada, que era mais um caminho de cabras, à nossa frente viajava um casal, numa autocaravana, que se apercebeu que não era de modo nenhum a estrada que procuravam, e pararam, nós ainda continuamos o que era sem dúvida estúpido, até que um jovem que vinha no sentido contrário parou e pedimos ajuda, disse-nos para voltar para trás, foi complicado fazer a inversão de marcha, e informou que por ali iriamos até a uma aldeia que não tem mais nenhum acesso. Lá voltamos e já outra parte da estrada estava vedada, e não havia placa nenhuma com indicações, arriscamos e lá fomos parar a outra rotunda, nessa também não havia placas, só a da autoestrada, numa das saídas da rotunda estava a brigada de trânsito, demos duas voltas à rotunda quando um elemento da brigada nos manda encostar, é sempre desagradável isso acontecer, mas tínhamos tudo em ordem, e pergunta-nos para onde íamos, para a Figueira da Foz dissemos nós, manda-nos seguir para saída seguinte que também não tinha placa, e diz ainda que todas as placas foram roubadas nas rotundas, excepto a da autoestrada, estavam ali para orientarem os condutores, ficavam completamente desorientados.
Decidimos não ir à Figueira, seguimos para Leiria, mas já só queríamos almoçar, e conhecemos Leiria muito bem, seguimos até outra malfadada rotunda e não havia uma placa a indicar a estrada nacional, só para autoestrada, já estávamos desesperados e seguimos para a autoestrada, e não é que um pouco à frente lá estava a placa com a indicação de estrada nacional. Isto deve ser gozar com o povo, se não tivermos a máxima atenção a estrada bifurca-se, uma segue para a autoestrada e a outra para a nacional.
No pinhal de Leiria, paramos para nos acalmar e decidir qual o melhor caminho para regressar a casa, e enquanto isso concluímos que as placas roubadas e as que nas rotundas, dentro das cidades, não existem só têm um propósito: levar o Zé Povinho a viajar pelas autoestradas, que é mais uma forma de "engordar" o governo com as portagens impostas.
São estas situações que me entristecem e me fazem lamentar este povo.
Fizemos um piquenique junto de um muro coberto de trepadeiras e o chão atapetado de musgo, com a comida que tínhamos comprado em Santiago, Esqueci-me, fomos a Vigo, depois de Santiago, ainda passeamos à beira mar, mas foi muito rápido, gostava de lá voltar, acho que é uma cidade linda.
A paisagem entre Santiago e Vigo é magnífica, toda a beleza da ria nos encanta.
No regresso a casa optamos por ir a Vila Franca, no coração do Ribatejo, e na estrada paralela à lezíria tivemos uma generosa oferta da natureza, ver o pôr do sol grandioso e espetacular.
Duas fotos da marginal em Vigo
domingo, 13 de outubro de 2013
Viagem atribulada
Foi uma viagem há muito sonhada, até imaginava faze-la como peregrina, percorrendo um dos caminhos de Santiago. A viagem para lá até correu bem, obstante não ser exatamente como eu a tinha planeado. Tinha em mente chegar ao Porto ao fim da tarde, passear pelas suas ruas, ir até à Ribeira, e depois de jantar seguir viagem até Valença para aí pernoitar. O companheiro decidiu fazer uma direta até Vigo onde chegamos já tarde, o que permitiu apenas um jantar ligeiro e procurar alojamento.
No dia seguinte partimos para Santiago sem dar uma volta por Vigo, já lá tinha ido mas gostava de conhecer melhor a cidade. Enfim, chegamos a Santiago, e, claro, como é da praxe, fomos visitar a catedral, e ai é que as coisas deram para o torto, caso para dizer que o santo não joga no "time" do meu, as coisas complicaram-se, o companheiro, que fez uma direta até Vigo pelas autoestradas, começou a queixar-se de dores lancinantes na mão direita, dor que já se tinha anunciado quando se levantou, procurou-se uma farmácia, compramos paracetamol e um punho elástico, mas as dores eram tão intensas que decidimos fazer a viagem de regresso, ainda voltamos a Vigo, com um breve passeio pela beira mar, e por insistência minha, porque já não havia sossego, fizemos uma direta até Braga, não quis parar em Valença, para recorrer ao serviço de urgências do hospital local. Um hospital "novinho em folha", ainda com os acessos a partir do centro da cidade por construir, portanto até chegar lá andamos às voltas, ninguém, a quem pedíamos informação, acertava com o acesso correto, penso que alguns sabiam tanto como eu. Chegamos às urgências e foi prontamente atendido, e quase de imediato fez a triagem, aparentemente, segundo a opinião do enfermeiro, a consulta iria demorar um pouco, até aqui tudo bem, é natural haver atendimentos prioritários, são identificados por uma pulseira de cor, que vai do vermelho, ao verde, passando pelo laranja, amarelo, a do companheiro era verde, significando que não é grave e que pode aguardar, mas aqui tudo se complica, passou uma hora, duas horas, três horas, eu já dormia encostada nas costas de uma cadeira, todas as urgências prioritárias eram atendidas, claro que não havia vermelhos, esses entram diretamente para a sala de atendimento, mas os amarelos e os laranjas iam entrando, assim como alguns verdes, que entraram depois do companheiro, e ele continuava a aguardar, passou-se mais uma hora e foi perguntar qual a razão de não ser chamado, resposta: primeiros os casos mais graves, e estavam sempre a entrar amarelos, tinha de esperar. O companheiro decidiu que já não esperava mais, e voltamos para o carro estacionado no parque subterrâneo do hospital e que é pago a 1€ à hora, a partir dos 5€ já não se pagava nada independentemente do tempo que ali ficássemos. Como aquela hora era complicado procurar alojamento decidimos ficar mesmo ali, dormimos dentro do carro até às seis da manhã. Quando nos dirigimos aos serviços para pagar o estacionamento, o companheiro ainda foi perguntar se já o tinham chamado, por curiosidade, e curiosamente foi chamado meia hora antes, como não estava deram-lhe logo alta, se estivesse interessado tinha de fazer nova ficha, quando fez a primeira ficha pagou 20€, teria de pagar novamente outros 20€. Isto é que se chama um negócio da China.
Largamos 25€ para passar metade da noite numa sala de espera de um hospital e a outra metade no estacionamento. Que bela noite, semelhante a um hotel de cinco estrelas. Quanto à dor, passou quase por magia, eu sabia que tinha sido provocada pela esforço excessivo de conduzir, com repouso, o paracetamol e o punho elástico, ela iria desaparecer, mas infelizmente o companheiro é muito teimoso não acreditou em mim, e a viagem que há anos sonhava ficou muito aquém do planeado. Para terminar também tenho de, para ser justa, dizer que, expecto o acontecimento narrado, e algum mau humor do companheiro, houve momentos muito agradáveis.
E ainda digo que ver Braga "nem por um canudo", e que no moderno hospital deveria deixar lá, no livro de reclamações, o agradecimento por este serviço "diligente e atencioso". Fiquei com a impressão que a ideia que as pessoas do norte do país não gostam dos do sul é verdadeira. Ou será só impressão minha?
quarta-feira, 2 de outubro de 2013
Existem livros que depois de lidos nos fazem pensar no seu conteúdo durante muito tempo, este é um deles que me deixou a pensar. Um romance de Catherine Pancol, "A valsa lenta das tartarugas".
Retrata fielmente as mulheres: "As que somos, as que queremos ser, as que nunca seremos, e as que talvez sejamos um dia".
.
Retrata fielmente as mulheres: "As que somos, as que queremos ser, as que nunca seremos, e as que talvez sejamos um dia".
.
domingo, 22 de setembro de 2013
Mudança de estação
Hoje, às 21.45, o Verão despede-se de nós, vai partir para outras latitudes, e chega o Outono, a estação do ano que eu mais gosto. E, francamente, já estou farta de tanto calor, estas temperaturas que ainda se fazem sentir deixam-me completamente a destilar, e sem vontade de "mexer uma palha", pois é tanto calor cansa, nem à praia apetece ir.
Sinto saudades do cheiro da terra molhada depois de um aguaceiro, de ver um pôr-do-sol esplendoroso, a vegetação a adquirir as magníficas cores outonais, e, principalmente, passear pela praia vazia de gente, é que não gosto mesmo de muita gente junta. Segundo a meteorologia estas temperaturas vão descer e até está previsto chuva, a ver vamos, é que os meteorologistas também se enganam, mas a chuva era bem vinda, especialmente para as zonas do país mais flageladas pelos incêndios, de modo a estes naturalmente se apagarem, e também a vegetação possa renascer mais rapidamente.
Sinto saudades do cheiro da terra molhada depois de um aguaceiro, de ver um pôr-do-sol esplendoroso, a vegetação a adquirir as magníficas cores outonais, e, principalmente, passear pela praia vazia de gente, é que não gosto mesmo de muita gente junta. Segundo a meteorologia estas temperaturas vão descer e até está previsto chuva, a ver vamos, é que os meteorologistas também se enganam, mas a chuva era bem vinda, especialmente para as zonas do país mais flageladas pelos incêndios, de modo a estes naturalmente se apagarem, e também a vegetação possa renascer mais rapidamente.
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
sexta-feira, 13 de setembro de 2013
Expandir o conhecimento
Nos dias 9 e 11 deste mês participei de um Workshop - A Acupuntura na Ponta dos Dedos, a Digitopuntura, lecionado por Nuno Assis, diplomado em Medicina Tradicional Chinesa pela universidade de Medicina Tradicional Chinesa de Guang Xi (China), realizado pelo ITN - Instituto de Terapias Naturais.
Sempre manifestei interesse pelas medicinas alternativas, e cada vez mais a elas recorro, embora em termos económicos não seja muito acessível.
Já conhecia alguns pontos, que utilizei profissionalmente, e ainda utilizo em mim, pelo facto de possuir um livro que descreve esta técnica de forma muito fácil, visto os pontos serem apresentados ao longo dos meridianos, (cabeça, tronco e membros) em desenhos do corpo humano, neste livro a técnica chama-se também Acupressão. Neste Workshop aprendi, muito sumariamente, o nome de alguns pontos em chinês, as precauções que se deve ter ao aplicar a Digitopuntura, as bases fundamentais da Medicina Tradicional Chinesa, e mais uma série de informações que, aparentemente muito básicas, poderão "despertar o bichinho" por tal terapia.
Foram algumas horas agradáveis, passadas num espaço harmonioso, com participantes com mais ou menos conhecimento, dois deles eram estudantes no segundo ano de Acupunctura, outros foram por mera curiosidade, e outros, como eu, pelo prazer de ir um pouco mais longe que aquilo que sabiam.
Sempre manifestei interesse pelas medicinas alternativas, e cada vez mais a elas recorro, embora em termos económicos não seja muito acessível.
Já conhecia alguns pontos, que utilizei profissionalmente, e ainda utilizo em mim, pelo facto de possuir um livro que descreve esta técnica de forma muito fácil, visto os pontos serem apresentados ao longo dos meridianos, (cabeça, tronco e membros) em desenhos do corpo humano, neste livro a técnica chama-se também Acupressão. Neste Workshop aprendi, muito sumariamente, o nome de alguns pontos em chinês, as precauções que se deve ter ao aplicar a Digitopuntura, as bases fundamentais da Medicina Tradicional Chinesa, e mais uma série de informações que, aparentemente muito básicas, poderão "despertar o bichinho" por tal terapia.
Foram algumas horas agradáveis, passadas num espaço harmonioso, com participantes com mais ou menos conhecimento, dois deles eram estudantes no segundo ano de Acupunctura, outros foram por mera curiosidade, e outros, como eu, pelo prazer de ir um pouco mais longe que aquilo que sabiam.
terça-feira, 10 de setembro de 2013
Desejo
Um dia, numa hora qualquer...
que esquecerei.
Despedir-me-ei da frágil morada que habito.
Fecharei a porta de mansinho...
não vá acordar alguém!
Partirei nada levando...
pois leve quero ir...
sem amarras, nós, laços, âncoras...
que me impeçam de voar.
E vós que continuais no caminho,
não chorais por mim.
Cada lágrima vossa é um entrave à minha liberdade.
Deixai-me ir, desejando boa viagem.
Peço ao meu guia que me espere no umbral,
para me acompanhar.
Levar-me-à docemente protegida,
e entregar-me-à a Alguém que me aguarda na chegada.
que esquecerei.
Despedir-me-ei da frágil morada que habito.
Fecharei a porta de mansinho...
não vá acordar alguém!
Partirei nada levando...
pois leve quero ir...
sem amarras, nós, laços, âncoras...
que me impeçam de voar.
E vós que continuais no caminho,
não chorais por mim.
Cada lágrima vossa é um entrave à minha liberdade.
Deixai-me ir, desejando boa viagem.
Peço ao meu guia que me espere no umbral,
para me acompanhar.
Levar-me-à docemente protegida,
e entregar-me-à a Alguém que me aguarda na chegada.
sábado, 31 de agosto de 2013
domingo, 25 de agosto de 2013
Meditem!
"Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana."
Carl Gustav Jung
Carl Gustav Jung
segunda-feira, 19 de agosto de 2013
literatura de Verão
Com as temperaturas a rondar os 40º não estou com muita vontade de ler temas mais complexos, optei por uma literatura mais ligeira, que não exija muito das células celebrais, pois o calor já por si impede qualquer esforço para pensar.
sábado, 17 de agosto de 2013
Hoje encerra a Feira do Livro em Sesimbra. Muitas obras e pouco dinheiro. Comprei esta, ainda não a li
Foi escolhida porque estes dois filósofos-escritores sempre exerceram em mim um certo fascínio devido à sua forma de viver a vida. O pouco que sei deles irá de certeza aumentar ao escutar as suas conversas, pelas entrevistas originais que cederam, e pelo conhecimento dos seus momentos mais intimos.
"Sartre e Beauvoir- A História de uma vida em comum mostra a paixão, a ousadia, o humor, e as contradições da sua relação, admirável e pouco ortodoxa."
Foi escolhida porque estes dois filósofos-escritores sempre exerceram em mim um certo fascínio devido à sua forma de viver a vida. O pouco que sei deles irá de certeza aumentar ao escutar as suas conversas, pelas entrevistas originais que cederam, e pelo conhecimento dos seus momentos mais intimos.
"Sartre e Beauvoir- A História de uma vida em comum mostra a paixão, a ousadia, o humor, e as contradições da sua relação, admirável e pouco ortodoxa."
terça-feira, 6 de agosto de 2013
Por a cultura em dia
Hoje fui ao museu, e em simultâneo fui a uma exposição.
No palácio nacional da Ajuda (museu) vi a maior mostra individual de Joana Vasconcelos nos aposentos reais.
Todas as obras eram interessantes e mereceram ser vistas, apesar do bilhete não ser barato, 10€, que custou um pouco a desembolsar.
Não era permitido tirar fotos com flash, a minha câmara não é suficientemente boa para tirar fotos nestes espaços sem ele. Consegui estas, mal tiradas por sinal, porque utilizei o flash muito rapidamente quando na ausência dos vigilantes. Um par de sapatos feitos de tachos de inox, com o nome de Marilyn, representa a dualidade feminina (tachos e saltos altos) e um helicóptero, o Lilicoptére, feito de metal pintado a ouro com cristais Swarovski, tapetes de Arraiolos, e plumas de avestruz.domingo, 4 de agosto de 2013
Lição de vida nº. 3
Decorridos uns dias em que me senti literalmente neurasténica, hoje levei uma boa lição, daquelas que como se diz: "um murro na cabeça para abrir os olhos".
Eu que a tudo tenho recorrido na tentativa de me reabilitar, isto é de me amar e respeitar, não permitindo que voltassem a destruir a minha auto-estima, que levou anos a erguer-se da "merda" para onde a tinham lançado, voltei a sentir-me inferior a um verme.
A minha sorte, e esforço, é que esta sensação é temporária, e a lição que alguém me deu hoje levou-me a reencontrar-me, a voltar a mim ainda mais rapidamente.
Disseram-me que eu quando comento ocorrências na minha vida, as más, atraio outras iguais, ou seja crio um ciclo vicioso de ocorrências más, que só serão eliminadas se deixar de falar nelas. Principalmente tenho de deixar-me de sentir vítima. coisa que não me sinto na verdade, mas devo passar essa ideia, ainda tenho de comprar algum livro que me ensine a passar aquilo que sou, porra, deveria ser atriz, estou sempre a representar.
Mas talvez alguém me possa esclarecer, talvez um iluminado, visto que o comum dos mortais tem ainda muitas dificuldades de lidar com temas destes: Como é que reagimos perante uma ameaça de morte? Não comentamos com ninguém? Não informamos ninguém do nosso receio? Silenciamos em nós essa ameaça? Será que a pessoa que fez a ameaça estava apenas a brincar? Será que eu é que não tenho sentido de humor? Porque será que eu dou tanta relevância ao assunto? E seria um interminável números de porquês, portanto o melhor é nada perguntar, porque me disseram também que eu tenho de parar de me atormentar, porque enquanto o fizer atraio até mim essa ameaça, que se não me acautelar, isto é deixar de pensar no assunto, pode-se tornar facto.
É pá! eu acredito em muita coisa, até em algumas que ninguém acredita, mas tentar levar isto a sério pode custar-me a vida. O melhor é "ter um olho no burro e outro no cigano", não vá o diabo tecê-las.
terça-feira, 23 de julho de 2013
Haja paciência!
Quando por vezes vou tomar um café com alguma amiga é quase certo que se junta sempre uma amiga da amiga, e não foge à regra que a conversa se estende até à beleza, mais propriamente à beleza feminina.
É um tema que me cansa, já não tenho paciência para as ouvir comentar a beleza ou o seu oposto, de A e de B. São conversas tão ocas, que dou por mim a afastar-me mentalmente. E quando toca alguma se auto-elogiar então é que a paciência se esgota de todo.
Uma amiga da amiga todo tempo que está connosco centra todo o tema de conversa nela, põe-se a descrever todos os seus atributos, que aos seus olhos fazem dela um ser perfeito: não tem celulite, sortuda, não tem rugas, sortuda, não tem cabelos brancos, sortuda, é magra, não tem gorduras localizadas, não tem, não sei mais o que, mas tem uns olhos lindos, uma pela linda, etc, em suma a senhora é uma perfeição mas tão perfeita que dou por mim a pensar, enquanto se auto-elogia, na anedota da rosa e da couve-flor:
" A rosa passava o tempo a falar da sua beleza: sou linda, bela, vistosa, todos me apreciam e elogiam.
A couve-flor farta de ouvir, e sem paciência para tanto egocentrismo, responde-lhe:
"Quiridinha" você é linda, bela, gostosa, todos a elogiam mas "cara" ninguém te come né!"
Aplica-se na perfeição à senhora a quem também não falta um ego desmesurado, mas que também ninguém quer "comer". Vai-se lá saber porquê?
sábado, 29 de junho de 2013
Sobre tempos e pensamentos
"Aos 10 anos todos nos dizem que somos espertos, mas que nos faltam ideias próprias. Aos 20 anos dizem que somos muito espertos , mas que não venhamos com ideias. Aos 30 anos pensamos que mais ninguém tem ideias. Aos 40 achamos que as ideias dos outros são todas nossas. Aos 50 pensamos com suficiente sabedoria para já não ter ideias. Aos 60 ainda temos ideias mas esquecemos do que estávamos a pensar. Aos 70 só pensar já nos faz dormir. Aos 80 só pensamos quando dormimos."
"In "-Venenos de Deus Remédios do Diabo- Mia Couto
sábado, 22 de junho de 2013
segunda-feira, 10 de junho de 2013
quarta-feira, 5 de junho de 2013
Os dias que decorreram entre o último texto que aqui escrevi, e o dia de hoje, foram ocupados a ler este espantoso romance histórico. Nas seiscentas e setenta e nove páginas que li conheci "a história de uma mulher apaixonada, rebelde, determinada e sonhadora, que nunca desistiu de tentar ganhar asas em céus improváveis, como a estrela que, em pequena, via cruzar a noite."
sexta-feira, 24 de maio de 2013
Beleza natural
domingo, 19 de maio de 2013
Recordar
"Cartoons" colocados num expositor de rua, em Sesimbra. Fazem parte de uma exposição organizada pela Liga dos Combatentes, com a finalidade de recordar e honrar as tropas portuguesas que prestaram serviço militar em África, durante a guerra colonial. E estas serão, com toda a certeza, as melhores recordações que estes homens têm desta guerra.
quarta-feira, 15 de maio de 2013
Análise comparativa
Portugal durante a Ditadura Salazarista tinha três grandes motivos para que os portugueses fossem felizes, tinha os três Fs. Explico: Fátima, Fado e Futebol. O povo tinha de ter fé por isso recorria a Fátima, pois a fé é que nos salva, tinha desporto, o Futebol engrandecia-nos com a atuação dos nossos famosos clubes, e num deles o famoso Eusébio, tínhamos no Fado a nossa projeção internacional a nível cultural, com a nossa brilhante Amália.
Hoje, passados trinta e nove anos depois da queda da Ditadura, a Fé continua a salvar-nos, as peregrinações nos caminhos de Fátima são cada vez mais, o povo ainda acredita em milagres, e atualmente bem precisamos deles. O Fado continua a ser o nossos embaixador internacional, é de lamentar que outras vertentes musicais não tenham essa projeção.
Quanto ao Futebol, perante esta crise económica que afecta este país, é caso para dizer que a crise é relativa, afecta uns mas outros não. Hoje o Benfica joga em Amesterdão, com o Chelsea, e os portugueses é um ver se te avias, a "voarem" para Amesterdão, os voos são contínuos, e muitos dos adeptos vão sem bilhetes, e sem garantias de os obter, ainda assim vão, ora a crise a estes não lhes toca à porta.
Ontem, num telejornal, dois portugueses, chegados a Amesterdão, muito felizes, diziam, a vida corre-lhe muito bem com certeza, que não tinham bilhetes e que iam tentar comprá-los mesmo que tivessem de pagar por eles centenas de euros.
Isto faz-me pensar que afinal o comportamento atual não é muito diferente de há trinta e nove anos atrás, nessa época também havia muitos adeptos que não deixavam de ir ao Futebol, para o bilhete havia sempre "escudos", mesmo que em casa não houvesse comida para colocar na mesa. Estes dois poderão ser dos tais, dos a quem pode faltar comida mas para o Futebol há sempre dinheiro.
Pensava eu que a crise era geral, que ingénua, não é nada, a crise é para alguns! O pior é que as decisões tomadas pelo governo para combater a crise também são relativas, afectam uns outros não. Para nos entretermos, para irmos esquecendo, vamos tendo Fátima, Fado e Futebol, mas, ironia, para os três Fs são necessários euros, e eles não esticam não! quinta-feira, 9 de maio de 2013
terça-feira, 7 de maio de 2013
Dividida!
Hoje deixei-me dominar pela ansiedade, nada de grave, aconteceu pelo facto de ter embarcado numa máquina do tempo, regressei ao passado nas memórias, que sem me esforçar resolveram invadir-me a mente.
De forma a suprimir a ansiedade pensei ir marcar uma sessão de qualquer coisa, num centro de estética, massagens com pedras quentes, banho Vichy, Reflexologia, etc. Como os euros estão muito curtos ficou apenas na ideia, e pensei noutra forma de terapia, beber uns copos de um bom vinho afim de me alegrar, mas pensei que não seria a melhor opção, visto que a terapia iria "cair-me" muito mal, alegre ficava, disso tenho a certeza, e muito brincalhona, mas os efeitos secundários é que são lixados, insuportáveis mesmo. Além do mais sou estupidamente responsável, comedida, e não gosto de chamar a atenção sobre mim, estava fora de questão fazer "vinhoterapia".
Dei voltas à cabeça e lembrei-me de outra terapia, a chocoterapia, seria tão bom ser envolvida, massajada pelo chocolate, negro, untuoso, hum! Até faz "crescer água na boca" só de pensar, mas também isso envolvia marcação e pagamento, e quanto ao pagamento, como já disse, o orçamento não dá para esta volúpia.
Por fim decidi, faria mesmo a "chocoterapia", num espaço a isso dedicado, um espaço comercial, onde os "instrumentos" para a terapia estão ali expostos de modo a não permitir qualquer espécie de raciocínio, investi num excelente chocolate negro, daqueles de "trepar" e deixar-nos cheias de prazer. A ansiedade acalmou, fiquei literalmente num estado prazenteiro. Afinal foi a melhor opção, a medicina alega que o chocolate é um produto com muitas qualidades, entre elas por elevar os níveis de "serotonina" no cérebro, que por sua vez ajudam a acalmar e a relaxar. É por isso que daqui em diante vou recorrer a esta forma de "chocoterapia", acalma, é doce, sabe tão bem, e melhor ainda é baratíssima, não custa nada largar uns euros em troca de todos os benefícios que oferece. Tem apenas um senão, quando se faz uso muitas vezes desta terapia, os quilos no peso corporal começam a aumentar. Vou esforçar-me acima de tudo para que a ansiedade não leve a melhor, é que não quero engordar!
Imagens da Internet
segunda-feira, 29 de abril de 2013
Defesas
Quatro meios de defesa (fortalezas) em Sesimbra
1ª. Forte da Baralha
2ª. Forte de Santiago e Castelo
3ª. Forte do Cavalo ou de S. Teotónio
domingo, 21 de abril de 2013
Meditem!
"Ninguém é igual a ninguém. Todo ser humano é um estranho ímpar."
Carlos Drummond de Andrade
Carlos Drummond de Andrade
sábado, 13 de abril de 2013
quarta-feira, 3 de abril de 2013
Continua a faltar !
"Quando eu nasci, as frases que hão-de salvar a Humanidade já estavam todas escritas, só faltava uma coisa: Salvar a Humanidade."
Almada Negreiros
"A invenção do dia claro"
Poeta português (1893 - 1970)
sábado, 30 de março de 2013
Mimos
Não consigo resistir. É exigir de mim uma vontade que não tenho. Vou sucumbir à gulodice. Entro em jejum na segunda-feira, mas até lá que se lixe a linha.
segunda-feira, 25 de março de 2013
Diz-se que o povo português é um povo triste, não acredito, um povo triste não tem a capacidade inédita de se rir de si próprio, e nesta difícil conjuntura económica que vivemos ainda é mais admirável alguém saber fazer rir dessa mesma conjuntura, Ricardo Araújo Pereira tem esse talento, fazendo uso do humor escreve textos muito sérios, que, para além de nos fazer rir, nos faz pensar e dizer: Só nós!
"Caro desempregado.
Em nome de Portugal, gostaria de agradecer o teu contributo para o sucesso económico do nosso país. Portugal tem tido um desempenho exemplar, e o ajustamento está a ser bem sucedido, o que não seria possível sem a tua presença permanente na fila para o centro de emprego. Está a ser feito um enorme esforço para que Portugal recupere a confiança dos mercados e, pelos vistos, os mercados só confiam em Portugal se tu não puderes trabalhar.
O teu desemprego, embora possa ser ligeiramente desagradável para ti, é medicinal para a nossa economia. Os investidores não apostam no nosso país se souberem que tu arranjaste emprego. Preferem emprestar dinheiro a pessoas desempregadas.
Antigamente, estávamos todos a viver acima das nossas possibilidades. Agora estamos só a viver, o que aparentemente continua a estar acima das nossas possibilidades. A tua necessidade de arranjar um emprego está muito acima das tuas possibilidades. É possível que a tua necessidade de comer também esteja.
Tens de pagar impostos acima das tuas possibilidades para poderes viver abaixo das tuas necessidades. Viver mal é carissimo. Não estás sozinho. O governo prepara-se para propor rescisões amigáveis a milhares de funcionários públicos. Vais ter companhia. Segundo o primeiro-ministro, as rescisões não são despedimento, são janelas de oportunidades.
O melhor é agasalhares-te bem, porque o Governo tem aberto tantas janelas de oportunidades que se torna difícil evitar as correntes de ar da oportunidade.
Há quem sinta a tentação de se abeirar de uma dessas janelas de oportunidade e de se atirar cá para baixo. É mal pensado. Temos uma dívida enorme para pagar, e a melhor maneira de conseguir é impedir que um quinto dos trabalhadores possam produzir. Aceita a tua função neste processo e não esperneies. Tem calma. E não te preocupes. O teu desemprego está dentro das previsões do Governo. Que diabo, isso tem de te tranquilizar de algum modo. Felizmente a tua miséria não apanhou ninguém de surpresa, o que é excelente.
A miséria previsível é a preferida de toda a gente.
Repara como o Governo te preparou para a crise. Se acontecer a Portugal o mesmo que ao Chipre, é deixá-los ir à tua conta bancária confiscar uma parcela dos teus depósitos. Já não tens lá nada para ser confiscado. Podes ficar tranquilo.
E não tens nada que agradecer." Boca do Inferno Ricardo Araújo Pereira
revista Visão N.º 1046. 21 a 27 de março de 2013
sexta-feira, 22 de março de 2013
domingo, 17 de março de 2013
Expiação
Lamento o sorriso, o beijo, o abraço,
que não dei.
Lamento a esperança que não alimentei,
o sonho que destruí,
a magia que não deixei acontecer.
Lamento a paz que não fomentei,
o conflito que não evitei,
a mentira que encobri,
a verdade que omiti.
Lamento a mão que recusei,
o apelo que não quis ouvir,
a palavra que silenciei,
o pão que não partilhei,
a porta que fechei,
a caminhada que com alguém não fiz,
a luz que apaguei,
a visita que não fiz.
Lamento o egoísmo a indiferença,
a cobardia, o medo
com que me protejo dos outros
para não sofrer.
Mas se amar implica sofrimento
mais vale sofrer por amor do que nada sentir.
mais vale sofrer por amor do que nada sentir.
EU ME ABSOLVO
sábado, 9 de março de 2013
Dia Internacional da Mulher
Embora com um dia de atraso, por falta de tempo, nunca é tarde para homenagear a Mulher.
"Os valores femininos são a energia unificadora que trazemos connosco, e que é a energia da esperança."
domingo, 24 de fevereiro de 2013
Auto-estima
Ontem, com um convite feito por uma amiga alguns dias atrás, fui a um curso chamado: Curso SPA Mental para trabalhar a auto-estima, através de poderosas técnicas de programação neurolinguística e de hipnose clínica, que programa a mente para que possamos ter a auto-estima que sempre desejamos. Em oito horas a Drª. Rosa Basto Psicóloga/Hipnoterapeuta foi ensinando todas as técnicas que fazem parte do curso.
Pessoalmente gostei, mas, com toda a certeza, se tivesse feito este curso há uns anos atrás teria beneficiado muito mais dele, quando a minha auto- estima andava pelas "ruas da amargura", completamente na "fossa", para não dizer na merda, e sem exagerar posso dizer que essa falta de auto -estima já fazia parte do meu perfil mental e psicológico desde muito cedo.
Aprendi duas técnicas que posso usar sempre que sinto "afundar-me", mas é pouco provável, à custa de tanto "afundar-me" aprendi a "boiar", atualmente posso dizer, sem pretensões de louvores, que tenho uma boa auto-estima, aprendi a amar-me, o que é essencial para começar a ter respeito por nós.
Quando a psicóloga nos desafiou a usar, perante todos, uma das técnicas, as reações foram manifestamente estranhas, choros com soluços, lágrimas silenciosas, quase desmaios, eu inclusive chorei como uma"Madalena arrependida", a senhora usando uma das formas de hipnose clínica fez com que os traumas e dores psíquicas, que julgávamos ultrapassados, ou os muito presentes, viessem à tona, provocando tais manifestações.
Para mim foi meritório, pois fingia que essa "dor" não me afetava, que já estava esquecida, mas estava escondida pela "roupagem" com que a tentei camuflar. Percebi que ainda "sangrava", neste momento, passadas quase vinte e quatro horas, sinto como se algo se tivesse libertado em mim, pensando na "dor", porque ficou na memória, já não me faz sofrer.
Em relação à auto-estima não senti que tivesse acrescentado mais do que aquilo que eu sabia, faz uso das técnicas de Louise Hay , que eu felizmente beneficiei e beneficio há já muito tempo. Agora, de tanto usar essas técnicas, até estou com receio de me tornar narcisista, é que gosto mesmo muito de mim, e afirmo diariamente em voz alta que "Sou merecedora. Mereço tudo o que é bom". "Não uma parte, não um pouquinho, mas tudo o que é bom." Para alguém que dizia continuamente que não tinha sorte nenhuma será exagero?
Quero lá saber!Tenho direito à minha recompensa.
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
Antes e depois
E o povo voltou a cantar!
Antes da revolução de 25 de Abril de 1974 o povo pedia: pão, paz e liberdade. Agora já só pede pão. Passos Coelho tem séria incapacidade de perceber que um povo sem pão é um povo que, usando a liberdade de expressão, se manifesta, e por vezes violentamente, e lá se vai a Paz.Tentamos, pela via do diálogo, resolver as nossas questões, visto que somos um povo ordeiro, e até originais na forma significativa como contestamos o discurso do primeiro-ministro, mas até quando?
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
Vaticínio
Quando nasci, com o auxílio de uma parteira, naquele tempo os partos eram feitos em casa com, se possível, o acompanhamento de uma parteira, sendo esta, na maioria das vezes, simples curiosa pelo facto de assistir a muitos partos, daí a sua experiência, portanto nada de profissional licenciada da área de saúde.
Como estava a dizer, quando nasci essa dita parteira foi à rua deitar fora a água do meu primeiro banho, e ao voltar comentou para a minha mãe que a lua tinha um halo muito intenso, e, na sua opinião de profetisa, isso significava que eu iria sofre bastante, mas um dia seria feliz.
Ora vejam lá, a profetisa não errou, foi necessário passarem algumas décadas para chegar a este estado, e agora posso dizer que sou feliz, aliás já tinha apostado nisso!
Será felicidade?
Pessoalmente prefiro dar a esse estado o nome de serenidade. Este conceito adequa-se muito mais àquilo que sinto, ou seja lidar com as emoções não permitindo que elas me consumam, que não alterem o meu estado psíquico. Isso não significa que o que se passa ao meu redor não tenha importância, a dor dos outros é a minha dor, mas recorrendo aos conhecimentos que fui adquirindo, principalmente a meditação, e incluo a meditação que faço nas caminhadas feitas ao longo de percursos que naturalmente a isso induzem. Não sou afetada pela ansiedade e pelo medo, que levam à depressão e ao sofrimento.
Para além disso fui, lentamente é verdade, desvalorizando, relativizando, o comportamento dos outros, também me tornei menos consumista, a crise ajuda, dando valor àquilo que tenho, não lamentando o que não tenho, e sou grata por isso.
Ainda bem que a minha mãe me contou este facto, seria difícil de entender o porquê das coisas que me aconteceram. Assim é possível fazer a transmutação, do passado apenas as boas memórias, e houve muitas mesmo, no agora, viver como se o dia fosse o último da minha vida.
Como disse Nietzsche:" Tudo o que não me mata fortalece-me."
Subscrever:
Mensagens (Atom)