Quando por vezes vou tomar um café com alguma amiga é quase certo que se junta sempre uma amiga da amiga, e não foge à regra que a conversa se estende até à beleza, mais propriamente à beleza feminina.
É um tema que me cansa, já não tenho paciência para as ouvir comentar a beleza ou o seu oposto, de A e de B. São conversas tão ocas, que dou por mim a afastar-me mentalmente. E quando toca alguma se auto-elogiar então é que a paciência se esgota de todo.
Uma amiga da amiga todo tempo que está connosco centra todo o tema de conversa nela, põe-se a descrever todos os seus atributos, que aos seus olhos fazem dela um ser perfeito: não tem celulite, sortuda, não tem rugas, sortuda, não tem cabelos brancos, sortuda, é magra, não tem gorduras localizadas, não tem, não sei mais o que, mas tem uns olhos lindos, uma pela linda, etc, em suma a senhora é uma perfeição mas tão perfeita que dou por mim a pensar, enquanto se auto-elogia, na anedota da rosa e da couve-flor:
" A rosa passava o tempo a falar da sua beleza: sou linda, bela, vistosa, todos me apreciam e elogiam.
A couve-flor farta de ouvir, e sem paciência para tanto egocentrismo, responde-lhe:
"Quiridinha" você é linda, bela, gostosa, todos a elogiam mas "cara" ninguém te come né!"
Aplica-se na perfeição à senhora a quem também não falta um ego desmesurado, mas que também ninguém quer "comer". Vai-se lá saber porquê?
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