FELIZ ANO NOVO
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sábado, 31 de dezembro de 2016
domingo, 11 de dezembro de 2016
Um dia inesquecível
Ontem: À tarde um trágico romance de amor.
terça-feira, 6 de dezembro de 2016
Leais companheiros
A apaixonante viagem de uma mulher pelos caminhos secretos da índia. A descoberta de um mundo vedado aos olhos ocidentais, onde se revela a condição terrível e desconhecida da mulher naquele país.
"Baseando-se numa investigação minuciosa, Maria Helena ventura conta-nos a vida de uma das figuras mais desconhecidas da nossa História, pela voz de Mencia, a rainha que Portugal tão mal tratou, e que com ele partilhou a tragédia e a humilhação."
sábado, 3 de dezembro de 2016
Creio na mudança
Já faz tempo que não venho aqui, tenho andado ocupada com as minhas leituras, das quais darei conhecimento num próximo texto, hoje é apenas para ter um momento de desabafo, ou filosófico.
Ainda fico, como direi? Surpreendida! É a palavra que mais facilmente vem à memória perante determinados comportamentos dos que fazem parte do meu círculo familiar e de alguns amigos.
Ainda não aprendi de todo, a lição, que as pessoas não mudam, ainda tento iludir-me com essa ideia fantasiosa, será o tal karma, destino, fado, que têm de cumprir à risca, que não se muda uma vírgula que seja do que está escrito? Não acredito!
A vida não tem sido para mim um percurso fácil de percorrer, no entanto apesar da dor, da desilusão, da frustração e das injustiças que tenho sofrido poderia facilmente ser uma pessoa amargurada, triste, infeliz, revoltada pela má sina, mas ou porque creio que temos em nós o poder para mudar ou porque sou optimista por natureza sou o oposto. Isto vem a propósito que ultimamente, embora já me tenha distanciado de gente muito negativa que psicologicamente deixavam-me afectada, alguns dos que me são mais próximos estão deprimidos, uma das graves doenças do nosso tempo, recorrendo a antidepressivos, ansiolíticos e a psicólogos, que talvez possam ser úteis, mas se verdadeiramente, não sentirem que vale a pena viver de nada servirão. Não os critico, lamento sim que não se apercebam que tem tanto para serem gratos, uma delas não sabe o potencial que tem em si para mudar e ser feliz, é tão exigente consigo e com os outros, de tal forma perfeccionista que nada a satisfaz, e por mais que me esforce para a convencer disso, responde-me que as coisas não são assim tão lineares, que eu nada sei, e aqui é que reside toda a ironia da coisa, eu que já senti na pele, humilhação, difamação, abandono, sem poder fazer escolhas, com a auto estima completamente destruída, consegui superar, reerguer-me, como a fénix, recorri, é certo, a algumas ajudas no âmbito espiritual, umas não lhe dei continuidade, outras aprofundei-as contribuindo para alcançar o que pretendia, a busca do eu. Penso que a vida é essa busca incessante de nós, aprender a perdoar-nos por não sermos perfeitos, porque só assim conseguimos perdoar os outros pelas suas imperfeições, e talvez algumas dessas pessoas que conheço conseguissem deixar de se sentirem deprimidas, deixassem de recorrer a medicamentos que não curam nada, infelizmente apenas lhes criam dependência, e usassem mais o coração em vez da razão seriam felizes.
Ainda fico, como direi? Surpreendida! É a palavra que mais facilmente vem à memória perante determinados comportamentos dos que fazem parte do meu círculo familiar e de alguns amigos.
Ainda não aprendi de todo, a lição, que as pessoas não mudam, ainda tento iludir-me com essa ideia fantasiosa, será o tal karma, destino, fado, que têm de cumprir à risca, que não se muda uma vírgula que seja do que está escrito? Não acredito!
A vida não tem sido para mim um percurso fácil de percorrer, no entanto apesar da dor, da desilusão, da frustração e das injustiças que tenho sofrido poderia facilmente ser uma pessoa amargurada, triste, infeliz, revoltada pela má sina, mas ou porque creio que temos em nós o poder para mudar ou porque sou optimista por natureza sou o oposto. Isto vem a propósito que ultimamente, embora já me tenha distanciado de gente muito negativa que psicologicamente deixavam-me afectada, alguns dos que me são mais próximos estão deprimidos, uma das graves doenças do nosso tempo, recorrendo a antidepressivos, ansiolíticos e a psicólogos, que talvez possam ser úteis, mas se verdadeiramente, não sentirem que vale a pena viver de nada servirão. Não os critico, lamento sim que não se apercebam que tem tanto para serem gratos, uma delas não sabe o potencial que tem em si para mudar e ser feliz, é tão exigente consigo e com os outros, de tal forma perfeccionista que nada a satisfaz, e por mais que me esforce para a convencer disso, responde-me que as coisas não são assim tão lineares, que eu nada sei, e aqui é que reside toda a ironia da coisa, eu que já senti na pele, humilhação, difamação, abandono, sem poder fazer escolhas, com a auto estima completamente destruída, consegui superar, reerguer-me, como a fénix, recorri, é certo, a algumas ajudas no âmbito espiritual, umas não lhe dei continuidade, outras aprofundei-as contribuindo para alcançar o que pretendia, a busca do eu. Penso que a vida é essa busca incessante de nós, aprender a perdoar-nos por não sermos perfeitos, porque só assim conseguimos perdoar os outros pelas suas imperfeições, e talvez algumas dessas pessoas que conheço conseguissem deixar de se sentirem deprimidas, deixassem de recorrer a medicamentos que não curam nada, infelizmente apenas lhes criam dependência, e usassem mais o coração em vez da razão seriam felizes.
domingo, 23 de outubro de 2016
A Rapariga no Comboio - trailer legendado (Portugal)
Nesta tarde de chuva fui ver este filme. É um filme intenso, faz-nos pensar no comportamento humano sempre que os desejos pessoais estejam acima do respeito para com o outro, destruindo-o ou levando-o à auto destruição.
sábado, 22 de outubro de 2016
(In) conveniências da viagem
Voltando a escrever sobre as férias há uns factos ou acontecimentos que poderiam ter contribuído para que estas fossem recordadas com um certo mal estar.
Durante a viagem uma das viajantes aproximou-se de mim e do meu companheiro mas apenas por tempo muito limitado, apenas umas breves trocas de palavras, de circunstâncias nada mais, nas paragens que, obrigatoriamente, tinham de ser feitas.
Depois da chegada ao hotel nos dois primeiros dias nem víamos a senhora mas na segunda noite, já se tinha apercebido que saíamos à noite, estava no átrio do hotel e sem hesitar tomou a iniciativa de nos acompanhar, isto sem perguntar se podia acompanhar-nos, ficamos ambos perplexos mas acabamos por não ver inconveniente, o que a levou a pensar que não nos importaríamos de nos acompanhar em todas as nossas saídas, pois todas as tardes e noites lá estava "plantada" no átrio, só não nos acompanhava à praia porque, provavelmente, não gostava de praia ou não gostava de se levantar cedo. Na primeira noite que saiu connosco a senhora contou-nos toda a sua vida, só não contou os primeiros meses ou anos de vida porque não se recordava mas ficamos a saber todo o seu historial que quase fazia "chorar as pedras da calçada" era um drama do princípio ao fim. Eu, que até tenho paciência para ouvir, estava a ficar saturada com tanta descrição, só queria aproveitar o melhor, divertir-me sem pensar em desgraças, tragédias, sofrimento etc. Decidimos mudar de estratégia, começamos a sair mais cedo da parte da tarde, por dois dias tivemos as tardes livres assim com duas noites mas a senhora andava desesperada em nossa busca, e por azar ao almoço, no restaurante, estava à mesma hora e na mesa próxima, veio ligeira perguntar se podia ir connosco, claro que não tivemos coragem de dizer não, e lá voltamos a levá-la a tiracolo. Ao longo dos percursos que fizemos, e fazíamos uns kms, a senhora só falava dela, eu e o meu companheiro já não trocávamos palavra, apenas a ouvíamos mas comecei a perceber que a senhora queria mais que conversa, ao percorrer a cidade ia praticamente colada ao meu companheiro, tocava-lhe, não sei se intencional mas parecia-me que sim, e só para ele falava como se eu não estivesse presente. Tentei não dar importância, até nem sou ciumenta, e, rindo interiormente, pensava que a senhora estava muito carente de afecto ou melhor dizendo a senhora queria era mesmo sexo, uma tarde que foi connosco praticamente em desespero diz que precisa de arranjar um namorado, não quer casar, a propósito era viúva, queria um namorado para passear e para a cama, tive quase tentada a oferecer-lhe o meu companheiro por uma ou outra noite para aliviar tanto sofrimento, é que eu sou assim, muito sensível ao sofrimento alheio, era só um gesto de altruísmo, gosto de partilhar, ah! ah! ah!..............
Nos dois dias seguintes conseguimos escapulir-nos, até pensamos em saltar pela varanda, só que era no segundo andar, uma noite saímos do hotel misturados num grupo de japoneses, noutra ficamos a uma certa distância e assim que ficou de costas para a saída, porque falava com alguém, quase corremos, isto estava a deixar-me os nervos em franja, conversando com o companheiro este acaba por me confidenciar que a senhora o assediou, lhe propôs ir ter com ela ao quarto, dei uma boas gargalhadas e ainda fui jocosa dizendo que se me levasse com ele faríamos uma grande farra, a famosa "ménage à trois", perguntei-lhe se não tinha ficado tentado, sabendo que falava verdade, respondeu-me que não, não precisava de procurar por fora e além disso não tinha a menor atração por ela. Nos últimos dois dias a senhora ignorou-nos completamente, como não nos conhecesse, essa reação deveu-se à rejeição, isso mexe com o ego.
No fim da viagem a senhora nem se aproximou e nem se despediu, depois de sair do autocarro, continuando este a viagem para deixar os restantes passageiros noutros locais, alguns dos presentes que a conheciam comentaram que a senhora em questão é uma "devoradora de homens", que anda continuamente a trocar de parceiro mas pelo que ouvi eles fogem dela a "sete pés", é autoritária, refilona, controladora, manipuladora e abusiva, características fundamentais para manter um relacionamento saudável e equilibrado não é verdade? Lamento a sorte da senhora talvez algum dia tenha a sorte de ter um companheiro que goste verdadeiramente dela por essas mesmas características, o meu não será, digo eu com a mais absoluta verdade.
Durante a viagem uma das viajantes aproximou-se de mim e do meu companheiro mas apenas por tempo muito limitado, apenas umas breves trocas de palavras, de circunstâncias nada mais, nas paragens que, obrigatoriamente, tinham de ser feitas.
Depois da chegada ao hotel nos dois primeiros dias nem víamos a senhora mas na segunda noite, já se tinha apercebido que saíamos à noite, estava no átrio do hotel e sem hesitar tomou a iniciativa de nos acompanhar, isto sem perguntar se podia acompanhar-nos, ficamos ambos perplexos mas acabamos por não ver inconveniente, o que a levou a pensar que não nos importaríamos de nos acompanhar em todas as nossas saídas, pois todas as tardes e noites lá estava "plantada" no átrio, só não nos acompanhava à praia porque, provavelmente, não gostava de praia ou não gostava de se levantar cedo. Na primeira noite que saiu connosco a senhora contou-nos toda a sua vida, só não contou os primeiros meses ou anos de vida porque não se recordava mas ficamos a saber todo o seu historial que quase fazia "chorar as pedras da calçada" era um drama do princípio ao fim. Eu, que até tenho paciência para ouvir, estava a ficar saturada com tanta descrição, só queria aproveitar o melhor, divertir-me sem pensar em desgraças, tragédias, sofrimento etc. Decidimos mudar de estratégia, começamos a sair mais cedo da parte da tarde, por dois dias tivemos as tardes livres assim com duas noites mas a senhora andava desesperada em nossa busca, e por azar ao almoço, no restaurante, estava à mesma hora e na mesa próxima, veio ligeira perguntar se podia ir connosco, claro que não tivemos coragem de dizer não, e lá voltamos a levá-la a tiracolo. Ao longo dos percursos que fizemos, e fazíamos uns kms, a senhora só falava dela, eu e o meu companheiro já não trocávamos palavra, apenas a ouvíamos mas comecei a perceber que a senhora queria mais que conversa, ao percorrer a cidade ia praticamente colada ao meu companheiro, tocava-lhe, não sei se intencional mas parecia-me que sim, e só para ele falava como se eu não estivesse presente. Tentei não dar importância, até nem sou ciumenta, e, rindo interiormente, pensava que a senhora estava muito carente de afecto ou melhor dizendo a senhora queria era mesmo sexo, uma tarde que foi connosco praticamente em desespero diz que precisa de arranjar um namorado, não quer casar, a propósito era viúva, queria um namorado para passear e para a cama, tive quase tentada a oferecer-lhe o meu companheiro por uma ou outra noite para aliviar tanto sofrimento, é que eu sou assim, muito sensível ao sofrimento alheio, era só um gesto de altruísmo, gosto de partilhar, ah! ah! ah!..............
Nos dois dias seguintes conseguimos escapulir-nos, até pensamos em saltar pela varanda, só que era no segundo andar, uma noite saímos do hotel misturados num grupo de japoneses, noutra ficamos a uma certa distância e assim que ficou de costas para a saída, porque falava com alguém, quase corremos, isto estava a deixar-me os nervos em franja, conversando com o companheiro este acaba por me confidenciar que a senhora o assediou, lhe propôs ir ter com ela ao quarto, dei uma boas gargalhadas e ainda fui jocosa dizendo que se me levasse com ele faríamos uma grande farra, a famosa "ménage à trois", perguntei-lhe se não tinha ficado tentado, sabendo que falava verdade, respondeu-me que não, não precisava de procurar por fora e além disso não tinha a menor atração por ela. Nos últimos dois dias a senhora ignorou-nos completamente, como não nos conhecesse, essa reação deveu-se à rejeição, isso mexe com o ego.
No fim da viagem a senhora nem se aproximou e nem se despediu, depois de sair do autocarro, continuando este a viagem para deixar os restantes passageiros noutros locais, alguns dos presentes que a conheciam comentaram que a senhora em questão é uma "devoradora de homens", que anda continuamente a trocar de parceiro mas pelo que ouvi eles fogem dela a "sete pés", é autoritária, refilona, controladora, manipuladora e abusiva, características fundamentais para manter um relacionamento saudável e equilibrado não é verdade? Lamento a sorte da senhora talvez algum dia tenha a sorte de ter um companheiro que goste verdadeiramente dela por essas mesmas características, o meu não será, digo eu com a mais absoluta verdade.
sexta-feira, 7 de outubro de 2016
Férias!
Fui de férias!
É certo que este tipo de férias não faz muito o meu género mas enfim não se pode ter tudo. Não tenho muita paciências para andar horas num autocarro, a fazer aquelas paragens para o chichi e beber alguma coisa, com o ar condicionado completamente condicionado, o mesmo que dizer que só funcionava quando ao motorista apetecia refrescar-se, portanto por vezes a suar em bica, eu que sou uma mulher "caliente" imaginem?
Fui até Espanha, país magnífico que conheço muito bem, até Fuengirola junto ao Mediterrâneo, umas férias na praia como vêm. Apesar da viagem em si não ser muito do meu agrado a estadia recompensou-me, alojamento em hotel de 4 estrelas a cinquenta metros da praia, com um bom buffet, agradava a todos os gostos, numa cidade bonita com uma marginal fantástica, onde todos os dias a população residente e a que vinha de férias fazia caminhada, corrida, bicicleta e patins, eu, claro, optei pela caminhada, também percorri a cidade sempre a pé, isso implica andar kms, o que é uma forma agradável de ver a cidade com olhos de ver, dando conta dos acontecimentos, programas, que nela decorriam, como as procissões religiosas, o desfile dos trajes andaluzes, a exibição equestre e o desfile das amazonas.
Também, e é isto que para mim dá gosto às férias, as visitas que, ficando o autocarro à nossa disposição, fazíamos a outras localidades, como Torremolinos, Ronda e Mijas. Torremolinos não tive uma visão mais pessoal que me levasse a fazer juízos mas Ronda é uma localidade magnífica, com um peso histórico que creio valer a pena visitar com tempo, visto que o meu foi muito limitado, acompanhados por um guia espanhol deixou muita gente sem perceber patavina do que dizia. Não sei falar castelhano mas, vá-se lá saber porque, consigo perceber muito bem, ficando maravilhada pelo que vi e pelo que ouvi. Mijas já foi mais frustrante, é uma agradável vila com belas paisagens mas o passeio de charrete, caríssimo, foi, no mínimo ridículo, saímos do parque percorremos uma rua, aí meio km fazemos uma rotunda e voltamos ao ponto de partida, percorremos um km, é só para inglês ver, como cá dizemos. O centro da vila é um imenso centro comercial, vendem tudo e mais alguma coisa, algumas tipo lojas chinesas, agradeço ao meu bom senso ser comedida nestas compras.
No penúltimo dia pernoitamos em Sevilha e, como é da praxe, fomos jantar no hotel D. Paco e ver o flamenco puro no El Palácio Andaluz, no último dia mais uma visita à Praça de Espanha, aquela que foi erigida para a exposição Ibérico - Americana em 1929 , e a visita à igreja da Virgem Macarena, a padroeira dos toureiros, iniciava-se um casamento e ficamos para ver a chegada dos convidados e da noiva, o noivo fica na obscuridade, elas um espectáculo, vestidos cheios de cor, vibrantes, chapéus, que não sei a palavra para os descrever, alguns talvez opulentos.
O regresso foi novamente cansativo mas voltar a casa dá-nos alento para suportar o calor, as paragens para o chichi e as últimas compras nas áreas de serviço, e em Espanha são bem grandes, com "tiendas" recheadas de "regalos".
É certo que este tipo de férias não faz muito o meu género mas enfim não se pode ter tudo. Não tenho muita paciências para andar horas num autocarro, a fazer aquelas paragens para o chichi e beber alguma coisa, com o ar condicionado completamente condicionado, o mesmo que dizer que só funcionava quando ao motorista apetecia refrescar-se, portanto por vezes a suar em bica, eu que sou uma mulher "caliente" imaginem?
Fui até Espanha, país magnífico que conheço muito bem, até Fuengirola junto ao Mediterrâneo, umas férias na praia como vêm. Apesar da viagem em si não ser muito do meu agrado a estadia recompensou-me, alojamento em hotel de 4 estrelas a cinquenta metros da praia, com um bom buffet, agradava a todos os gostos, numa cidade bonita com uma marginal fantástica, onde todos os dias a população residente e a que vinha de férias fazia caminhada, corrida, bicicleta e patins, eu, claro, optei pela caminhada, também percorri a cidade sempre a pé, isso implica andar kms, o que é uma forma agradável de ver a cidade com olhos de ver, dando conta dos acontecimentos, programas, que nela decorriam, como as procissões religiosas, o desfile dos trajes andaluzes, a exibição equestre e o desfile das amazonas.
Também, e é isto que para mim dá gosto às férias, as visitas que, ficando o autocarro à nossa disposição, fazíamos a outras localidades, como Torremolinos, Ronda e Mijas. Torremolinos não tive uma visão mais pessoal que me levasse a fazer juízos mas Ronda é uma localidade magnífica, com um peso histórico que creio valer a pena visitar com tempo, visto que o meu foi muito limitado, acompanhados por um guia espanhol deixou muita gente sem perceber patavina do que dizia. Não sei falar castelhano mas, vá-se lá saber porque, consigo perceber muito bem, ficando maravilhada pelo que vi e pelo que ouvi. Mijas já foi mais frustrante, é uma agradável vila com belas paisagens mas o passeio de charrete, caríssimo, foi, no mínimo ridículo, saímos do parque percorremos uma rua, aí meio km fazemos uma rotunda e voltamos ao ponto de partida, percorremos um km, é só para inglês ver, como cá dizemos. O centro da vila é um imenso centro comercial, vendem tudo e mais alguma coisa, algumas tipo lojas chinesas, agradeço ao meu bom senso ser comedida nestas compras.
No penúltimo dia pernoitamos em Sevilha e, como é da praxe, fomos jantar no hotel D. Paco e ver o flamenco puro no El Palácio Andaluz, no último dia mais uma visita à Praça de Espanha, aquela que foi erigida para a exposição Ibérico - Americana em 1929 , e a visita à igreja da Virgem Macarena, a padroeira dos toureiros, iniciava-se um casamento e ficamos para ver a chegada dos convidados e da noiva, o noivo fica na obscuridade, elas um espectáculo, vestidos cheios de cor, vibrantes, chapéus, que não sei a palavra para os descrever, alguns talvez opulentos.
O regresso foi novamente cansativo mas voltar a casa dá-nos alento para suportar o calor, as paragens para o chichi e as últimas compras nas áreas de serviço, e em Espanha são bem grandes, com "tiendas" recheadas de "regalos".
Arte em areia - Torremolinos |
Arte na rua - Torremolinos |
Carrocel "vintage" - Fuengirola |
Panorâmica vista do jardim Orson Welles - Ronda |
Panorâmica do miradouro - Mijas |
Virgem de la Pena numa capela construída num rochedo - Mijas |
Praça de Espanha - Sevilha |
Nascer do astro-rei no Mediterrâneo - Fuengirola |
quinta-feira, 22 de setembro de 2016
quarta-feira, 14 de setembro de 2016
Serenidade
Alguns dias atrás, completamente farta da civilização com disse na última mensagem, fui, melhor fomos, dar uma voltinha de barco e aportamos nesta praia, vejam só estava deserta, sentimos que chegávamos ao paraíso, passamos praticamente ali o dia no "dolce fare niente", o que é um dos melhores prazeres, para mim, associado à água. Ao longo da viagem tivemos a agradável e simpática companhia destes seres magníficos. São momentos como este que nos deixam sem stress, sem ansiedade, e com as baterias carregadas de positivismo para voltar à civilização e enfrentar "os monstros" que nela vivem.
quarta-feira, 24 de agosto de 2016
quarta-feira, 10 de agosto de 2016
Calamidade
Portugal está a arder!
Devido ã negligência, há falta de prevenção, e, principalmente, aos actos criminosos Portugal arde quase, pode-se dizer, de norte a sul, incluindo a ilha da Madeira.
É lamentável que os criminosos, alguns deles com antecedentes, sejam libertados e voltem sistematicamente a cometer o mesmo crime, não sou apologista da violência e sou de todo contra a pena de morte mas por vezes dou por mim a desejar que estes filhos da puta ardam no inferno que criam, onde tudo se destrói pela força imperiosa e avassaladora do fogo, que nada poupa no seu caminho. Será, pergunto eu, que as cadeias nacionais têm lotação esgotada ou deixá-los apodrecer lá implica despesas extras para o governo, neste caso para o povo, se for o caso ponha-nos a combater os fogos que atearam sob vigilância das autoridades: Bombeiros, Polícia, Proteção Civil e Exército e de preferência na linha da frente.
Citando Jean Paul Sartre: "O inferno são os outros", aplica-se a esta situação que é verdadeiramente um inferno provocado por outros.
Devido ã negligência, há falta de prevenção, e, principalmente, aos actos criminosos Portugal arde quase, pode-se dizer, de norte a sul, incluindo a ilha da Madeira.
É lamentável que os criminosos, alguns deles com antecedentes, sejam libertados e voltem sistematicamente a cometer o mesmo crime, não sou apologista da violência e sou de todo contra a pena de morte mas por vezes dou por mim a desejar que estes filhos da puta ardam no inferno que criam, onde tudo se destrói pela força imperiosa e avassaladora do fogo, que nada poupa no seu caminho. Será, pergunto eu, que as cadeias nacionais têm lotação esgotada ou deixá-los apodrecer lá implica despesas extras para o governo, neste caso para o povo, se for o caso ponha-nos a combater os fogos que atearam sob vigilância das autoridades: Bombeiros, Polícia, Proteção Civil e Exército e de preferência na linha da frente.
Citando Jean Paul Sartre: "O inferno são os outros", aplica-se a esta situação que é verdadeiramente um inferno provocado por outros.
domingo, 31 de julho de 2016
Irresistível!
Realizou-se mais uma vez, aqui em Sesimbra, a Feira do Livro, a XIII, e como não poderia deixar de ser lá estava eu caída. Na sexta-feira estive lá para o escritor Gustavo Santos autografar-me o seu último livro, que, por acaso, já tinha adquirido há dois meses, com o título de: "AMA-TE".
Aparentemente pareceu-me um livro, que ultimamente surgem no mercado como cogumelos, daqueles cujos autores nos ensinam a mudar a nossa vida, a aumentar a auto-estima, a ter consciência da nossa espiritualidade, etc. Mas como gostei do título chamativo comprei-o, e não estou arrependida, claro que não me ensinou de todo a amar-me mas tem textos tão bonitos que mereceram o tempo despendido na sua leitura. Durante anos procurei, ou veio ao meu encontro, este género de literatura que me auxiliaram na busca, no reconhecimento, de mim mesma, e posso afirmar que produziram óptimos resultados, faço referência a um deles: "Pode Curar a Sua Vida", de Louise Hay mas houve muitos mais.
Gustavo Santos ao longo deste livro apela ao amor, ao amor próprio, e concordo plenamente com ele, só quando nos soubermos amar completamente é possível amar os outros. Citando-o: " É fundamental deixar o amor fluir por quem somos, pelo que fazemos, e descobri-lo em todas as pessoas e em todas as coisas."
Este livro, depois de o ler do princípio ao fim, é agora aberto arbitrariamente tirando sempre proveito da mensagem que deparo.
E como não resisto acabei por comprar mais uma obra, mais um romance, de José Rodrigues do Santos: "As flores de lótus". É um livro bastante volumoso, ainda não o comecei a ler, mas se lhe tomo o gosto é lido "enquanto o diabo esfrega um olho".
Aparentemente pareceu-me um livro, que ultimamente surgem no mercado como cogumelos, daqueles cujos autores nos ensinam a mudar a nossa vida, a aumentar a auto-estima, a ter consciência da nossa espiritualidade, etc. Mas como gostei do título chamativo comprei-o, e não estou arrependida, claro que não me ensinou de todo a amar-me mas tem textos tão bonitos que mereceram o tempo despendido na sua leitura. Durante anos procurei, ou veio ao meu encontro, este género de literatura que me auxiliaram na busca, no reconhecimento, de mim mesma, e posso afirmar que produziram óptimos resultados, faço referência a um deles: "Pode Curar a Sua Vida", de Louise Hay mas houve muitos mais.
Gustavo Santos ao longo deste livro apela ao amor, ao amor próprio, e concordo plenamente com ele, só quando nos soubermos amar completamente é possível amar os outros. Citando-o: " É fundamental deixar o amor fluir por quem somos, pelo que fazemos, e descobri-lo em todas as pessoas e em todas as coisas."
Este livro, depois de o ler do princípio ao fim, é agora aberto arbitrariamente tirando sempre proveito da mensagem que deparo.
E como não resisto acabei por comprar mais uma obra, mais um romance, de José Rodrigues do Santos: "As flores de lótus". É um livro bastante volumoso, ainda não o comecei a ler, mas se lhe tomo o gosto é lido "enquanto o diabo esfrega um olho".
domingo, 17 de julho de 2016
sábado, 25 de junho de 2016
quarta-feira, 22 de junho de 2016
Praia das Bicas |
Praia da Foz |
quarta-feira, 15 de junho de 2016
O segundo: Numa zona de conflito armado uma equipa de ajuda humanitária tenta resolver uma situação, onde o humor, drama, emoção, rotina, perigo e esperança cabem num dia perfeito.
sábado, 11 de junho de 2016
O amor é...
Eramos três casais, cujo relacionamento se devia ao facto de os membros masculinos serem os melhores amigos no local de trabalho, o que levou, mais tarde, à apresentação das companheiras, criando-se assim laços de amizade entre elas.
Tínhamos por hábito, de vez em quando, juntar-nos para um passeio, que nos levava a fazer roteiros gastronómicos e culturais, e até umas noitadas, até de madrugada, numa discoteca, isto nos fantásticos anos 70/80.
Um dos casais era extremamente conflituoso, praticamente estavam sempre em "guerra", era raro que não se envolvessem em acesas discussões por motivos alheios aos restantes que os consideravam completamente absurdos.
Por vezes estávamos na mesa de um restaurante e começavam a fazer comentários sobre os respectivos comportamentos e características pessoais bastante desagradáveis, os outros ficavam apreensivos e tentavam apaziguar o ambiente, por vezes já não iam a tempo, e os comentários passavam a insultos mas estranhamente no início eram até bastante discretos, tudo o que diziam eram sempre sem elevar o tom de voz, sempre comedidos e, para cúmulo, com um sorriso nos lábios.
Quando se encontravam no local de trabalho, os homens falavam sobre esse comportamento e o colega respondia-lhe que não conseguiam controlar-se, em casa até andavam aos estalos, os colegas aconselhavam-no a tentarem controlarem-se, porque realmente tinham comportamento antissocial deixando os outros constrangidos pelo olhar acusador do restante público, e ainda pela vergonha de serem convidados a sair do restaurante, bar ou discoteca. Também pensaram em o deixar fora dos programas mas iam dando sempre mais uma oportunidade, poderia não voltar a acontecer.
E voltou a acontecer, e ainda mais violento, passou a agressão física, na última vez, sim foi a última vez que foram convidados, desencadearam um verdadeiro "cenário de guerra", o confronto passou dos insultos à agressão física, as bofetadas "choviam" nas faces de ambos, e para terminar ela fincou-lhe os dentes num braço levando-o a gritar de dor e ele a pregar-lhe um brutal soco que a mandou ao chão, o gerente do restaurante veio ao local e expulsou-os de lá ameaçando-os com a GNR, e nós fomos "gentilmente" convidados a sair. Eram a prova real de que: "Os Homens são de Marte e as Mulheres são de Vénus". Não se entendem mesmo.
Durante uns tempos os programas ficaram suspensos, o casal chegou a um acordo e divorciaram-se, ele no local de trabalho entrava mudo e saía calado, os colegas tentavam saber o que se passava com ele mas ignorava-os, o que os deixava deveras curiosos a dar palpites. Nós, os outros casais, voltamos a sair juntos, e ele foi convidado, sozinho claro, e foi aí que ficamos a saber que depois de se divorciarem continuavam a encontrarem-se, não podiam viver um sem o outro, claro que nós mulheres estávamos "mortas" de curiosidade, as mulheres são assim, temos de saber tudo ao pormenor, e ele ia sendo "levado" pelo "feitiço" com que era envolvido, dizia que não conseguiam viver um sem o outro, mais explicitamente sem foder, não era para terem sexo, o sexo é uma palavra ambígua, sem conteúdo, para eles era foder mesmo, não partilhavam mais nada, em tudo estavam em desacordo, só mesmo a foder completavam-se, eram autênticas "almas gémeas". Nós, mulheres, estávamos deliciadas pela franqueza, como sem pudor expunha algo tão intimo, enquanto os homens, talvez pela nossa presença, se sentiam constrangidos, acanhados , tentando mudar o tema de conversa, pois não eram conversas para se ter com as esposas dos outros, eram conversas de machos.
Marcavam encontro num bom restaurante, pois também era importante satisfazer esse apetite, e acabavam a noite num quarto de hotel. Enquanto durou a relação de amizade, entretanto a vida levou-nos a todos por outros caminhos, sabíamos que a relação se mantinha e funcionava muito bem, desde que continuasse "mesa e cama", o amor para eles era válido só desta forma, só assim se demonstrava. É caso para dizer que: "O amor é fodido", ou como dizia Lord Byron que o melhor da vida é: "Comer, beber e amar." que nós literalmente abandalhamos para: "Comer beber e foder".
Nota: "Os Homens são de Marte e as Mulheres são de Vénus" de John Gray
" O Amor é fodido" de Miguel Esteves Cardoso
Tínhamos por hábito, de vez em quando, juntar-nos para um passeio, que nos levava a fazer roteiros gastronómicos e culturais, e até umas noitadas, até de madrugada, numa discoteca, isto nos fantásticos anos 70/80.
Um dos casais era extremamente conflituoso, praticamente estavam sempre em "guerra", era raro que não se envolvessem em acesas discussões por motivos alheios aos restantes que os consideravam completamente absurdos.
Por vezes estávamos na mesa de um restaurante e começavam a fazer comentários sobre os respectivos comportamentos e características pessoais bastante desagradáveis, os outros ficavam apreensivos e tentavam apaziguar o ambiente, por vezes já não iam a tempo, e os comentários passavam a insultos mas estranhamente no início eram até bastante discretos, tudo o que diziam eram sempre sem elevar o tom de voz, sempre comedidos e, para cúmulo, com um sorriso nos lábios.
Quando se encontravam no local de trabalho, os homens falavam sobre esse comportamento e o colega respondia-lhe que não conseguiam controlar-se, em casa até andavam aos estalos, os colegas aconselhavam-no a tentarem controlarem-se, porque realmente tinham comportamento antissocial deixando os outros constrangidos pelo olhar acusador do restante público, e ainda pela vergonha de serem convidados a sair do restaurante, bar ou discoteca. Também pensaram em o deixar fora dos programas mas iam dando sempre mais uma oportunidade, poderia não voltar a acontecer.
E voltou a acontecer, e ainda mais violento, passou a agressão física, na última vez, sim foi a última vez que foram convidados, desencadearam um verdadeiro "cenário de guerra", o confronto passou dos insultos à agressão física, as bofetadas "choviam" nas faces de ambos, e para terminar ela fincou-lhe os dentes num braço levando-o a gritar de dor e ele a pregar-lhe um brutal soco que a mandou ao chão, o gerente do restaurante veio ao local e expulsou-os de lá ameaçando-os com a GNR, e nós fomos "gentilmente" convidados a sair. Eram a prova real de que: "Os Homens são de Marte e as Mulheres são de Vénus". Não se entendem mesmo.
Durante uns tempos os programas ficaram suspensos, o casal chegou a um acordo e divorciaram-se, ele no local de trabalho entrava mudo e saía calado, os colegas tentavam saber o que se passava com ele mas ignorava-os, o que os deixava deveras curiosos a dar palpites. Nós, os outros casais, voltamos a sair juntos, e ele foi convidado, sozinho claro, e foi aí que ficamos a saber que depois de se divorciarem continuavam a encontrarem-se, não podiam viver um sem o outro, claro que nós mulheres estávamos "mortas" de curiosidade, as mulheres são assim, temos de saber tudo ao pormenor, e ele ia sendo "levado" pelo "feitiço" com que era envolvido, dizia que não conseguiam viver um sem o outro, mais explicitamente sem foder, não era para terem sexo, o sexo é uma palavra ambígua, sem conteúdo, para eles era foder mesmo, não partilhavam mais nada, em tudo estavam em desacordo, só mesmo a foder completavam-se, eram autênticas "almas gémeas". Nós, mulheres, estávamos deliciadas pela franqueza, como sem pudor expunha algo tão intimo, enquanto os homens, talvez pela nossa presença, se sentiam constrangidos, acanhados , tentando mudar o tema de conversa, pois não eram conversas para se ter com as esposas dos outros, eram conversas de machos.
Marcavam encontro num bom restaurante, pois também era importante satisfazer esse apetite, e acabavam a noite num quarto de hotel. Enquanto durou a relação de amizade, entretanto a vida levou-nos a todos por outros caminhos, sabíamos que a relação se mantinha e funcionava muito bem, desde que continuasse "mesa e cama", o amor para eles era válido só desta forma, só assim se demonstrava. É caso para dizer que: "O amor é fodido", ou como dizia Lord Byron que o melhor da vida é: "Comer, beber e amar." que nós literalmente abandalhamos para: "Comer beber e foder".
Nota: "Os Homens são de Marte e as Mulheres são de Vénus" de John Gray
" O Amor é fodido" de Miguel Esteves Cardoso
terça-feira, 24 de maio de 2016
Zic-Zag
Nunca tinha visto Joseph Collard, o mimo, fiquei rendida a tanto talento. Esteve no domingo em Sesimbra e durante uma hora, com um fantástico espetáculo de palhaço e mimo, fez rir até às lágrimas a assistência. É lamentável que esta população, que está sempre a queixar-se que nada acontece nesta vila, não tenha tido a atenção que o artista merece, a sala deveria estar lotada, infelizmente eram poucos os que estavam presentes.
Biografia: "Joseph Collard é reconhecido na Europa e nos Estados Unidos como mestre do humor visual. É considerado como o "Rolls Royce" do humor visual. Em 2009 foi escolhido pela diretora Deborah Colker para criar e interpretar um dos papéis principais no espetáculo de comemoração dos 25 anos do "Ovo" do Cirque du Soleil."
Prémios: Prémio do público no International Film Festival Teatro Cómico Cangas e Festivo, em julho de 2011.
terça-feira, 17 de maio de 2016
sábado, 30 de abril de 2016
PERDIDA NA ( pelas histórias) HISTÓRIA
"Este livro precioso resulta de uma investigação que deu também origem à reportagem homónima publicada em 2014 pelo jornal "Público".
O obectivo desta reportagem foi, em primeiro lugar, descobrir se tinham existido portugueses nos campos de concentração, e, em segundo lugar confirmada a sua existência contar as suas histórias."
"A aventura que foi a viagem marítima da corte real para o Brasil naquele ano de 1808."
O obectivo desta reportagem foi, em primeiro lugar, descobrir se tinham existido portugueses nos campos de concentração, e, em segundo lugar confirmada a sua existência contar as suas histórias."
"A aventura que foi a viagem marítima da corte real para o Brasil naquele ano de 1808."
"Num reino épico descobrimos as sombras de um homem capaz de transfigurar em função dos seus desígnios: O transparente e o oculto, o benigno e o sinistro, o afectivo e o insensível, marcas que deram forma à personalidade de um rei fascinante que marcou uma época."
"Um romance que revela os bastidores da teia política de um tempo áureo da História de Portugal."
quarta-feira, 6 de abril de 2016
Reerguer
Todos os dias, era já um ritual, a discussão começava por qualquer motivo, por mais fútil que fosse, era porque a roupa estava mal engomada, era porque a comida que fazia era uma porcaria, porque lhe gastava o dinheiro todo, ele que trabalhava no duro, chamava-lhe inútil, que não tinha jeito para nada, ela tentava argumentar dizendo que andava muito cansada, não queria discutir, queria conversar, falar sobre o motivo que originou toda aquela violência verbal. Ele dava por terminada a conversa, se a isso se poderia chamar conversa, e saía de casa batendo com a porta, de tal modo que não faltaria muito tempo para que esta se desconjuntasse.
Mariana ficava destroçada, tentava encontrar explicações para tanta mudança no marido, era verdade que nunca foi o companheiro, o amigo, o amante, o cúmplice que sonhou, era apenas o marido, fazia o seu papel, chegava a casa cansado, no início de casados ainda lhe dava um beijo, depois foi-se esquecendo, limitava-se a dizer boa noite, era quase sempre à noite que se voltavam a ver depois de saírem de manhã para os respetivos empregos. Ainda assim nos fins de semana saiam os dois, iam até à pastelaria mais afastada do bairro, aproveitando faziam uma caminhada, para tomarem o pequeno almoço, por vezes também iam ao cinema sábado à noite.
Quando ficou grávida já há muito tempo que Mariana sentia o afastamento do homem com que casou mas continuava a desculpá-lo. A filha nasceu, e a sua vida virou inferno, andava numa roda viva, deixava a filha com a mãe, ia trabalhar, regressava para ir buscar a filha, cuidar dela e dos afazeres domésticos, ficava extenuada, o marida nada fazia até aí mas que tinha sempre a primazia sentiu-se negligenciado, começou a lastimar-se, no início eram apenas queixas mas rapidamente passaram a insultos, ainda se esforçou dizendo-lhe que se ele a ajudasse, por mais pequena que fosse a ajuda, as coisas iriam melhorar com certeza, também andava cansada, com noites mal dormidas, ah! quanto às noites, ele dormia invariavelmente no sofá da sala porque a filha não o deixava dormir, nas noites que ficava na cama de casal era apenas pelo sexo, apenas uns gestos mecânicos para obter o seu prazer, ela... queria lá saber dela!
Ela submetia-se, era a sua "obrigação", com o pensamento noutro lado qualquer, quando terminava o único suspiro que dava era de alívio.
Desejava profundamente que ele se esquecesse dela mas ao mesmo tempo sentia pavor de o perder para qualquer "galdéria" ou que fosse "às meninas", aí o pavor aumentava, a SIDA andava por aí a fazer vítimas.
Tornou-se uma mulher amargurada, deprimida, com a auto estima completamente na "lama", que se auto-mutilava, batendo com a cabeça nas paredes, arrancava o cabelo e dava brutais bofetadas a si própria, insultava-se, como se merecedora de tais "elogios".
Deixou de ter sexo com ela, soube seguramente que tinha uma amante, à qual ficou grata por a ter libertado da "obrigação", o dinheiro que habitualmente lhe entregava para as despesas da casa foi reduzido, apesar das dificuldades ainda assim a vida tornou-se muito mais suportável mas continuava a sentir-se um farrapo, incapaz de tomar decisões para mudar a sua vida.
Quando a filha terminou o secundário, o marido que já andava com graves problemas de saúde, que todos sabiam ser fatal, foi hospitalizado, Mariana desempenhou o seu papel de esposa "devota", diariamente era presente naquele hospital, quando o marido passou para os cuidados paliativos sentiu que tudo perdia o sentido, tão enraizado tinha em si a ideia do sofrimento.
Ainda na fase inicial da doença foi muitas vezes ameaçada de morte, se julgava que iria ser uma "viúva alegre" desenganasse, porque ainda a matava primeiro.
Quando um dia ao chegar ao hospital recebe a notícia que o marido tinha falecido ficou quase chocada com o despreendimento, a indiferença que sentiu perante tal notícia, serenamente começou a tratar do expediente seguinte, informar familiares e amigos e tratar do funeral.
No dia do funeral Mariana, num arrojo de coragem, quando o caixão desceu para a cova, espontaneamente, sem se preocupar com os presentes deu o "grito do Ipiranga", em voz alta disse: - Até que enfim, sou uma mulher livre!
Muito calma deu a mão à filha e voltando as costas saiu do cemitério dizendo para si própria que nunca mais iria, enquanto viva, àquele local e nem depois de morta.
Procurou ajuda e lentamente começou a reerguer-se começou a valorizar o que tinha construído, a apreciar as coisas boas que a vida lhe oferecia, no emprego foi promovida, com o ordenado aumentado, uns anos depois a filha deu-lhe dois netos lindos, tem uma boa relação com o companheiro da filha, e sente-se uma sortuda por ter uma família maravilhosa, que ama e pela qual sabe que é amada. Tem um leque de amigos com os quais partilha viagens, tertúlias, e lhe proporcionam momentos inesquecíveis, começou a frequentar a universidade com a finalidade de se formar em psicologia, diz que quer entender a mente perversa dos seres humanos, quando na brincadeira lhe dizem que deveria arranjar um namorado responde a rir que já teve a sua dose, tornava-se mais depressa lésbica.
Mariana ficava destroçada, tentava encontrar explicações para tanta mudança no marido, era verdade que nunca foi o companheiro, o amigo, o amante, o cúmplice que sonhou, era apenas o marido, fazia o seu papel, chegava a casa cansado, no início de casados ainda lhe dava um beijo, depois foi-se esquecendo, limitava-se a dizer boa noite, era quase sempre à noite que se voltavam a ver depois de saírem de manhã para os respetivos empregos. Ainda assim nos fins de semana saiam os dois, iam até à pastelaria mais afastada do bairro, aproveitando faziam uma caminhada, para tomarem o pequeno almoço, por vezes também iam ao cinema sábado à noite.
Quando ficou grávida já há muito tempo que Mariana sentia o afastamento do homem com que casou mas continuava a desculpá-lo. A filha nasceu, e a sua vida virou inferno, andava numa roda viva, deixava a filha com a mãe, ia trabalhar, regressava para ir buscar a filha, cuidar dela e dos afazeres domésticos, ficava extenuada, o marida nada fazia até aí mas que tinha sempre a primazia sentiu-se negligenciado, começou a lastimar-se, no início eram apenas queixas mas rapidamente passaram a insultos, ainda se esforçou dizendo-lhe que se ele a ajudasse, por mais pequena que fosse a ajuda, as coisas iriam melhorar com certeza, também andava cansada, com noites mal dormidas, ah! quanto às noites, ele dormia invariavelmente no sofá da sala porque a filha não o deixava dormir, nas noites que ficava na cama de casal era apenas pelo sexo, apenas uns gestos mecânicos para obter o seu prazer, ela... queria lá saber dela!
Ela submetia-se, era a sua "obrigação", com o pensamento noutro lado qualquer, quando terminava o único suspiro que dava era de alívio.
Desejava profundamente que ele se esquecesse dela mas ao mesmo tempo sentia pavor de o perder para qualquer "galdéria" ou que fosse "às meninas", aí o pavor aumentava, a SIDA andava por aí a fazer vítimas.
Tornou-se uma mulher amargurada, deprimida, com a auto estima completamente na "lama", que se auto-mutilava, batendo com a cabeça nas paredes, arrancava o cabelo e dava brutais bofetadas a si própria, insultava-se, como se merecedora de tais "elogios".
Deixou de ter sexo com ela, soube seguramente que tinha uma amante, à qual ficou grata por a ter libertado da "obrigação", o dinheiro que habitualmente lhe entregava para as despesas da casa foi reduzido, apesar das dificuldades ainda assim a vida tornou-se muito mais suportável mas continuava a sentir-se um farrapo, incapaz de tomar decisões para mudar a sua vida.
Quando a filha terminou o secundário, o marido que já andava com graves problemas de saúde, que todos sabiam ser fatal, foi hospitalizado, Mariana desempenhou o seu papel de esposa "devota", diariamente era presente naquele hospital, quando o marido passou para os cuidados paliativos sentiu que tudo perdia o sentido, tão enraizado tinha em si a ideia do sofrimento.
Ainda na fase inicial da doença foi muitas vezes ameaçada de morte, se julgava que iria ser uma "viúva alegre" desenganasse, porque ainda a matava primeiro.
Quando um dia ao chegar ao hospital recebe a notícia que o marido tinha falecido ficou quase chocada com o despreendimento, a indiferença que sentiu perante tal notícia, serenamente começou a tratar do expediente seguinte, informar familiares e amigos e tratar do funeral.
No dia do funeral Mariana, num arrojo de coragem, quando o caixão desceu para a cova, espontaneamente, sem se preocupar com os presentes deu o "grito do Ipiranga", em voz alta disse: - Até que enfim, sou uma mulher livre!
Muito calma deu a mão à filha e voltando as costas saiu do cemitério dizendo para si própria que nunca mais iria, enquanto viva, àquele local e nem depois de morta.
Procurou ajuda e lentamente começou a reerguer-se começou a valorizar o que tinha construído, a apreciar as coisas boas que a vida lhe oferecia, no emprego foi promovida, com o ordenado aumentado, uns anos depois a filha deu-lhe dois netos lindos, tem uma boa relação com o companheiro da filha, e sente-se uma sortuda por ter uma família maravilhosa, que ama e pela qual sabe que é amada. Tem um leque de amigos com os quais partilha viagens, tertúlias, e lhe proporcionam momentos inesquecíveis, começou a frequentar a universidade com a finalidade de se formar em psicologia, diz que quer entender a mente perversa dos seres humanos, quando na brincadeira lhe dizem que deveria arranjar um namorado responde a rir que já teve a sua dose, tornava-se mais depressa lésbica.
domingo, 3 de abril de 2016
Por montes e vales
Ontem, dia 2-04 mais uma caminhada pela linda serra d'Arrábida com o fantástico guia da SAL. Foram catorze Kms a relaxar e a deixar a vista maravilhar-se com este espaço magnifico. A primeira foto é da capela de Alcube, uma capela cristã cujo nome vem do árabe al kubba, antigo monumento funerário ou mausoléu, existente aqui, que depois da cristianização do território foi adaptado e acrescentado passando a funcionar como templo cristão. Está actualmente abandonada, o que leva a que no futuro apenas restem ruínas. Até 2013/14 ainda ali decorreram cerimonias religiosas e festas pagãs em simultâneo.
segunda-feira, 28 de março de 2016
quinta-feira, 3 de março de 2016
Elucidação
Por vezes tenho a sensação que saio de mim, como se me reportasse a outras vidas, são momentos muito rápidos, quase não consigo perceber o onde e o quando mas há um desses momentos que acontece frequentemente, sempre que entro num castelo lá vem aquela sensação de que já por ali andei, que aqueles espaços são estranhamente familiares, não sendo possível visualizar-me é apenas pela sensação, pela perceção rápida ou intuição que numa vida passada por ali andei. E isto ficaria sem resposta, pois nunca pretendi saber se isto é verdade, se não fosse o caso de ter contado a uma pessoa, com quem me sinto à vontade a falar destes fenómenos, e ela dizer com a maior naturalidade que sim que eu já tinha noutra vida habitado num castelo, conseguia visualizar-me perfeitamente, descrevendo o meu aspecto físico, e a indumentária da época. Como a conversa dava "pano para mangas" e havia outros afazeres demo-la por terminada mas fiquei curiosa, pretendo obter mais informação, caso ela possa dar, se for possível situar-me em determinada época, local e quais as minhas funções nesse local, iria gostar de ter esse conhecimento. Quem sabe se não terei sido uma grande dama de alguma corte, pois há uns anos atrás numa consulta de tarot, (também aí procurei ajuda quando completamente perdida) disseram-me que eu noutra vida tinha tido muito poder, que subjugava e manipulava os outros a meu bel-prazer, supostamente seria nessa época, porque a acreditar na roda da vida, nesta submeti-me aos outros e sou, fui, muitas vezes manipulada. Já agora o castelo onde tive mais intensamente essa sensação é o castelo de Ourém no distrito de Santarém.
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terça-feira, 23 de fevereiro de 2016
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016
Justiça!
Tenho dias que só quero ir para o "deserto" , quando estou confusa, perplexa com o comportamento dos que me rodeiam, mais especificamente a família, é que não consigo de todo aceitar que uma pessoa insulte apenas porque lhe dá na real gana, e sair impune porque ela própria de antemão se desculpa dizendo que o que diz não é por mal, com o desplante de ainda acrescentar que não disse nada disso ou que não se lembra de proferir tais palavras, ora isto é uma tremenda hipocrisia, assim todos os outros têm de o absolver, e aí de quem o condenar, passa rapidamente a vitima. É incapaz de formular um simples pedido de desculpa, os que são insultados têm de "engolir" os insultos, o que não é nada saudável, é necessário ter uma boa auto estima para não ficar incomodado por tais "elogios" , e para além disso provoca distanciamento entre os familiares, porque nem todos tem arcaboiço para aceitar que a pessoa é assim, que não altera o seu comportamento gostem ou não. Tem uma frase chave que é indiscutível: "Eu sou assim, não digo por mal", portanto ofender, insultar, levantar falsos testemunhos, humilhar é para ela naturalíssimo, visto que não é intencional, o problema é dos outros, eles é que criam dramas. Sou apanhada no meio, como é habitual, e tento colocar "os paninhos quentes", ou seja tento relevar o assunto na medida que o que insulta e os que são insultados, eu inclusive, são todos queridos, ficando no meio sofro a dobrar, é fácil dizer que tenho de me manter neutra mas vivo diariamente a situação porque não tenho o distanciamento necessário para criar defesas ou porque não quero criar esse distanciamento pelos que amo. Lamento que a pessoa em questão não se esforce para reconhecer os seus erros, as suas falhas, isso seria dignificante da sua parte, porque tenho o estranho pressentimento que vai ficar muito só, quando digo só é mesmo pelo afastamento dos outros que não lhe toleram o comportamento, e não só a família também os poucos amigos se ressentem desse comportamento, deixando alguns de lhe dirigir palavra.
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016
Despedida
Ao largo desta praia as cinzas da amiga foram hoje, pelas mãos das amigas, depositadas no mar que ela tanto amava. Libertamos-te do último elo, fica em paz. Até ao reencontro.
segunda-feira, 25 de janeiro de 2016
Luto
Hoje uma amiga partiu, voltou para "casa", libertou-se de tanta dor, tanto sofrimento, agora está em paz.
domingo, 3 de janeiro de 2016
Há momentos passados numa sala de cinema, num dia de chuva,que dão imenso prazer. Ando numa
"maré" cinematográfica e fui ver "A rapariga dinamarquesa", é um filme intenso, tanto pela actuação dos actores como pela "história" que é contada ao longo do filme. É baseado no livro de David Ebershoff que nos conta a vida dupla do pintor dinamarquês Einar Mogens Wegener, um dos primeiros homens a submeter-se a uma operação para mudar de sexo, transformando-se em Lili Elbe. É outro filme que recomendo, quem gosta de filmes que mexem com as emoções este é um deles, porque quase que vivemos o drama, sentimos o sofrimento, a insegurança e o medo das personagens, quase ou praticamente deixamos-nos envolver, esquecendo que são actores a dar corpo às personagens.
sexta-feira, 1 de janeiro de 2016
Mandriar
O dia todo, desde as 10 horas da manhã até à presente hora, foi só a mandriar, a ter um ataque de "preguicite" aguda. Passei o tempo a ver filmes e a comer, vi filmes já bem antigos como "Cleópatra" aquele com a Elisabete Taylor, a seguir foi a vez do "Era uma vez...um pai", o pequeno almoço foi tomado a ver o filme, uma pausa para levar o cão à rua, e fazer o almoço especial, que na verdade estava quase confecionado de véspera, foi só acrescentar mais umas caloriazinhas, tenho de pensar seriamente em as eliminar mas fica para amanhã. Voltei para a televisão e foi outro excesso de filmes, "As palavras que nunca te direi" "Lado a lado", com outro intervalo para comer mais umas "porcarias" e levar o cão a dar uma volta, que na verdade foi só meia volta. Entretanto deixei o aviso que o jantar seriam sobras, não ia passar o primeiro dia do ano a cozinhar, era o que faltava, e recorrendo ao bom senso fiz para mim um flocos de aveia com maçã e canela mas de seguida mandei o bom senso ir dar uma volta e o bolo rei e as azevias reclamaram o seu direito a serem consumidos. Depois foi levar o cão outra vez à rua e preparar-me para ver outro filme: " Os gatos não têm vertigens", este um filme português, já o tinha visto numa sala de cinema mas vou voltar a vê-lo porque merece. Fazendo o balanço do dia uma coisa tenho ciente, não vou ter sentimentos de culpa, é isso precisamente que faz mal à saúde, e mais, mereci um dia a mandriar e a saborear todas as coisas que neste dia merecem ser saboreadas, amanhã irei reiniciar as minhas rotinas diárias, as caminhadas, a prática de yoga, e os cuidados com a alimentação. Mas mandriar de vez em quando, mesmo que seja só um dia no ano, é tão bom!
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