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segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Fui ver e garanto que valeu a pena. É divertido mas também dramático o modo como o complexo de "Édipo" é aqui representado. É francês, e como habitualmente a grande maioria dos filmes que tenho visto são norte americanos, este só pela língua, gosto mesmo de francês, era um motivo para não deixar de ver mas também pela excelente representação dos actores.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

BOAS FESTAS






terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Insana decisão

Ando há imenso tempo a ponderar fazer umas compras, no género artigos pessoais: vestuário, cosmética, acessórios, bijutaria, mas até tomar essa decisão já surgiu nova coleção e lá volto a esperar a do ano seguinte. Este Outono/Inverno decidi que tinha de ser agora, já não tenho "trapo" aceitável, e lá fui às compras com aquele sentimento de insatisfação, de não encontrar nada que me agrade ou que me favoreça.
Encaminhei-me para uma grande área comercial o "Almada Fórum" porque além de ter todas as lojas e mais alguma, os preços são mais variáveis, e em algumas lojas até acessíveis, portanto há um maior leque de escolha.
Como sempre tenho dito a multidão incomoda-me, e estes espaços é o que mais têm, mas lá faço o esforço, porque é um facto muito, mas mesmo muito, ocasional ir a estes locais, e nesta época do ano ainda mais me incomoda, tanta gente a fazer compras natalícias, a fazer compras não é bem verdade, realmente as pessoas andam por ali a circular, a ver montras, mas na realidade a grande maioria das lojas está "às moscas", exceto o andar da restauração, estava a abarrotar.
Precisava de "lingerie" e lá fui tentar comprar alguma, sem vontade de fazer as ditas provas, já não tenho paciência, fui vendo algumas montras e decidi-me por uma loja, depois de entrar reparei que toda a "lingerie" exposta era muito provocante e muito dedicada ao Natal, havia toda a variedade de peças para a "mamã noel".
Decidi que nada daquilo me interessava e procurei outra loja com artigos mais úteis e práticos mas aquelas peças não me saiam da cabeça, aquelas peças servem para dar forma às fantasias dos clientes, sejam elas ou eles, elas porque querem ser a "mamã noel", aquela que cuida, que "brinca" , que é amorosa, que satisfaz passivamente os desejos, que lhes dá a "prendinha" pretendida, eles, porque ter uma "mamã" assim é a fantasia realizada.
Isto das fantasias é um mundo ou melhor um submundo, pouca gente fala nisso sem inibição, talvez o sítio mais provável para se exporem seja no "divã" do psicólogo,  aqueles que as conseguem realizar têm talvez grande cumplicidade entre si ou ainda aqueles que infelizmente têm fantasias inconcebíveis para os considerados "normais", e com dificuldade de as realizarem, porque isso vai contra a moral e a lei estabelecidas.
Agora ao escrever este texto imagino aquelas peças e o primeiro pensamento é o quanto tudo aquilo é ridículo, para mim claro, há gente que adora, nunca me iria fantasiar de "mamã noel", se fosse para recriar uma fantasia, o meu lado perverso, oh! não estejam já a soltar a imaginação, e não tentem negar pois todos vocês têm um lado perverso, inclina-se mais para a "dominadora", a tal do chicote, ah! ah! ah!...
Sabem que mais? Não comprei nada de jeito e agora para voltar a fazer compras talvez nos saldos, é já em Janeiro, e talvez a "lingerie" natalícia se tenha vendido toda, há por aí muitos gajos a "chorar" por uma "mamã".
O melhor da deslocação foi o momento cinematográfico, é impensável não ir a esses locais e não satisfazer um dos meus prazeres. Vi um filme, daqueles que nos deixam a pensar, e fui recompensada pelo desperdício de tempo que dediquei às compras, o filme tem por título " A ponte dos espiões" com o grande Tom Hanks, e é baseado em facto verídicos passados durante a "Guerra Fria". Vão ver.



quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Interrogação


Hoje alguém perguntou-me se eu por vezes não tinha a sensação de que não pertencia a este mundo, de imediato a resposta foi sim, e que acontece amiúde e desde sempre. Este poema, pois é tenho a pretensão que sou poetisa, ilustra muito bem essa sensação, e já foi feito há uns bons pares de anos.


Paro!
Perdida!
No nada, no vazio, no espaço em mim.
Procuro encontrar-me, situar-me...
no mundo dos outros
nos valores do jogo 
no tabuleiro onde se movem.
Quero ser daqui, estar, permanecer, fixar-me...
O corpo, a mente esforçam-se
a alma recusa-se
Este mundo, este espaço...
não os reconhece
O que faz aqui?
É pergunta permanente.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Hoje


É dia de memórias de amor e morte, um dia de dor. Será para sempre um dia muito especial no meu coração, no meu espírito.


 "Que aqueles que padecem por amar não deixem de amar ainda mais. Morrer de amor é viver."  Vitor Hugo

"Quem vence os outros é forte. Quem se vence a si mesmo é poderoso mas aquele que sabe que não parece ao morrer é eterno." Lao -Tsé

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Refúgios

 "Onde fores feliz fica. Onde dormes em paz sonha. Onde os abraços forem mais fortes demora-te. O amor é um bem escasso, cuida-o."
 Aquilo que não se fala, os segredos mais bem guardados de quem viveu e sofreu na guerra do Ultramar.
Com o seu estilo inconfundível Mário Zambujal oferece-nos páginas de supremo divertimento, em que a imaginação e o humor se entrelaçam com a reflexão e a emoção.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Derrota

   Vidas ilusórias
de sonhos traídos,
metas efémeras,
rituais sem sentido,
onde a glória é vã.
  Extenuado o guerreiro
depõe as armas,
o estandarte arroja no chão.
  Porquê lutar?
a guerra está perdida.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015




Estes painéis de azulejos decoravam (decoram) as paredes do átrio e dos corredores do hotel onde ficamos alojados em Benidorm. Representam actividades relacionadas com a pesca na época em que em Benidorm era uma localidade piscatória. Depois dos anos 60 foi o turismo a dominar na economia 
Achei-os tão lindos que quis dar conhecimento deles através deste meio. Estes quatro são apenas uma pequena amostra da totalidade de painéis.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

                                      
                                         Esta noite a preferência vai para Adele

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Vacaciones

Passados nove anos voltei a Benidorm, durante nove dias aproveitei o calor que se fazia sentir e a temperada água do Mediterrâneo para passar manhãs na praia, mas antes de ir para a praia fazia uma caminhada pela marginal com a duração de duas horas.
Esta é a quarta vez que vou até lá, e francamente já não fico entusiasmada mas o companheiro quis lá ir mais uma vez e acabei por concordar, poderíamos, pela mesmo valor monetário, ir a alguns locais que para mim seriam mais agradáveis, o prazer de visitar e conhecer pela primeira vez é muito mais apelativo e satisfatório, não sou muito dada a rotinas e esta de passar férias no mesmo local é a mais aborrecida, só me lembrava de uma senhora já muito idosa que conheci na praia no primeiro ano que fui a Benidorm, meteu conversa connosco e confidenciou-nos que já ia para lá há trinta anos, não quero nem em sonhos fazer tal coisa, portanto vou fazer com que tal não aconteça.
O espaço urbano desenvolveu-se imenso, onde eram áreas dedicadas à agricultura nasceram novos arranha-céus, sendo a grande maioria hotéis, nas ruas, no tocante ao comércio, as lojas chinesas proliferaram abundantemente, mais ou menos como em Sesimbra, aqui a marginal é quase "ChinaTown! 
As tardes por vezes eram aborrecidas, devido à temperatura elevada não ia à praia, não se podia andar pelas ruas, e não gosto de piscinas, as opções era ir para uma esplanada ou ficar no quarto a ler, ouvir música, no quarto não era agradável de todo ouvir o futebol que, num ecrã gigante, passava durante horas na área da piscina, ir para a esplanada implicava assistir às cenas dos alemães e dos ingleses completamente embriagados, o que me levava a reconhecer que estarem permanentemente embriagados era a finalidade das férias nesta estância, se durante o dia, vi às nove da manhã, homens e mulheres sentados nas esplanadas dos bares com imensas garrafas de cerveja, sete cervejas, de diversas marcas, custavam a módica quantia de sete euros e meio, era de prever que ao longo do dia iam emborcando algumas, e quando a noite chegava ainda mais consumiam, para depois andarem pelas ruas como "zombis". Com a noite as actividades com ela relacionadas em determinadas ruas, os bares abertos, chamariz para espectaculares bebedeiras, daquelas que levavam as miúdas quase despirem-se em público e a protagonizar cenas escaldantes de lesbianismo, os homens a armarem-se em cowboys no touro mecânico e a darem brutas quedas, era hilariante a forma como caiam, autênticos palhaços, entrei em alguns, bebi umas cervejas e ouvi música "country" que gosto imenso, estes bares são mesmo ao estilo norte americano. Noutras ruas há outros divertimentos, à porta fechada, onde se cobra bilhete de entrada, e os espectáculos diversificavam-se entre shows de lésbicas, cenas de sexo ao vivo, striptease, e dança no varão, portanto tudo muito cultural, e como tenho um lado psicóloga e outro socióloga, estou sempre a estudar esta "fauna" que procura estes espectáculos e dou por mim a fazer a análise comportamental e a fazer conclusões sobre tal. Se por acaso estão a pensar que sou puritana e moralista enganaram-se, não sou mesmo, cada um diverte-se como melhor entender, desde que isso implique maioridade e não seja ameaça para os outros, mas retomando a minha análise, e tendo principalmente como objetivo o estudo do comportamento feminino, o dos homens não me dou ao trabalho de analisar, nasceram assim, vivem assim e morrem assim, e temos de viver com eles assim, sem mais, o das mulheres é que me deixa algo incomodada, não estou a fazer críticas, parece mas não é, fico incomodada de ver jovens lindas a praticarem a prostituição muito naturalmente, ali encostadas às paredes sendo abordadas por clientes que só consigo definir numa frase: metem nojo! Meninas  completamente embriagadas esparramadas no chão com atitudes patéticas e ridículas, mulheres maduras em busca de presas, de preferência bastante tenras, em poses lascivas, maquilhadas exageradamente com a finalidade de esconder a idade. Podem pensar se me desagrada porque motivo fui para lá mas sabem a curiosidade, aquela coisa que mata o gato, foi mais forte, e cedi também para satisfazer a curiosidade do companheiro, que também não se sentiu muito à vontade, talvez pela minha presença.
Deixando de lado todo esta sensualidade e erotismo artificiais e baratos, baratos não, alguns têm de ser pagos para serem vistos, passo a contar que ainda fizemos uns passeios a Calpe, com o rochedo D'ifach, a Guadalest, onde o turismo é um ladrão descarado, e a Guadalupe, ao mosteiro franciscano, situado numa serra de paisagem deslumbrante intensamente cultivada com oliveiras e castanheiros. No dia anterior ao regresso fomos a Madrid visitar o espectacular estádio do Real Madrid, o Santiago Barnabéu e o seu fantástico museu, só faltou ver lá ao vivo e a  cores o Cristiano Ronaldo mas ver todo aquele espólio foi muito agradável. Com a chegada da noite deu-se início à "noite madrilena", se não sabem passo a explicar: milhares de pessoas andam pelas ruas centrais, numa tal concentração que só se vê as cabeças, para comerem, beberem, fazerem compras, assistir aos espectáculos de rua e outros nas respectivas salas. Nós acabamos por não usufruir muito da "noite" porque a chuva não deu tréguas, ficamos limitados depois de jantar a beber "una canha" e "unas tapas" e a descobrir, num largo, depois de percorrer uma rua apinhada apesar da chuva, uma pastelaria portuguesa e nem se pensou duas vezes foram uns pastéis de Belém quentinhos com canela e um cálice de vinho do Porto, é pá somos mesmo um povo saudosista, mas o que é nacional é que é bom.

Benidorm vista do Poniente 
 
Talvez um dia volte a Benidorm? Mas se um dia acontecer que sejam passados mais uns anos.

domingo, 27 de setembro de 2015

Confidente

Na sexta feira, dia 25 de Setembro, desloquei-me a Setúbal, mais exatamente ao hospital de S. Bernardo, há pouco mais de quinze dias foi-me feita uma pequena cirurgia a um pequeno angioma na mão esquerda, e neste dia fui à consulta para saber o resultado laboratorial, e fiquei a saber que é benigno, portanto está tudo bem, até a cicatriz fica quase imperceptível ou não fosse a cirurgia feita pelas mãos de um cirurgião plástico. 
O tempo de espera quase levou-me à exaustão, duas horas e meia, ora sentada ora de pé, e a sentir tal fome que não se pensa em mais nada, sai do hospital quatro horas depois de ter entrado, e já que o dia estava por minha conta decidi ir até à maior área comercial de Setúbal para almoçar, vai daí fui até ao "Allegro"  mas enquanto esperava pelo autocarro, que me levaria até lá, uma senhora fez de mim sua confidente, e aproximadamente em vinte minutos  contou-me a sua história de vida, desde que saiu da Africa do Sul, onde nasceu, filha de pais portugueses, e aos anos que vivia em Portugal, entretanto o autocarro da senhora chegou e despedimo-nos, nesse exato momento chega outra senhora e começa também a fazer confidências, essa oriunda de Angola mas era portuguesa pois, tinha nascido lá, ainda Angola era uma colónia portuguesa, e dizia que nunca mais iria voltar a Angola, não lhe deixou saudades, ainda lá tem familiares, serão eles a visitá-la caso tenham saudades dela.
Chegou o autocarro e entramos as duas, a senhora saiu antes de mim e despediu-se desejando-me muitas felicidades e dizendo que gostou muito de falar comigo, sim a senhora é que falou comigo, foi quase um monólogo, eu limitei-me a dizer uma ou outra frase de concordância. Até chegar ao destino pensei que que não era novidade nenhuma, desde que me lembro desconhecidos gostavam de conversar comigo, fazendo confidências, contando mágoas e dores que traziam consigo, quando era jovem nunca me incomodou essas ocorrências mas nunca analisei a minha atitude perante elas, eram perfeitamente naturais e aceitava-as como tal, depois com o tempo fui apercebendo-me, foi mesmo perceção, que as pessoas se aproximam de mim porque confiam, sentem que podem confiar, que o que contam fica em mim como num túmulo, e porque lhes dou tempo, porque guardo silêncio, só fazendo comentários quando estritamente necessários,  e principalmente porque sinto que quando se despedem vão mais serenas, gratas por alguém lhes dar atenção, e eu fico feliz por um tempo limitado poder ser o ombro amigo de alguém que carrega pesados fardos.
E cheguei ao "Allegro" e já que tinha o tempo a meu favor, esfomeada como estava devorei um salada de massa integral, com ananás, queijo feta,  camarões, rúcula, etc. e um sumo natural de goiaba, e no final tive de beber um café porque a tensão arterial estava tão baixa que já sentia-me como se navegasse num mar encapelado, habituei-me, julgava impossível, a beber café sem açúcar, e descobri um prazer especial mas também o café tem de ser muito bom, há por aí alguns que são mesmo puro veneno. Depois andei por ali a ver onde "paravam as modas" e, com não poderia deixar de ser, ir à "FNAC", ver onde param as novidades literárias e musicais, e outras coisas mais. 

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Crise migratória

O fenómeno que está a assolar a Europa, e que diariamente entra pelas nossas casas adentro, leva-me também a fazer comentários, começando por dizer que é um fenómeno que me causa emoção e preocupação: emoção porque de facto há imenso sofrimento neste êxodo, um povo que tem de fugir da sua pátria é um povo que sofre, quanto à preocupação centra-se no facto de que nesta vaga de refugiados, imensas famílias, não virão também extremistas cuja vinda para a Europa tem como finalidade poderem aqui cometer todas as atrocidades que se julgam no direito de cometer em nome de um deus cruel e sanguinário.
É louvável a hospitalidade dos países que abriram as suas fronteiras a estes filhos da desgraça, embora agora comece a haver recuos, porque começa a ser insustentável esta afluência que irá futuramente, se não já, envolver e movimentar uma série de instituições que para muitos dos países economicamente é difícil de manter. Portugal é um deles, com um povo hospitaleiro sempre pronto a abrir os braços a todos os que em "lágrimas e prantos" nos buscam, terá a sua quota parte no acolhimento aos refugiados da Síria, e, sem melindrar quem possa ler este modesto texto, pergunto eu: E, mais que a parte económica, que não deixa de ser relevante,  falando em defesa, como é que sabemos que alguns desses loucos extremistas não nos entram portas adentro, é que esses filhos do demo dizem que Portugal ainda será deles, isto devido ao facto de este território já ter sido muçulmano, usando um pouco de ironia; como somos um povo mesclado, começando pelos autóctones, depois os suevos, os visigodos, os romanos, os árabes ou mouros,  e os judeus, porque motivo se julgam eles com direito a este território. Deixem-nos em paz, e, se for possível, que Portugal consiga juntamente com os países europeus encontrar uma solução para esta calamidade, apelando a todos os deuses que nos possam ouvir, se é que não fazem orelhas moucas.     

domingo, 6 de setembro de 2015

Festa



Fui, Sexta feira e Sábado, à Festa do Avante, hoje Domingo já não tive paciência para tanto barulho e tanta gente. Só há poucos anos, seis ou sete que vou a esta festa, estou a incorrer em erro, inicialmente, há quarenta anos, ainda lá fui durante uns anos mas entretanto passaram-se anos sem isso acontecer. Voltei a ir, convidada por uma amiga que é comunista ou pelo menos é filiada, o que não é o meu caso, sou completamente, totalmente, apartidária, e tenho aproveitado para ver, por um preço irrisório, pelos três dias, alguns concertos e outros espectáculos que fazem parte do programa da festa, e que de outro modo seria impossível devido à falta de verba.
Estou sempre a dizer que tenho fobia da multidão, e parecendo uma contradição, vou para um espaço onde o que mais existe é multidão mas vou explicar o porquê dessa atitude: Estou a provar a mim própria que consigo dominar esse medo, que consigo dominar a sensação quase de desespero que me impulsiona a sair dali rapidamente, isto é a maior prova que submeto-me durante o ano para poder ouvir algumas bandas ou cantores a solo, porque sou muito selectiva nos meus gostos pessoais e francamente alguns são, para mim, um atentado à música. Ainda bem que há para todos os gostos, sou completamente a favor da diversidade.
Depois também há áreas que merecem a visita: como a do artesanato internacional, a área internacional propriamente dita, onde os países comunistas têm a sua cultura, que inclui artesanato e gastronomia, e a sua escolha politica exposta. Há a Feira do Livro que eu muito prezo como sabem, pavilhões para debates, palestras e discussões politicas, sempre e só relacionadas com o Comunismo, há pavilhões onde decorrem exposições, pavilhões que apresentam a gastronomia de todas as regiões de Portugal, o seu artesanato e a sua música, e sabe tão bem, no mesmo espaço, provar e deliciar-nos com com todos eles. Perco a cabeça pelos bolinhos de amêndoa em forma de frutos, animais ou flores do Algarve, a ginjinha de Óbidos num copo de chocolate, e na área internacional ainda bebi um "mojito" e uma "caipirinha", e fico mesmo por isso, é só mesmo para me "internacionalizar". 

sábado, 29 de agosto de 2015

Momento relaxante


Ontem deu-me para ir colher estes frutos maravilhosos, e não são propriamente fáceis de colher, talvez o momento não fosse tão relaxante assim, é necessário cuidado, pois os picos das silvas arranham-nos as mãos e os picos dos figos da índia espetam-se nelas. Mas valem o sacrifício, são deliciosos. Estas delícias são colhidas todos os verões nuns locais que pouca gente lhe tem acesso, são praticamente a minha horta privada, tive o cuidado prévio de saber que não são propriedades privadas, tendo portanto toda a liberdade de deslocar-me por lá.
Estes frutos estão sobejamente ligados às memórias da minha infância, quase posso dizer que comi toneladas deles, foram horas passadas a calcorrear matos com silvados e campos com cactos, que serviam para os delimitar. Vou divulgar um segredo, os figos da índia da foto foram colhidos junto da minha casa, estão mesmo ao lado do gradeamento do terraço, e aprendi com um simpático vizinho a retirar-lhes os picos, basta coloca-los no chão, de preferência num espaço cimentado ou empedrado, depois com uma vassoura de cerdas rijas basta varre-lo para os picos se soltarem, e depois  com uma pinça de cozinha apanhar, lavar e descascar, com algum cuidado porque podem ficar alguns picos, são praticamente transparentes e doem imenso nas mãos, e se acontecer é fácil de os remover, basta passar azeite nas mãos e com papel eles saem. Mas já sou uma expert.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Turista em casa


Hoje, nesta vila, Sesimbra, senti-me mesmo uma turista, isso devido a alguns verões passados ter perdido o hábito de sair à tarde, por estes factores: o calor, é que fico mesmo incomodada; pela multidão que circula pelas ruas, as pessoas quase chocam umas com as outras, algumas até gostam provavelmente, eu dispenso. Estava em casa, e, de repente, lembrei-me da feira do livro aqui na vila, como sabem sou completamente viciada em literatura, ganhei coragem e meti pernas ao caminho, arrisquei caminhar pelo meio da multidão e fui até lá, claro que gastei uns euros, não consigo resistir àquele antro de pecado. Depois de comprar três livros, e já que andava mesmo pela marginal fui comer um gelado, daqueles da "Prime", os melhores cá para mim, sentada na esplanada, descontraída, para grande espanto meu, senti-me mesmo uma "camone" a curtir férias aqui neste burgo à beira mar plantado. Só não fui à praia porque à tarde é impensável tal momento de lazer, as pessoas estão quase em cimas umas das outras, e o ruído produzido é altamente irritante, deixa-me tensa, daí só ir à praia quase ao nascer do sol, quando na praia o número de pessoas é reduzido, quase ninguém, estou lá às sete e meia e às dez, quando começam todos a chegar, e a montar o estaminé, regresso à base, ou seja a casa. Mas percorrer a marginal num dia de Agosto a meio da tarde, e  sozinha, foi uma vitória, noutro dia tenho de comemorar, vou à "Prime".

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Origens






Esta praia fluvial do rio Sorraia situa-se na linda vila de Coruche, no distrito de Santarém. É um espaço aprazível e muito relaxante, tem um percurso pedestre longo que proporciona caminhadas bem agradáveis, para mim era logo de madrugada, e saudáveis. Já agora informo que é sede do concelho onde nasci.  

sexta-feira, 31 de julho de 2015

Às voltas com livros

A magia e a emoção extravasam no virar de cada página. Este livro foi escrito com o coração.



"O melhor do amor é sabermos muito pouco sobre ele"
Daí andarmos esfomeados em  sua busca
 

O segredo mais bem guardado da História que o Vaticano teima em esconder da Humanidade.


terça-feira, 14 de julho de 2015

No paraíso!




No fim de semana passado, no dia 12, fomos até Tomar afim de assistir ao cortejo dos Tabuleiros mas no dia 11 saímos de casa cedinho e fomos até ao paraíso, até ao local que as fotos mostram, é uma praia fluvial localizada no concelho de Alcanena, chama-se "Olhos d'Água" e fica num percurso do rio Alviela, a curta distância da sua nascente.  Além de ser um local lindo, a água tem uma limpidez incrível e a vegetação é muito frondosa, tem tudo o que é necessário para se passar bons momentos, sanitários, parque de merendas, restaurante e bar. Quando chegamos estava a decorrer um batismo, fiquei maravilhada com a cerimónia.
Se for possível gostaria de ir ainda este ano até a outras praias fluviais, começando pelas mais próximas, as do Tejo, depois ir descobrindo todas as outras que Portugal tem em si.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Na cidade dos Templários - Tomar

 







No passado Domingo, 12 de Julho, fui até Tomar, aquela cidade para mim muito especial. Conhecida também por cidade dos Templários realiza-se nela de quatro em quatro anos a Festa dos Tabuleiros, ontem realizou-se o momento alto das festividades, o Cortejo dos Tabuleiros.






Considerado um dos maiores Festivais do Mundo, é também um dos mais antigo do país. Conhecido pela Festa do Espírito Santo, festividade instituída pelo rei D. Dinis e pela rainha Santa Isabel no culto do Espírito Santo, remonta ao culto de Ceres, às colheitas e à fertilidade da terra. No cortejo dos tabuleiros os mais tradicionais são compostos por pães, flores de papel (papoilas) e espigas mas há tabuleiros compostos por muitas espécies de flores e alguns com frutos. No encerramento do cortejo surgem juntas de bois, têm apenas uma função simbólica, até 1895 os animais eram sacrificados e a sua carne era distribuída, assim como o pão, pela população.
Também fazem parte da celebrações as ruas enfeitadas, as janelas, varandas e colunas com flores de papel e colchas de cor vermelha na maioria.

domingo, 28 de junho de 2015

 


Muralismo em Sesimbra

domingo, 21 de junho de 2015

Desapontamento

Hoje "saiu-me o tiro pela culatra", estou desapontada, desiludida, decepcionada, frustrada, estou a usar vários sinónimos para dizer mais popularmente que estou na merda, isto devido ao facto do dia que pretendia ou julgava ser um dia excecional se ter malogrado. Comemora-se hoje o Dia Internacional do Yoga e, julgava eu, santa ingenuidade, que iria participar desta comemoração deslocando-me até ao local onde decorreria, pois não foi assim. Para ir até lá, Lisboa, contava com a boleia do filho, mas caso este não quisesse ou não pudesse ir teria a boleia de uma colega praticante. Durante uma semana estive confiante que poderia contar com ele, dai ter recusado a boleia da colega, isto tudo porque não tenho  transporte próprio, e aos Domingos ser complicado utilizar transportes públicos, e com a agravante de não saber exatamente o local. Com tudo organizado era só esperar pela hora combinada, mas a meio da noite o filho que chegou de uma "noitada" teve a gentileza de perguntar se eu estava interessada em ir, respondi-lhe que só iria se ele fosse como é lógico, e como não sou assim tão burra conclui que era ele, de facto, que não estava interessado, achei essa pergunta desnecessária. Claro que não acordou, nem naturalmente nem com despertador, e eu também não o acordei, pensei que se realmente quisesse ir tinha pedido para ser acordado na hora acordada. Para terminar, já era tarde para telefonar à colega, fiquei com uma "neura" que tive que ir para a rua e procurar recompensa em qualquer coisa e a primeira foi um pequeno almoço daqueles, se não à inglesa foi muito aproximado, comi tudo o que no momento me pudesse saciar e recompensar, foi portanto uma ingestão altamente calórica, não vou descrever o que consumi mas podem adivinhar.
Agora estou aqui ainda a remoer o assunto mas tenho de pensar positivo, pensar que "águas passadas não movem moinhos", que por "morrer uma andorinha não acaba a Primavera". Pensamentos que têm a finalidade de elevar-nos o ânimo, mas no momento o meu está em baixo, gostava imenso de lá ter estado, porque sem saber de nada pressinto que foi uma comemoração espetacular. Agora é esperar a do próximo ano e aprender a não esperar pelos outros (os humanos).

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Momentos literários

"Foi como se houvesse nevoeiro dentro da vida, a entrar-me nos ossos, a cegar-me para o que não existe......"
 
 
 
 
"O estranho caso de Sebastião Moncada é um romance sobre a importância do acaso e das coincidências na vida humana e sobre a coragem necessária para enfrentar e viver as consequências de um grande amor."
 
"Ser livre é ser amante da ordem e escravo da lei."

sábado, 13 de junho de 2015


                          Esta noite a música eleita é a do violino de André Rieu.

domingo, 31 de maio de 2015

Depois

Que irás fazer amigo
do que sobrou de ti?
Alumiarei as mão de cinza
para que as vejam vazias.

E que irás fazer amigo
do deserto que te habita?
Plantarei uma hera
onde restam pedras nuas.
 
E depois, e depois, que farás ainda?
Farei perguntas sem resposta.

E quando te cansares de perguntar?
Dar-me-ei a ilusão de ter havido resposta.

E depois da ilusão amigo?
Virá a hora do silêncio
o repouso enfim.



quarta-feira, 20 de maio de 2015

3 HOURS Relaxing Music "Evening Meditation"



 Hoje, se fosse possível, teria ido até ao SPA, infelizmente não fui, seria óptimo uma massagem de pedras quentes para relaxar. Como não foi possível improvisei um SPA caseiro, acendi umas velas perfumadas, enchi a banheira de água quente e uns perfumados sais de lavanda, e ao som da música fui deslizando para o esquecimento, ou talvez fosse para o relaxamento, não interessa, na verdade esqueci por momentos os horrores deste mundo, estes horrores entram-nos pela porta adentro através de todos os meios de comunicação, que, parecendo propositado, repetem continuamente a informação, descrevendo ao pormenor a brutalidade, a maldade, que o ser humano é capaz, que, deste modo, de tanto ouvir, perde-se a capacidade de nos indignar e de sentir repulsa por tais actos, eu ainda me indigno e sinto repulsa, como tal decidi abster-me de ver toda a violência que domina o mundo, não vejo noticiários, não leio jornais, se calhar passo a ser uma  ignorante, mas prefiro a ignorância à indiferença, ao encolher de ombros, que vejo em muita gente. É também devido a estes comportamento e reações que o mundo vai mesmo de mal a pior, são aqueles que dizem enquanto for com os outros está tudo bem, ou com o mal dos outros posso eu bem.


quinta-feira, 14 de maio de 2015

Crisálida


Hoje o dia não começou com bons augúrios, sinto-me inquieta, ansiosa, diria até que estou triste, estranhamente deu-me para chorar, e o mais estranho é que não sei porquê, talvez isto sejam coisas de "gajas", as mulheres têm estes momentos assim, choram sem saber porquê.
Na verdade, se me der ao trabalho de debruçar-me para o meu interior, lá para aquele local que no dia a dia ignoramos, pois temos mais que fazer, obterei resposta. Ultimamente devido a tantos afazeres deixei de ter tempo para me refugiar em mim, isto é voltar-me para mim própria, para o meu casulo e procurar nele lenimento para as inseguranças, incertezas, fragilidades e mágoas. Eu que tinha decidido ser feliz, estou a falhar, pensarão vocês, mas como podemos saborear a felicidade se não provarmos o seu oposto, por vezes temos de beber o veneno para procurar o antídoto, e parecendo uma conversa sem nexo, pois não descrevo seja o que for que me incomoda, estou apenas a filosofar, é o que gosto realmente de fazer.
Voltando ao presente, depois do que acima escrevi consegui apaziguar a minha alma atormentada, percebi realmente o que me deixava assim tão ansiosa, inquieta, é a ausência do silêncio, tenho estado envolvida em tantas atividades ruidosas, rodeada de muita gente naturalmente ruidosa, com noites  em que o sono resolveu ir para outras paragens, que é perfeitamente justo que precise de silêncio, aquele silêncio, que como sabem, eu tanto preciso para me encontrar. Concluindo, ainda bem que tenho este blog, ao escrever estas breves linhas, este texto que talvez não tenha nenhum interesse para vocês, encontrei-me, por ora fico no casulo mas brevemente, no tempo devido, serei novamente uma borboleta.

"O silêncio é falar em segredo com a própria dor, e mantê-lo até se converter em voo, oração ou canto."

Alberto Masferrer

quarta-feira, 13 de maio de 2015

 
Miguel Real neste fascinante romance descreve a cidade de Macau antes da transferência para a República Popular da China, quando a população oriunda de Portugal ali vivia numa comunidade fechada e preconceituosa em relação à comunidade chinesa, mas que não impediu o cruzamento de ambas, criando uma sociedade invulgar.
Uma particularidade deste romance é o realce dado a algumas personagens, que penso serem reais, faz referência a  gerações familiares que partiram de Sesimbra para Macau, e, vivendo eu em Sesimbra, conhecendo gente com o apelido Castanho, Peixoto e Nero, apelidos das personagens do livro, deduzo que haverá ligação genética entre eles. Há ainda referência à alcunha "Preto" havendo em Sesimbra algumas pessoas que a usam. 

sábado, 25 de abril de 2015

Escapadinha a Toledo

 Por terras de D. Quixote e Sancho Pança -  Castilha- La Mancha - Fábrica de espadas de aço Toledano

Trabalho totalmente artesanal com incrustações de fio de ouro



Rio Tejo (Tajo) em Toledo
Toledo vista das muralhas do Alcazar





 














segunda-feira, 20 de abril de 2015

Correção

No texto anterior informo que as imagens registadas nas três primeiras fotos têm quase dois mil anos, não está correto, só a da foto do meio, a segunda, é verdadeira, as outras são apenas painéis informativos das escavações arqueológicas levadas a efeito nessa área que pôs a descoberto o complexo industrial da época romana (sécs I - V d. C.).  Já agora adiciono mais umas fotos.
Habitações (villa)
 

Balneário


domingo, 19 de abril de 2015

Belezas da Arrábida

















Numa caminhada com a SAL pela serra da Arrábida, fomos ver estas belezas, as três primeiras remontam quase há dois mil anos.
















Estas três são da Lapa de Stª Margarida, a entrada, a capela no interior, e um dos nome gravados na rocha, entra muitos. Durante anos esta Lapa (gruta) esteve ao abandono actualmente no altar presta-se devoção a uma série de imagens, além das que fazem parte da religião católica há também imagens de Yemanjá e de Krishna. Bendita tolerância.





Estas duas são do convento de Nª. Senhora da Arrábida mais conhecido pelo convento da Arrábida, fundado por Frei Martinho de Santa Maria, religioso da Ordem de S. Francisco a quem D. João de Lencastre (1501-1571), primeiro duque de Aveiro, ofereceu a serra da Arrábida para continuação da sua vida de eremita. Já existia uma ermida anterior ao convento (Ermida da Memória) associada a uma lenda, onde se venerava a imagem da Senhora da Arrábida e junto da qual, em celas escavadas na rocha, viveram os primeiros religiosos: Frei Martinho de Santa Maria, Frei Martinho Navarro, Frei Diogo dos Anjos, Frei Francisco Pedraita e São Pedro de Alcântara.
Na primeira foto , na entrada do convento há uma imagem que representa S. Pedro de Alcântara, mas essa imagem é enganadora, a cabeça da imagem é de facto a de S. Pedro de Alcântara mas foi colocada no corpo de S. Francisco de Assis. A segunda foto é um azulejo do corredor que leva ao refeitório e à cozinha.