Que irás fazer amigo
do que sobrou de ti?
Alumiarei as mão de cinza
para que as vejam vazias.
E que irás fazer amigo
do deserto que te habita?
Plantarei uma hera
onde restam pedras nuas.
E depois, e depois, que farás ainda?
Farei perguntas sem resposta.
E quando te cansares de perguntar?
Dar-me-ei a ilusão de ter havido resposta.
E depois da ilusão amigo?
Virá a hora do silêncio
o repouso enfim.
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