No porto das ilusões
tenho um cais
onde voltaste a acostar.
Frágil batel
refugiado da tempestade
seguro por delicada amarra.
Quando amaina
a ânsia, o desassossego
soltar a amarra, queres partir.
O frágil batel é veleiro de aventura.
O cais torna-se pequeno
para tal envergadura.
Não há despedida, não há tempo.
Até um dia! Até um dia!
Mas um dia, se voltares, talvez
o cais já não exista
ou tenha um letreiro que diz:
"Proibido acostar".
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