Na sexta feira, dia 25 de Setembro, desloquei-me a Setúbal, mais exatamente ao hospital de S. Bernardo, há pouco mais de quinze dias foi-me feita uma pequena cirurgia a um pequeno angioma na mão esquerda, e neste dia fui à consulta para saber o resultado laboratorial, e fiquei a saber que é benigno, portanto está tudo bem, até a cicatriz fica quase imperceptível ou não fosse a cirurgia feita pelas mãos de um cirurgião plástico.
O tempo de espera quase levou-me à exaustão, duas horas e meia, ora sentada ora de pé, e a sentir tal fome que não se pensa em mais nada, sai do hospital quatro horas depois de ter entrado, e já que o dia estava por minha conta decidi ir até à maior área comercial de Setúbal para almoçar, vai daí fui até ao "Allegro" mas enquanto esperava pelo autocarro, que me levaria até lá, uma senhora fez de mim sua confidente, e aproximadamente em vinte minutos contou-me a sua história de vida, desde que saiu da Africa do Sul, onde nasceu, filha de pais portugueses, e aos anos que vivia em Portugal, entretanto o autocarro da senhora chegou e despedimo-nos, nesse exato momento chega outra senhora e começa também a fazer confidências, essa oriunda de Angola mas era portuguesa pois, tinha nascido lá, ainda Angola era uma colónia portuguesa, e dizia que nunca mais iria voltar a Angola, não lhe deixou saudades, ainda lá tem familiares, serão eles a visitá-la caso tenham saudades dela.
Chegou o autocarro e entramos as duas, a senhora saiu antes de mim e despediu-se desejando-me muitas felicidades e dizendo que gostou muito de falar comigo, sim a senhora é que falou comigo, foi quase um monólogo, eu limitei-me a dizer uma ou outra frase de concordância. Até chegar ao destino pensei que que não era novidade nenhuma, desde que me lembro desconhecidos gostavam de conversar comigo, fazendo confidências, contando mágoas e dores que traziam consigo, quando era jovem nunca me incomodou essas ocorrências mas nunca analisei a minha atitude perante elas, eram perfeitamente naturais e aceitava-as como tal, depois com o tempo fui apercebendo-me, foi mesmo perceção, que as pessoas se aproximam de mim porque confiam, sentem que podem confiar, que o que contam fica em mim como num túmulo, e porque lhes dou tempo, porque guardo silêncio, só fazendo comentários quando estritamente necessários, e principalmente porque sinto que quando se despedem vão mais serenas, gratas por alguém lhes dar atenção, e eu fico feliz por um tempo limitado poder ser o ombro amigo de alguém que carrega pesados fardos.
E cheguei ao "Allegro" e já que tinha o tempo a meu favor, esfomeada como estava devorei um salada de massa integral, com ananás, queijo feta, camarões, rúcula, etc. e um sumo natural de goiaba, e no final tive de beber um café porque a tensão arterial estava tão baixa que já sentia-me como se navegasse num mar encapelado, habituei-me, julgava impossível, a beber café sem açúcar, e descobri um prazer especial mas também o café tem de ser muito bom, há por aí alguns que são mesmo puro veneno. Depois andei por ali a ver onde "paravam as modas" e, com não poderia deixar de ser, ir à "FNAC", ver onde param as novidades literárias e musicais, e outras coisas mais.
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domingo, 27 de setembro de 2015
quarta-feira, 16 de setembro de 2015
Crise migratória
O fenómeno que está a assolar a Europa, e que diariamente entra pelas nossas casas adentro, leva-me também a fazer comentários, começando por dizer que é um fenómeno que me causa emoção e preocupação: emoção porque de facto há imenso sofrimento neste êxodo, um povo que tem de fugir da sua pátria é um povo que sofre, quanto à preocupação centra-se no facto de que nesta vaga de refugiados, imensas famílias, não virão também extremistas cuja vinda para a Europa tem como finalidade poderem aqui cometer todas as atrocidades que se julgam no direito de cometer em nome de um deus cruel e sanguinário.
É louvável a hospitalidade dos países que abriram as suas fronteiras a estes filhos da desgraça, embora agora comece a haver recuos, porque começa a ser insustentável esta afluência que irá futuramente, se não já, envolver e movimentar uma série de instituições que para muitos dos países economicamente é difícil de manter. Portugal é um deles, com um povo hospitaleiro sempre pronto a abrir os braços a todos os que em "lágrimas e prantos" nos buscam, terá a sua quota parte no acolhimento aos refugiados da Síria, e, sem melindrar quem possa ler este modesto texto, pergunto eu: E, mais que a parte económica, que não deixa de ser relevante, falando em defesa, como é que sabemos que alguns desses loucos extremistas não nos entram portas adentro, é que esses filhos do demo dizem que Portugal ainda será deles, isto devido ao facto de este território já ter sido muçulmano, usando um pouco de ironia; como somos um povo mesclado, começando pelos autóctones, depois os suevos, os visigodos, os romanos, os árabes ou mouros, e os judeus, porque motivo se julgam eles com direito a este território. Deixem-nos em paz, e, se for possível, que Portugal consiga juntamente com os países europeus encontrar uma solução para esta calamidade, apelando a todos os deuses que nos possam ouvir, se é que não fazem orelhas moucas.
É louvável a hospitalidade dos países que abriram as suas fronteiras a estes filhos da desgraça, embora agora comece a haver recuos, porque começa a ser insustentável esta afluência que irá futuramente, se não já, envolver e movimentar uma série de instituições que para muitos dos países economicamente é difícil de manter. Portugal é um deles, com um povo hospitaleiro sempre pronto a abrir os braços a todos os que em "lágrimas e prantos" nos buscam, terá a sua quota parte no acolhimento aos refugiados da Síria, e, sem melindrar quem possa ler este modesto texto, pergunto eu: E, mais que a parte económica, que não deixa de ser relevante, falando em defesa, como é que sabemos que alguns desses loucos extremistas não nos entram portas adentro, é que esses filhos do demo dizem que Portugal ainda será deles, isto devido ao facto de este território já ter sido muçulmano, usando um pouco de ironia; como somos um povo mesclado, começando pelos autóctones, depois os suevos, os visigodos, os romanos, os árabes ou mouros, e os judeus, porque motivo se julgam eles com direito a este território. Deixem-nos em paz, e, se for possível, que Portugal consiga juntamente com os países europeus encontrar uma solução para esta calamidade, apelando a todos os deuses que nos possam ouvir, se é que não fazem orelhas moucas.
domingo, 6 de setembro de 2015
Festa
Estou sempre a dizer que tenho fobia da multidão, e parecendo uma contradição, vou para um espaço onde o que mais existe é multidão mas vou explicar o porquê dessa atitude: Estou a provar a mim própria que consigo dominar esse medo, que consigo dominar a sensação quase de desespero que me impulsiona a sair dali rapidamente, isto é a maior prova que submeto-me durante o ano para poder ouvir algumas bandas ou cantores a solo, porque sou muito selectiva nos meus gostos pessoais e francamente alguns são, para mim, um atentado à música. Ainda bem que há para todos os gostos, sou completamente a favor da diversidade.
Depois também há áreas que merecem a visita: como a do artesanato internacional, a área internacional propriamente dita, onde os países comunistas têm a sua cultura, que inclui artesanato e gastronomia, e a sua escolha politica exposta. Há a Feira do Livro que eu muito prezo como sabem, pavilhões para debates, palestras e discussões politicas, sempre e só relacionadas com o Comunismo, há pavilhões onde decorrem exposições, pavilhões que apresentam a gastronomia de todas as regiões de Portugal, o seu artesanato e a sua música, e sabe tão bem, no mesmo espaço, provar e deliciar-nos com com todos eles. Perco a cabeça pelos bolinhos de amêndoa em forma de frutos, animais ou flores do Algarve, a ginjinha de Óbidos num copo de chocolate, e na área internacional ainda bebi um "mojito" e uma "caipirinha", e fico mesmo por isso, é só mesmo para me "internacionalizar".
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