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segunda-feira, 13 de junho de 2011

O que é a Verdade?

Conheço pessoas pelas quais sou incapaz de sentir empatia, dai criar distanciamento, outras, apesar da dificuldade de relacionamento e de interação, gosto muito delas, envolvo-me afectiva e emocionalmente.
Tenho sempre a estranha sensação, isto é o meu lado intuitivo a manifestar-se, que estas pessoas, com quem me relaciono são secretamente muito inseguras, não deixam transparecer tal, mas quem não as conhece como eu tem uma apreciação oposta, que não vacilam, aparentam sempre uma posição de superioridade, escudam-se numa atitude de: " Eu sei"; "Eu posso"; "Eu digo tudo o que tenho a dizer"; "O que tenho a dizer não deixo para amanhã"; "Eu digo sempre a verdade, doa a quem doer".

Sentem-se "donos da verdade", prepotentes, poderosos nas verdades que emitem, com o típico comportamento de falar tudo o que pensam.
Até estou de acordo, a verdade acima de tudo, a autenticidade deveria fazer parte das nossas relações com os outros, mas fico chocada quando são tão "verdadeiros" a dizerem tudo o que pensam infelizmente sem pensar em tudo o que dizem, conscientes garantem que o que dizem é a mais pura verdade sem reconhecerem que essas "verdades" são muitas vezes injustas e humilhantes. Têm ainda o desplante de, quando confrontados com tais atitudes, dizer que o que disseram não foi por mal.

Relaciono-me com duas pessoas assim, com uma o relacionamento é apenas ocasional, se fosse diário já teria com certeza criado esse distanciamento para não ser afectada. Esta pessoa diz, com alguma amargura na voz, que não tem amigos que é tudo uma falsidade que não confia em ninguém, estas interjeições causam-me dó, e fico a pensar porque será que não tem amigos, deveria estar rodeada deles, pois é tão autêntica, tão "verdadeira", deveria ser ovacionada, mas apercebo-me que afasta os amigos pelas suas verdades que são afinal duras criticas, bastante destrutivas. É caso para dizer "Com amigos assim quem é que precisa de inimigos".
Pois fique lá com a sua teoria da "verdade" que eu prefiro a minha: os amigos existem, são para manter usando o coração e não tanto a cabeça, é amar sem exigir que os outros pensem como nós que vejam tudo pelo mesmo prisma, e é acima de tudo respeitá-los nas sua diferenças, opiniões e opções, pois as suas verdades não são obrigatoriamente as nossas.

A outra pessoa, para finalizar a minha "tese", com quem me relaciono mais intimamente, e amo muito, também se diz "dono da verdade", mas é um mentiroso nato, acredita mesmo no que diz, vai ao exagero de deturpar tudo aquilo que os outros dizem e de colocar palavras na boca dos outros sem estes nunca as proferirem, quando lhe convém. "Mente com todos os dente que tem na boca", muitas vezes para se ilibar das barbaridades que lhe saem da "cloaca" tem a capacidade inata de "virar o feitiço contra o feiticeiro", de passar de réu a vítima, é impressionante.
Até me deixa atordoada e sem palavras com as "verdades" que verbaliza.
Que façam exame de consciência e admitam que não são tão "verdadeiros" com se julgam, "desçam do altar" e deixem de se intitular "donos da verdade"



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