Vi na televisão uma reportagem feita no convento de S. José em Iquitos, na Amazónia Peruana, onde uma comunidade religiosa, as Carmelitas Descalças, vivem em regime de clausura.
Enquanto decorria a reportagem pensava "cá para os meus botões" que viver assim não é uma opção fácil, esta entrega total a uma fé, a uma crença, que as leva a renunciar ao mundo e às suas seduções, e ao afastamento dos entes queridos, é à partida uma decisão muito ponderada, nenhuma a toma levianamente ou por divertimento, será aquele "apelo" imperioso, o "chamamento"? Ainda que entre o noviciado e os votos finais decorra um determinado tempo, sendo livres de a qualquer momento retroceder.
Fiquei a pensar no assunto, e conclusão, viver assim não é nada difícil, viver no mundo, nas sociedades que criamos é que é dificílimo, ora vejam: refeições a horas, bem confeccionadas, embora simples, saudáveis, muitos dos alimentos são produzidos pela comunidade, têm hora para recreio, onde até jogam à bola, as outras actividades passam por assistir às missas, orar, bordar, ler, escrever, etc., tudo feito com muito amor e dedicação.
Mais, são casadas? tornam-se "esposas" de Cristo, que a única exigência que lhes faz é dedicarem-Lhe todos os seus momentos e os seus pensamentos, o que deduzo não ser fácil, pois é provável que tenham alguns que nem "às paredes confessam", mas pressuponho que serão perdoadas mais facilmente.
É um "esposo" que pede muito pouco, não têm de cozinhar, lavar, engomar, etc., para Ele, não têm de "levar" com discussões, violência, física, psicológica, abusos, vícios, mau-humor, incompatibilidades que geram discórdia.
Não têm de arcar com a família, que mesmo sendo o "pilar da sociedade" não deixa de ser uma fonte de stress, a célula que "mais dores de cabeça dá"
Não "levam" com patrões exploradores, abusos das autoridades, desemprego, fome, falta de habitação, e toda a lista de injustiças, que é demasiado longa para a enumerar aqui.
Isoladas pedem ao "esposo", através da oração, que tem muito poder, pelo mundo, pela salvação das "almas", pedem por nós, que neste "vale de lágrimas" em "prantos e gritos" caminhamos, os tresmalhados, pecadores, divididos, martirizados, oprimidos,desenraizados, ofendidos, humilhados, injustiçados, esses que digam se é fácil viver neste mundo?
Enquanto decorria a reportagem pensava "cá para os meus botões" que viver assim não é uma opção fácil, esta entrega total a uma fé, a uma crença, que as leva a renunciar ao mundo e às suas seduções, e ao afastamento dos entes queridos, é à partida uma decisão muito ponderada, nenhuma a toma levianamente ou por divertimento, será aquele "apelo" imperioso, o "chamamento"? Ainda que entre o noviciado e os votos finais decorra um determinado tempo, sendo livres de a qualquer momento retroceder.
Fiquei a pensar no assunto, e conclusão, viver assim não é nada difícil, viver no mundo, nas sociedades que criamos é que é dificílimo, ora vejam: refeições a horas, bem confeccionadas, embora simples, saudáveis, muitos dos alimentos são produzidos pela comunidade, têm hora para recreio, onde até jogam à bola, as outras actividades passam por assistir às missas, orar, bordar, ler, escrever, etc., tudo feito com muito amor e dedicação.
Mais, são casadas? tornam-se "esposas" de Cristo, que a única exigência que lhes faz é dedicarem-Lhe todos os seus momentos e os seus pensamentos, o que deduzo não ser fácil, pois é provável que tenham alguns que nem "às paredes confessam", mas pressuponho que serão perdoadas mais facilmente.
É um "esposo" que pede muito pouco, não têm de cozinhar, lavar, engomar, etc., para Ele, não têm de "levar" com discussões, violência, física, psicológica, abusos, vícios, mau-humor, incompatibilidades que geram discórdia.
Não têm de arcar com a família, que mesmo sendo o "pilar da sociedade" não deixa de ser uma fonte de stress, a célula que "mais dores de cabeça dá"
Não "levam" com patrões exploradores, abusos das autoridades, desemprego, fome, falta de habitação, e toda a lista de injustiças, que é demasiado longa para a enumerar aqui.
Isoladas pedem ao "esposo", através da oração, que tem muito poder, pelo mundo, pela salvação das "almas", pedem por nós, que neste "vale de lágrimas" em "prantos e gritos" caminhamos, os tresmalhados, pecadores, divididos, martirizados, oprimidos,desenraizados, ofendidos, humilhados, injustiçados, esses que digam se é fácil viver neste mundo?
Será que ainda vou a tempo de optar?
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