Inconfessáveis, irrealizáveis...
mundo obscuro, confuso, escuro...
lama, neblina, poeira... explosão de cometas
estrelas cadentes, ardentes...
estagnação, podridão...
limo, pedras, nascentes, poentes...
Auroras boreais, arco-íris, maresias, fantasias de Arlequim e D. Quixote.
Entrar num espelho, sair num jardim de aromas, especiarias, fragâncias de ópio e jasmim...
Voar, rastejar, alienar, beijar, amar...
Ter poder nas mãos de vida ou morte...
santa, perdoar, exorcizar, pecar, rameira, mártir...
Arder no fogo das paixões, dos desejos carnais, brutais,
chorar num túmulo de alguém, amado ou desconhecido,
medos infundados, ou reais, fantasmas vis que me cercam,
anjos e demónios, princesas e sapos, cavaleiros e reinos
efémeros, perdidos em quimeras e utopias, Atlântidas desconhecidas.
Ir ao Éden e ao Hades, sentir raiva e compaixão,
dispor as peças, perder ou ganhar
caminhar e não chegar, partir e não voltar,
num mar sem leme, num cabo das Tormentas,
no silêncio eterno, das respostas nunca dadas.
Que é de mim?
Onde me encontro?
Tenho de acordar!
Quero voltar!
Perdi-me num sonho.
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