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domingo, 28 de dezembro de 2008

Feitiço

Procuro-te nas sombrias tardes d'Inverno, no maravilhoso renascer da Primavera, na manifestação sem pudor à vida. Procuro-te no calor do Verão, no raio de sol que me beija a pele, no mar onde me perdi entre algas e o desejo de ti.
Procuro-te num melancólico entardecer d'Outono, no esplendor d'um pôr-do-sol, num areal ao luar, na Via-Láctea, na Estrela-Polar.
Procuro-te no silêncio dos claustros, solitária entre gente, nas páginas de um romance, na melodia de uma música, na letra de um poema, na sedução de um perfume.
Procuro-te nas longas noites d'insónia, quando a noite se faz dia, nas imensas noites de solidão, no vazio feito saudade que deixaste em mim.
Procuro-te no riso e na lágrima dos momentos mágicos das recordações.
Assim se foi fazendo tempo, tempo de memórias, que envoltas em bruma são caminhos para o reino da imaginação, do sonho, magia e ilusão para te encontrar em mim.

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