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domingo, 23 de outubro de 2016
A Rapariga no Comboio - trailer legendado (Portugal)
Nesta tarde de chuva fui ver este filme. É um filme intenso, faz-nos pensar no comportamento humano sempre que os desejos pessoais estejam acima do respeito para com o outro, destruindo-o ou levando-o à auto destruição.
sábado, 22 de outubro de 2016
(In) conveniências da viagem
Voltando a escrever sobre as férias há uns factos ou acontecimentos que poderiam ter contribuído para que estas fossem recordadas com um certo mal estar.
Durante a viagem uma das viajantes aproximou-se de mim e do meu companheiro mas apenas por tempo muito limitado, apenas umas breves trocas de palavras, de circunstâncias nada mais, nas paragens que, obrigatoriamente, tinham de ser feitas.
Depois da chegada ao hotel nos dois primeiros dias nem víamos a senhora mas na segunda noite, já se tinha apercebido que saíamos à noite, estava no átrio do hotel e sem hesitar tomou a iniciativa de nos acompanhar, isto sem perguntar se podia acompanhar-nos, ficamos ambos perplexos mas acabamos por não ver inconveniente, o que a levou a pensar que não nos importaríamos de nos acompanhar em todas as nossas saídas, pois todas as tardes e noites lá estava "plantada" no átrio, só não nos acompanhava à praia porque, provavelmente, não gostava de praia ou não gostava de se levantar cedo. Na primeira noite que saiu connosco a senhora contou-nos toda a sua vida, só não contou os primeiros meses ou anos de vida porque não se recordava mas ficamos a saber todo o seu historial que quase fazia "chorar as pedras da calçada" era um drama do princípio ao fim. Eu, que até tenho paciência para ouvir, estava a ficar saturada com tanta descrição, só queria aproveitar o melhor, divertir-me sem pensar em desgraças, tragédias, sofrimento etc. Decidimos mudar de estratégia, começamos a sair mais cedo da parte da tarde, por dois dias tivemos as tardes livres assim com duas noites mas a senhora andava desesperada em nossa busca, e por azar ao almoço, no restaurante, estava à mesma hora e na mesa próxima, veio ligeira perguntar se podia ir connosco, claro que não tivemos coragem de dizer não, e lá voltamos a levá-la a tiracolo. Ao longo dos percursos que fizemos, e fazíamos uns kms, a senhora só falava dela, eu e o meu companheiro já não trocávamos palavra, apenas a ouvíamos mas comecei a perceber que a senhora queria mais que conversa, ao percorrer a cidade ia praticamente colada ao meu companheiro, tocava-lhe, não sei se intencional mas parecia-me que sim, e só para ele falava como se eu não estivesse presente. Tentei não dar importância, até nem sou ciumenta, e, rindo interiormente, pensava que a senhora estava muito carente de afecto ou melhor dizendo a senhora queria era mesmo sexo, uma tarde que foi connosco praticamente em desespero diz que precisa de arranjar um namorado, não quer casar, a propósito era viúva, queria um namorado para passear e para a cama, tive quase tentada a oferecer-lhe o meu companheiro por uma ou outra noite para aliviar tanto sofrimento, é que eu sou assim, muito sensível ao sofrimento alheio, era só um gesto de altruísmo, gosto de partilhar, ah! ah! ah!..............
Nos dois dias seguintes conseguimos escapulir-nos, até pensamos em saltar pela varanda, só que era no segundo andar, uma noite saímos do hotel misturados num grupo de japoneses, noutra ficamos a uma certa distância e assim que ficou de costas para a saída, porque falava com alguém, quase corremos, isto estava a deixar-me os nervos em franja, conversando com o companheiro este acaba por me confidenciar que a senhora o assediou, lhe propôs ir ter com ela ao quarto, dei uma boas gargalhadas e ainda fui jocosa dizendo que se me levasse com ele faríamos uma grande farra, a famosa "ménage à trois", perguntei-lhe se não tinha ficado tentado, sabendo que falava verdade, respondeu-me que não, não precisava de procurar por fora e além disso não tinha a menor atração por ela. Nos últimos dois dias a senhora ignorou-nos completamente, como não nos conhecesse, essa reação deveu-se à rejeição, isso mexe com o ego.
No fim da viagem a senhora nem se aproximou e nem se despediu, depois de sair do autocarro, continuando este a viagem para deixar os restantes passageiros noutros locais, alguns dos presentes que a conheciam comentaram que a senhora em questão é uma "devoradora de homens", que anda continuamente a trocar de parceiro mas pelo que ouvi eles fogem dela a "sete pés", é autoritária, refilona, controladora, manipuladora e abusiva, características fundamentais para manter um relacionamento saudável e equilibrado não é verdade? Lamento a sorte da senhora talvez algum dia tenha a sorte de ter um companheiro que goste verdadeiramente dela por essas mesmas características, o meu não será, digo eu com a mais absoluta verdade.
Durante a viagem uma das viajantes aproximou-se de mim e do meu companheiro mas apenas por tempo muito limitado, apenas umas breves trocas de palavras, de circunstâncias nada mais, nas paragens que, obrigatoriamente, tinham de ser feitas.
Depois da chegada ao hotel nos dois primeiros dias nem víamos a senhora mas na segunda noite, já se tinha apercebido que saíamos à noite, estava no átrio do hotel e sem hesitar tomou a iniciativa de nos acompanhar, isto sem perguntar se podia acompanhar-nos, ficamos ambos perplexos mas acabamos por não ver inconveniente, o que a levou a pensar que não nos importaríamos de nos acompanhar em todas as nossas saídas, pois todas as tardes e noites lá estava "plantada" no átrio, só não nos acompanhava à praia porque, provavelmente, não gostava de praia ou não gostava de se levantar cedo. Na primeira noite que saiu connosco a senhora contou-nos toda a sua vida, só não contou os primeiros meses ou anos de vida porque não se recordava mas ficamos a saber todo o seu historial que quase fazia "chorar as pedras da calçada" era um drama do princípio ao fim. Eu, que até tenho paciência para ouvir, estava a ficar saturada com tanta descrição, só queria aproveitar o melhor, divertir-me sem pensar em desgraças, tragédias, sofrimento etc. Decidimos mudar de estratégia, começamos a sair mais cedo da parte da tarde, por dois dias tivemos as tardes livres assim com duas noites mas a senhora andava desesperada em nossa busca, e por azar ao almoço, no restaurante, estava à mesma hora e na mesa próxima, veio ligeira perguntar se podia ir connosco, claro que não tivemos coragem de dizer não, e lá voltamos a levá-la a tiracolo. Ao longo dos percursos que fizemos, e fazíamos uns kms, a senhora só falava dela, eu e o meu companheiro já não trocávamos palavra, apenas a ouvíamos mas comecei a perceber que a senhora queria mais que conversa, ao percorrer a cidade ia praticamente colada ao meu companheiro, tocava-lhe, não sei se intencional mas parecia-me que sim, e só para ele falava como se eu não estivesse presente. Tentei não dar importância, até nem sou ciumenta, e, rindo interiormente, pensava que a senhora estava muito carente de afecto ou melhor dizendo a senhora queria era mesmo sexo, uma tarde que foi connosco praticamente em desespero diz que precisa de arranjar um namorado, não quer casar, a propósito era viúva, queria um namorado para passear e para a cama, tive quase tentada a oferecer-lhe o meu companheiro por uma ou outra noite para aliviar tanto sofrimento, é que eu sou assim, muito sensível ao sofrimento alheio, era só um gesto de altruísmo, gosto de partilhar, ah! ah! ah!..............
Nos dois dias seguintes conseguimos escapulir-nos, até pensamos em saltar pela varanda, só que era no segundo andar, uma noite saímos do hotel misturados num grupo de japoneses, noutra ficamos a uma certa distância e assim que ficou de costas para a saída, porque falava com alguém, quase corremos, isto estava a deixar-me os nervos em franja, conversando com o companheiro este acaba por me confidenciar que a senhora o assediou, lhe propôs ir ter com ela ao quarto, dei uma boas gargalhadas e ainda fui jocosa dizendo que se me levasse com ele faríamos uma grande farra, a famosa "ménage à trois", perguntei-lhe se não tinha ficado tentado, sabendo que falava verdade, respondeu-me que não, não precisava de procurar por fora e além disso não tinha a menor atração por ela. Nos últimos dois dias a senhora ignorou-nos completamente, como não nos conhecesse, essa reação deveu-se à rejeição, isso mexe com o ego.
No fim da viagem a senhora nem se aproximou e nem se despediu, depois de sair do autocarro, continuando este a viagem para deixar os restantes passageiros noutros locais, alguns dos presentes que a conheciam comentaram que a senhora em questão é uma "devoradora de homens", que anda continuamente a trocar de parceiro mas pelo que ouvi eles fogem dela a "sete pés", é autoritária, refilona, controladora, manipuladora e abusiva, características fundamentais para manter um relacionamento saudável e equilibrado não é verdade? Lamento a sorte da senhora talvez algum dia tenha a sorte de ter um companheiro que goste verdadeiramente dela por essas mesmas características, o meu não será, digo eu com a mais absoluta verdade.
sexta-feira, 7 de outubro de 2016
Férias!
Fui de férias!
É certo que este tipo de férias não faz muito o meu género mas enfim não se pode ter tudo. Não tenho muita paciências para andar horas num autocarro, a fazer aquelas paragens para o chichi e beber alguma coisa, com o ar condicionado completamente condicionado, o mesmo que dizer que só funcionava quando ao motorista apetecia refrescar-se, portanto por vezes a suar em bica, eu que sou uma mulher "caliente" imaginem?
Fui até Espanha, país magnífico que conheço muito bem, até Fuengirola junto ao Mediterrâneo, umas férias na praia como vêm. Apesar da viagem em si não ser muito do meu agrado a estadia recompensou-me, alojamento em hotel de 4 estrelas a cinquenta metros da praia, com um bom buffet, agradava a todos os gostos, numa cidade bonita com uma marginal fantástica, onde todos os dias a população residente e a que vinha de férias fazia caminhada, corrida, bicicleta e patins, eu, claro, optei pela caminhada, também percorri a cidade sempre a pé, isso implica andar kms, o que é uma forma agradável de ver a cidade com olhos de ver, dando conta dos acontecimentos, programas, que nela decorriam, como as procissões religiosas, o desfile dos trajes andaluzes, a exibição equestre e o desfile das amazonas.
Também, e é isto que para mim dá gosto às férias, as visitas que, ficando o autocarro à nossa disposição, fazíamos a outras localidades, como Torremolinos, Ronda e Mijas. Torremolinos não tive uma visão mais pessoal que me levasse a fazer juízos mas Ronda é uma localidade magnífica, com um peso histórico que creio valer a pena visitar com tempo, visto que o meu foi muito limitado, acompanhados por um guia espanhol deixou muita gente sem perceber patavina do que dizia. Não sei falar castelhano mas, vá-se lá saber porque, consigo perceber muito bem, ficando maravilhada pelo que vi e pelo que ouvi. Mijas já foi mais frustrante, é uma agradável vila com belas paisagens mas o passeio de charrete, caríssimo, foi, no mínimo ridículo, saímos do parque percorremos uma rua, aí meio km fazemos uma rotunda e voltamos ao ponto de partida, percorremos um km, é só para inglês ver, como cá dizemos. O centro da vila é um imenso centro comercial, vendem tudo e mais alguma coisa, algumas tipo lojas chinesas, agradeço ao meu bom senso ser comedida nestas compras.
No penúltimo dia pernoitamos em Sevilha e, como é da praxe, fomos jantar no hotel D. Paco e ver o flamenco puro no El Palácio Andaluz, no último dia mais uma visita à Praça de Espanha, aquela que foi erigida para a exposição Ibérico - Americana em 1929 , e a visita à igreja da Virgem Macarena, a padroeira dos toureiros, iniciava-se um casamento e ficamos para ver a chegada dos convidados e da noiva, o noivo fica na obscuridade, elas um espectáculo, vestidos cheios de cor, vibrantes, chapéus, que não sei a palavra para os descrever, alguns talvez opulentos.
O regresso foi novamente cansativo mas voltar a casa dá-nos alento para suportar o calor, as paragens para o chichi e as últimas compras nas áreas de serviço, e em Espanha são bem grandes, com "tiendas" recheadas de "regalos".
É certo que este tipo de férias não faz muito o meu género mas enfim não se pode ter tudo. Não tenho muita paciências para andar horas num autocarro, a fazer aquelas paragens para o chichi e beber alguma coisa, com o ar condicionado completamente condicionado, o mesmo que dizer que só funcionava quando ao motorista apetecia refrescar-se, portanto por vezes a suar em bica, eu que sou uma mulher "caliente" imaginem?
Fui até Espanha, país magnífico que conheço muito bem, até Fuengirola junto ao Mediterrâneo, umas férias na praia como vêm. Apesar da viagem em si não ser muito do meu agrado a estadia recompensou-me, alojamento em hotel de 4 estrelas a cinquenta metros da praia, com um bom buffet, agradava a todos os gostos, numa cidade bonita com uma marginal fantástica, onde todos os dias a população residente e a que vinha de férias fazia caminhada, corrida, bicicleta e patins, eu, claro, optei pela caminhada, também percorri a cidade sempre a pé, isso implica andar kms, o que é uma forma agradável de ver a cidade com olhos de ver, dando conta dos acontecimentos, programas, que nela decorriam, como as procissões religiosas, o desfile dos trajes andaluzes, a exibição equestre e o desfile das amazonas.
Também, e é isto que para mim dá gosto às férias, as visitas que, ficando o autocarro à nossa disposição, fazíamos a outras localidades, como Torremolinos, Ronda e Mijas. Torremolinos não tive uma visão mais pessoal que me levasse a fazer juízos mas Ronda é uma localidade magnífica, com um peso histórico que creio valer a pena visitar com tempo, visto que o meu foi muito limitado, acompanhados por um guia espanhol deixou muita gente sem perceber patavina do que dizia. Não sei falar castelhano mas, vá-se lá saber porque, consigo perceber muito bem, ficando maravilhada pelo que vi e pelo que ouvi. Mijas já foi mais frustrante, é uma agradável vila com belas paisagens mas o passeio de charrete, caríssimo, foi, no mínimo ridículo, saímos do parque percorremos uma rua, aí meio km fazemos uma rotunda e voltamos ao ponto de partida, percorremos um km, é só para inglês ver, como cá dizemos. O centro da vila é um imenso centro comercial, vendem tudo e mais alguma coisa, algumas tipo lojas chinesas, agradeço ao meu bom senso ser comedida nestas compras.
No penúltimo dia pernoitamos em Sevilha e, como é da praxe, fomos jantar no hotel D. Paco e ver o flamenco puro no El Palácio Andaluz, no último dia mais uma visita à Praça de Espanha, aquela que foi erigida para a exposição Ibérico - Americana em 1929 , e a visita à igreja da Virgem Macarena, a padroeira dos toureiros, iniciava-se um casamento e ficamos para ver a chegada dos convidados e da noiva, o noivo fica na obscuridade, elas um espectáculo, vestidos cheios de cor, vibrantes, chapéus, que não sei a palavra para os descrever, alguns talvez opulentos.
O regresso foi novamente cansativo mas voltar a casa dá-nos alento para suportar o calor, as paragens para o chichi e as últimas compras nas áreas de serviço, e em Espanha são bem grandes, com "tiendas" recheadas de "regalos".
Arte em areia - Torremolinos |
Arte na rua - Torremolinos |
Carrocel "vintage" - Fuengirola |
Panorâmica vista do jardim Orson Welles - Ronda |
Panorâmica do miradouro - Mijas |
Virgem de la Pena numa capela construída num rochedo - Mijas |
Praça de Espanha - Sevilha |
Nascer do astro-rei no Mediterrâneo - Fuengirola |
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