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quinta-feira, 22 de outubro de 2015
Estes painéis de azulejos decoravam (decoram) as paredes do átrio e dos corredores do hotel onde ficamos alojados em Benidorm. Representam actividades relacionadas com a pesca na época em que em Benidorm era uma localidade piscatória. Depois dos anos 60 foi o turismo a dominar na economia
Achei-os tão lindos que quis dar conhecimento deles através deste meio. Estes quatro são apenas uma pequena amostra da totalidade de painéis.
quarta-feira, 21 de outubro de 2015
quinta-feira, 15 de outubro de 2015
Vacaciones
Passados nove anos voltei a Benidorm, durante nove dias aproveitei o calor que se fazia sentir e a temperada água do Mediterrâneo para passar manhãs na praia, mas antes de ir para a praia fazia uma caminhada pela marginal com a duração de duas horas.
Esta é a quarta vez que vou até lá, e francamente já não fico entusiasmada mas o companheiro quis lá ir mais uma vez e acabei por concordar, poderíamos, pela mesmo valor monetário, ir a alguns locais que para mim seriam mais agradáveis, o prazer de visitar e conhecer pela primeira vez é muito mais apelativo e satisfatório, não sou muito dada a rotinas e esta de passar férias no mesmo local é a mais aborrecida, só me lembrava de uma senhora já muito idosa que conheci na praia no primeiro ano que fui a Benidorm, meteu conversa connosco e confidenciou-nos que já ia para lá há trinta anos, não quero nem em sonhos fazer tal coisa, portanto vou fazer com que tal não aconteça.
O espaço urbano desenvolveu-se imenso, onde eram áreas dedicadas à agricultura nasceram novos arranha-céus, sendo a grande maioria hotéis, nas ruas, no tocante ao comércio, as lojas chinesas proliferaram abundantemente, mais ou menos como em Sesimbra, aqui a marginal é quase "ChinaTown!
As tardes por vezes eram aborrecidas, devido à temperatura elevada não ia à praia, não se podia andar pelas ruas, e não gosto de piscinas, as opções era ir para uma esplanada ou ficar no quarto a ler, ouvir música, no quarto não era agradável de todo ouvir o futebol que, num ecrã gigante, passava durante horas na área da piscina, ir para a esplanada implicava assistir às cenas dos alemães e dos ingleses completamente embriagados, o que me levava a reconhecer que estarem permanentemente embriagados era a finalidade das férias nesta estância, se durante o dia, vi às nove da manhã, homens e mulheres sentados nas esplanadas dos bares com imensas garrafas de cerveja, sete cervejas, de diversas marcas, custavam a módica quantia de sete euros e meio, era de prever que ao longo do dia iam emborcando algumas, e quando a noite chegava ainda mais consumiam, para depois andarem pelas ruas como "zombis". Com a noite as actividades com ela relacionadas em determinadas ruas, os bares abertos, chamariz para espectaculares bebedeiras, daquelas que levavam as miúdas quase despirem-se em público e a protagonizar cenas escaldantes de lesbianismo, os homens a armarem-se em cowboys no touro mecânico e a darem brutas quedas, era hilariante a forma como caiam, autênticos palhaços, entrei em alguns, bebi umas cervejas e ouvi música "country" que gosto imenso, estes bares são mesmo ao estilo norte americano. Noutras ruas há outros divertimentos, à porta fechada, onde se cobra bilhete de entrada, e os espectáculos diversificavam-se entre shows de lésbicas, cenas de sexo ao vivo, striptease, e dança no varão, portanto tudo muito cultural, e como tenho um lado psicóloga e outro socióloga, estou sempre a estudar esta "fauna" que procura estes espectáculos e dou por mim a fazer a análise comportamental e a fazer conclusões sobre tal. Se por acaso estão a pensar que sou puritana e moralista enganaram-se, não sou mesmo, cada um diverte-se como melhor entender, desde que isso implique maioridade e não seja ameaça para os outros, mas retomando a minha análise, e tendo principalmente como objetivo o estudo do comportamento feminino, o dos homens não me dou ao trabalho de analisar, nasceram assim, vivem assim e morrem assim, e temos de viver com eles assim, sem mais, o das mulheres é que me deixa algo incomodada, não estou a fazer críticas, parece mas não é, fico incomodada de ver jovens lindas a praticarem a prostituição muito naturalmente, ali encostadas às paredes sendo abordadas por clientes que só consigo definir numa frase: metem nojo! Meninas completamente embriagadas esparramadas no chão com atitudes patéticas e ridículas, mulheres maduras em busca de presas, de preferência bastante tenras, em poses lascivas, maquilhadas exageradamente com a finalidade de esconder a idade. Podem pensar se me desagrada porque motivo fui para lá mas sabem a curiosidade, aquela coisa que mata o gato, foi mais forte, e cedi também para satisfazer a curiosidade do companheiro, que também não se sentiu muito à vontade, talvez pela minha presença.
Deixando de lado todo esta sensualidade e erotismo artificiais e baratos, baratos não, alguns têm de ser pagos para serem vistos, passo a contar que ainda fizemos uns passeios a Calpe, com o rochedo D'ifach, a Guadalest, onde o turismo é um ladrão descarado, e a Guadalupe, ao mosteiro franciscano, situado numa serra de paisagem deslumbrante intensamente cultivada com oliveiras e castanheiros. No dia anterior ao regresso fomos a Madrid visitar o espectacular estádio do Real Madrid, o Santiago Barnabéu e o seu fantástico museu, só faltou ver lá ao vivo e a cores o Cristiano Ronaldo mas ver todo aquele espólio foi muito agradável. Com a chegada da noite deu-se início à "noite madrilena", se não sabem passo a explicar: milhares de pessoas andam pelas ruas centrais, numa tal concentração que só se vê as cabeças, para comerem, beberem, fazerem compras, assistir aos espectáculos de rua e outros nas respectivas salas. Nós acabamos por não usufruir muito da "noite" porque a chuva não deu tréguas, ficamos limitados depois de jantar a beber "una canha" e "unas tapas" e a descobrir, num largo, depois de percorrer uma rua apinhada apesar da chuva, uma pastelaria portuguesa e nem se pensou duas vezes foram uns pastéis de Belém quentinhos com canela e um cálice de vinho do Porto, é pá somos mesmo um povo saudosista, mas o que é nacional é que é bom.
Benidorm vista do Poniente
Talvez um dia volte a Benidorm? Mas se um dia acontecer que sejam passados mais uns anos.
Esta é a quarta vez que vou até lá, e francamente já não fico entusiasmada mas o companheiro quis lá ir mais uma vez e acabei por concordar, poderíamos, pela mesmo valor monetário, ir a alguns locais que para mim seriam mais agradáveis, o prazer de visitar e conhecer pela primeira vez é muito mais apelativo e satisfatório, não sou muito dada a rotinas e esta de passar férias no mesmo local é a mais aborrecida, só me lembrava de uma senhora já muito idosa que conheci na praia no primeiro ano que fui a Benidorm, meteu conversa connosco e confidenciou-nos que já ia para lá há trinta anos, não quero nem em sonhos fazer tal coisa, portanto vou fazer com que tal não aconteça.
O espaço urbano desenvolveu-se imenso, onde eram áreas dedicadas à agricultura nasceram novos arranha-céus, sendo a grande maioria hotéis, nas ruas, no tocante ao comércio, as lojas chinesas proliferaram abundantemente, mais ou menos como em Sesimbra, aqui a marginal é quase "ChinaTown!
As tardes por vezes eram aborrecidas, devido à temperatura elevada não ia à praia, não se podia andar pelas ruas, e não gosto de piscinas, as opções era ir para uma esplanada ou ficar no quarto a ler, ouvir música, no quarto não era agradável de todo ouvir o futebol que, num ecrã gigante, passava durante horas na área da piscina, ir para a esplanada implicava assistir às cenas dos alemães e dos ingleses completamente embriagados, o que me levava a reconhecer que estarem permanentemente embriagados era a finalidade das férias nesta estância, se durante o dia, vi às nove da manhã, homens e mulheres sentados nas esplanadas dos bares com imensas garrafas de cerveja, sete cervejas, de diversas marcas, custavam a módica quantia de sete euros e meio, era de prever que ao longo do dia iam emborcando algumas, e quando a noite chegava ainda mais consumiam, para depois andarem pelas ruas como "zombis". Com a noite as actividades com ela relacionadas em determinadas ruas, os bares abertos, chamariz para espectaculares bebedeiras, daquelas que levavam as miúdas quase despirem-se em público e a protagonizar cenas escaldantes de lesbianismo, os homens a armarem-se em cowboys no touro mecânico e a darem brutas quedas, era hilariante a forma como caiam, autênticos palhaços, entrei em alguns, bebi umas cervejas e ouvi música "country" que gosto imenso, estes bares são mesmo ao estilo norte americano. Noutras ruas há outros divertimentos, à porta fechada, onde se cobra bilhete de entrada, e os espectáculos diversificavam-se entre shows de lésbicas, cenas de sexo ao vivo, striptease, e dança no varão, portanto tudo muito cultural, e como tenho um lado psicóloga e outro socióloga, estou sempre a estudar esta "fauna" que procura estes espectáculos e dou por mim a fazer a análise comportamental e a fazer conclusões sobre tal. Se por acaso estão a pensar que sou puritana e moralista enganaram-se, não sou mesmo, cada um diverte-se como melhor entender, desde que isso implique maioridade e não seja ameaça para os outros, mas retomando a minha análise, e tendo principalmente como objetivo o estudo do comportamento feminino, o dos homens não me dou ao trabalho de analisar, nasceram assim, vivem assim e morrem assim, e temos de viver com eles assim, sem mais, o das mulheres é que me deixa algo incomodada, não estou a fazer críticas, parece mas não é, fico incomodada de ver jovens lindas a praticarem a prostituição muito naturalmente, ali encostadas às paredes sendo abordadas por clientes que só consigo definir numa frase: metem nojo! Meninas completamente embriagadas esparramadas no chão com atitudes patéticas e ridículas, mulheres maduras em busca de presas, de preferência bastante tenras, em poses lascivas, maquilhadas exageradamente com a finalidade de esconder a idade. Podem pensar se me desagrada porque motivo fui para lá mas sabem a curiosidade, aquela coisa que mata o gato, foi mais forte, e cedi também para satisfazer a curiosidade do companheiro, que também não se sentiu muito à vontade, talvez pela minha presença.
Deixando de lado todo esta sensualidade e erotismo artificiais e baratos, baratos não, alguns têm de ser pagos para serem vistos, passo a contar que ainda fizemos uns passeios a Calpe, com o rochedo D'ifach, a Guadalest, onde o turismo é um ladrão descarado, e a Guadalupe, ao mosteiro franciscano, situado numa serra de paisagem deslumbrante intensamente cultivada com oliveiras e castanheiros. No dia anterior ao regresso fomos a Madrid visitar o espectacular estádio do Real Madrid, o Santiago Barnabéu e o seu fantástico museu, só faltou ver lá ao vivo e a cores o Cristiano Ronaldo mas ver todo aquele espólio foi muito agradável. Com a chegada da noite deu-se início à "noite madrilena", se não sabem passo a explicar: milhares de pessoas andam pelas ruas centrais, numa tal concentração que só se vê as cabeças, para comerem, beberem, fazerem compras, assistir aos espectáculos de rua e outros nas respectivas salas. Nós acabamos por não usufruir muito da "noite" porque a chuva não deu tréguas, ficamos limitados depois de jantar a beber "una canha" e "unas tapas" e a descobrir, num largo, depois de percorrer uma rua apinhada apesar da chuva, uma pastelaria portuguesa e nem se pensou duas vezes foram uns pastéis de Belém quentinhos com canela e um cálice de vinho do Porto, é pá somos mesmo um povo saudosista, mas o que é nacional é que é bom.
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