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sábado, 29 de agosto de 2015

Momento relaxante


Ontem deu-me para ir colher estes frutos maravilhosos, e não são propriamente fáceis de colher, talvez o momento não fosse tão relaxante assim, é necessário cuidado, pois os picos das silvas arranham-nos as mãos e os picos dos figos da índia espetam-se nelas. Mas valem o sacrifício, são deliciosos. Estas delícias são colhidas todos os verões nuns locais que pouca gente lhe tem acesso, são praticamente a minha horta privada, tive o cuidado prévio de saber que não são propriedades privadas, tendo portanto toda a liberdade de deslocar-me por lá.
Estes frutos estão sobejamente ligados às memórias da minha infância, quase posso dizer que comi toneladas deles, foram horas passadas a calcorrear matos com silvados e campos com cactos, que serviam para os delimitar. Vou divulgar um segredo, os figos da índia da foto foram colhidos junto da minha casa, estão mesmo ao lado do gradeamento do terraço, e aprendi com um simpático vizinho a retirar-lhes os picos, basta coloca-los no chão, de preferência num espaço cimentado ou empedrado, depois com uma vassoura de cerdas rijas basta varre-lo para os picos se soltarem, e depois  com uma pinça de cozinha apanhar, lavar e descascar, com algum cuidado porque podem ficar alguns picos, são praticamente transparentes e doem imenso nas mãos, e se acontecer é fácil de os remover, basta passar azeite nas mãos e com papel eles saem. Mas já sou uma expert.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Turista em casa


Hoje, nesta vila, Sesimbra, senti-me mesmo uma turista, isso devido a alguns verões passados ter perdido o hábito de sair à tarde, por estes factores: o calor, é que fico mesmo incomodada; pela multidão que circula pelas ruas, as pessoas quase chocam umas com as outras, algumas até gostam provavelmente, eu dispenso. Estava em casa, e, de repente, lembrei-me da feira do livro aqui na vila, como sabem sou completamente viciada em literatura, ganhei coragem e meti pernas ao caminho, arrisquei caminhar pelo meio da multidão e fui até lá, claro que gastei uns euros, não consigo resistir àquele antro de pecado. Depois de comprar três livros, e já que andava mesmo pela marginal fui comer um gelado, daqueles da "Prime", os melhores cá para mim, sentada na esplanada, descontraída, para grande espanto meu, senti-me mesmo uma "camone" a curtir férias aqui neste burgo à beira mar plantado. Só não fui à praia porque à tarde é impensável tal momento de lazer, as pessoas estão quase em cimas umas das outras, e o ruído produzido é altamente irritante, deixa-me tensa, daí só ir à praia quase ao nascer do sol, quando na praia o número de pessoas é reduzido, quase ninguém, estou lá às sete e meia e às dez, quando começam todos a chegar, e a montar o estaminé, regresso à base, ou seja a casa. Mas percorrer a marginal num dia de Agosto a meio da tarde, e  sozinha, foi uma vitória, noutro dia tenho de comemorar, vou à "Prime".

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Origens






Esta praia fluvial do rio Sorraia situa-se na linda vila de Coruche, no distrito de Santarém. É um espaço aprazível e muito relaxante, tem um percurso pedestre longo que proporciona caminhadas bem agradáveis, para mim era logo de madrugada, e saudáveis. Já agora informo que é sede do concelho onde nasci.