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domingo, 24 de janeiro de 2010

Voltando a falar de pecados capitais



Num tema anterior, pecados capitais, quero fazer uma correcção, quando digo que os considero falta de carácter e de princípios, exagerei, não sou extremista, moralista, nem puritana para me permitir julgar os outros, nem fazer juízos de valor. É verdade que os sete pecados capitais fazem parte da moral instituída e não só da moral religiosa, a sociedade também nos "aponta o dedo", mas em contrapartida aceita outros que os contrariam na totalidade. A vaidade, a inveja, a ira, a preguiça, a avareza, a gula e a luxúria, se bem doseados, são pecados menores. Incorremos em falta, isso sim, quando nos deixamos dominar por qualquer um deles, quando nos tornamos seus prisioneiros. É claro que todos nós os cometemos, em maior ou menor proporção.
Começo pela vaidade, quem não é um pouco vaidosa, sem ser narcisista? Pois é! um pouco de vaidade faz bem, eleva-nos a auto-estima. Termos vaidade em sermos quem somos e naquilo que fazemos. É tão bom gostarmos de nós.
A inveja, esta tem a capacidade perversa de fazer sentir o invejoso uma pessoa amarga e infeliz, mas caramba! quem nunca invejou o alheio. O negativismo da inveja está no facto de não se conseguir convertê-la em algo positivo, de tentar também nós alcançar o nosso "lugar ao sol" em vez de nos "roermos de inveja".
A ira, quem nunca a sentiu não sabe o enorme prazer que se sente ao nos reconciliarmos com aqueles que nos provocam a ira. Temos o direito de defender os nossos argumentos, claro que sem usar a
violência, tanto física como verbal, mas irra! há pessoas que nos tiram do sério, por vezes é preciso levantar a voz.
A seguinte, ai! que cansaço! Se o trabalho dignifica o Homem eu quero ser bicho. A preguiça, quem nunca quis ficar na cama um pouco mais, em vez de correr para o local de trabalho, quem nunca lhe apeteceu não "mexer uma palha" "que atire a primeira pedra.
Ser altruísta, querer ajudar os outros, tirar a camisa do corpo para vestir o outro, é dignificante, faz de nós seres superiores, mas temos de saber quais os limites, esquecermo-nos de manifestar os nossos desejos e vontades não faz de nós "santos". Por isso um pouco de avareza é bom, aquela "dose" que permite manter o respeito por nós próprios.
Que bom, este é o mais delicioso, mas cuidado é preciso resistir à gula ou pelo menos moderá-la, se não o fizermos sofremos as consequências, a saúde a deteriorar-se, a auto-estima a baixar, "curvas" onde não deveriam estar, "pneus" que não deveriam existir.
Por último a luxúria, esta tão "excomungada", pois é, a moral cristã fez do sexo um acto vergonhoso, o prazer foi completamente erradicado, passando a ser conectado a luxúria.
Sempre me intrigou a contradição que a igreja faz à palavra de Deus. No princípio Deus disse: " Crescei e multiplicai-vos". Será que este multiplicar não era feito pelo sexo? Se era, parte-se do princípio que era exactamente igual ao actual, salvo as novas opções. Ora para se fazer "amor" é necessário sentir desejo e sentir prazer, pois se isso não acontece quem é que quer fazer "amor". Deus não deve de ter separado as coisas, a multiplicação da espécie, o desejo e o prazer. Ainda bem que nós já o fazemos, ufa!
Afinal cometer uns "pecadilhos" é bom e recomendo. E nada de sentimento de culpa.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Pecados Capitais

(inveja)


Dos pecados capitais, considero-os falta de carácter e de princípios, considerados os mais ignóbeis, há dois que eu tenho plena consciência que não cometi; a avareza e a inveja, mas assumo a "mea culpa", eu pobre pecadora invejo, juro que é a verdade mais nua, nunca invejei nada nem ninguém e dou por mim a invejar o meu professor de Yoga. Está a viajar pela Índia, e pelos Himalaias, encontrou-se ou irá encontrar-se com o Dalai-lama, homem que eu admiro profundamente, e gostaria igualmente de encontrar.

É um sentimento mesquinho, mas pronto, "quem nunca pecou que atire a primeira pedra" quem é que não gostaria de fazer o mesmo? Portanto é uma inveja muitíssimo natural, sem "corantes" nem "conservantes", isto é, não tem maldade, rancor ou ressentimento, conceitos que habitualmente fazem parceria com a inveja. Não queria estar no seu lugar, gostaria sim de o acompanhar.
Desejo-lhe do coração que faça a "viagem" inesquecível, daquelas que nos "marcam".
Que volte mais enriquecido de sabedoria, para a poder partilhar connosco, os seus alunos.

domingo, 3 de janeiro de 2010

espaço de devoção




Entre Reguengos de Monsaraz e Monsaraz, num montado, encontrei esta original capela, que pelo aspeto é muito bem cuidada pelos que prestam devoção à Virgem Maria.